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Série sustentabilidade - O mercado de carbono

Por:   •  22/11/2016  •  Resenha  •  2.215 Palavras (9 Páginas)  •  269 Visualizações

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Série sustentabilidade - O mercado de carbono

A definição mais conhecida de sustentabilidade é: “O desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”, portanto, é um conceito amplo, associado às múltiplas esferas da vida, desde o ecologicamente correto ao culturalmente aceito.

Assim, podemos ser sustentáveis de varias formas, em diversas situações e ocasiões. Por ser um termo abrangente, acaba muitas vezes associado erroneamente a certas conjunturas, o que pode prejudicar o real sentido da palavra e as gerações futuras. Desse modo, para algo ser considerado sustentável é preciso firmar sua fidelidade a esse termo, que é cotidianamente relacionado as reduções de Gases de Efeito Estufa ( GEEs ).

 Desde a Revolução Industrial e ao longo dos últimos anos, a concentração desses gases deram um up alarmante, envolvendo desde o dióxido de carbono até os perfluocarbonetos, podendo permanecer em torno de 150 anos na atmosfera à até 1000 anos, se espalhando por todo o planeta, causando um desequilíbrio global, principalmente pela ação antropológica.

 O homem já prejudica e coloca pressão nas 3 biosferas pelas sua intervenções, e com o aumento desses gases que podem triplicar até 2100, a temperatura do globo tende a subir muito, como já ocorre a anos, promovendo toda uma reação em cadeia que prejudica a harmonia natural que aqui se formou. A preocupação com a situação levou à criação de uma unidade de medida para as emissões de GEE, referente ao potencial de cada gás relativo ao do dióxido de carbono (CO2e – dióxido de carbono equivalente ).

O Brasil entra nesse contexto como um país com grande capacidade para investir na área, apresentando economia emergente e larga extensão territorial, associado a complexos biomas e uma abundancia de recursos naturais, tendo assim muito poder para a geração de energias renováveis e know-how para a realização de propostas que visam atenuação dos GEE.

 O que acontece atualmente é que ser sustentável virou status. Se uma determinada empresa mostra que se preocupa com a vida do planeta e cria medidas para contribuir com a sociedade, ela passa a ser vista como consciente e eficiente. Desse modo, alcançar o sucesso utilizando viés ecologicamente correto virou o modelo a ser seguido. Assim, é comum surgirem propagandas falaciosas, infundadas ou aparentes à cerca do tema, mas correndo um grande risco de ser descoberta e exposta, o que geraria profundos déficits para a moral e para o lucro do negocio.

 Assim, múltiplas medidas de caráter sustentável são tomadas a todo o momento, como o plantio de arvores, por exemplo, (Carbon Neutral), sendo necessário que sejam bem assessoradas e embasadas, devendo ganhar o devido reconhecimento e implantando a consciência real na sociedade.

 Fica obvio que, o profissional de relações investidoras (RI) deve aderir a essa medida, adotando e tornando a sustentabilidade como reforçador positivo na escolha de suas ações, estando preparada para as questões a cerca dessa temática, assim como o “mundo todo” já esta.

Ao se tratar de atividades econômicas poluidoras, estas são tratadas de modo a se dinamizarem cada vez mais e diminuírem seus aspectos negativos, através do emprego de tecnologias e procedimentos inovadores. Estes, ao passo que apresentam novas propostas, vão adentrando aos poucos, e com o tempo se solidificam cada vez mais, deixando a possibilidade de obrigações surgirem a cerca das consequências dos danos causados ao meio ambiente pelo ser humano, fazendo, portanto, o passivo ambiental ganhar força e se incorporar como um objeto essencial.

 Mas o que é o passivo ambiental? Basicamente representa os danos causados ao meio ambiente, que leva a certas obrigações entre as relações das organizações com os terceiros, representando assim uma responsabilidade social para com o meio ambiente, tanto a curto prazo quanto a longo prazo.

 O passivo ambiental por sua vez, vem sendo cada vez mais identificado e tomado como "unidade de escolha", decidindo assim negociações, privatizações, aquisições e etc., tudo por que ele avalia e mede posições, detectando os custos e gastos ambientais necessários para curto em longo prazo.

 Assim, o mercado de carbono acaba por relacionar o seu passivo ambiental com as emissões de GEEs. Se o passivo diminuir por conta do emprego dessas tecnologias e procedimentos inovadores que reduzem a emissão dos GEEs, o mesmo poderá se converter proporcionalmente a um ativo financeiro no mercado de carbono. Assim, acaba-se por estimular cada vez mais as atividades sustentáveis, compensando o passivo ambiental em capital num mercado que cresce cada vez mais.

 Porém é importante salientar que os ativos financeiros em geral se assemelham cada vez mais a ativos que tem o propósito real visado na sustentabilidade, portanto devemos ter cuidado ao nos posicionarmos no lado de cada um deles.

O inventário de Emissões basicamente se trata de um mecanismo para as companhias terem uma base do quanto podem contribuir direta ou indiretamente com o efeito estufa, decorrente de cada uma de suas atividades, buscando, portanto, reduzir suas emissões de GEEs.

 Um inventário basicamente necessita de:

1 - Determinação de seu ano base;

2 - Escolha da sistemática do inventário;

3 - Delimitar quais as repartições de negócios que serão analisadas;

4 - Determinar um limite ao inventário;

5 - Analisar as fontes emissoras e remoções;

6 - Criação de uma logística para a coleta de todos os dados;

7 - Estimativa das emissões de GEEs que cumpram suas metas.

Deve-se lembrar que a legislação atual não cobra das organizações um eventual inventário de suas emissões, e nem informações básicas que dissertem a cerca de suas emissões de GEEs. Todavia, é bom se preparar para possíveis regulamentações futuras, que tem como mercê um complexo interno visado nas reduções em conjuntura com os fornecedores.

Com o destaque cada vez maior dado a essa temática, existem atualmente inúmeros mecanismos para identificar e analisar as emissões empresarias, examinando suas ações e sua política relacionada a questão das mudanças climáticas e todas as outras consequências derivadas de suas metodologias. Isso inclui da análise desde os seus projetos e metas relacionados a redução de emissão de GEEs, até as aplicações de normas da ISO, participações em mercados voluntários ou sistema de administração geral dessas emissões.

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