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Teoria da contingencia

Por:   •  20/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.881 Palavras (8 Páginas)  •  201 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ[pic 1]

TEORIA DA CONTINGÊNCIA

ACADÊMICOS:                                                          RA:

GUILHERME MATIUSSO                                        92850                                          

JULIANE ZANCHETTA                                                   93595                                                                              

TURMA: 32                                    

PROFESSOR: Aparecida Rocio

Maringá

2015

        A Teoria da Contingência explica que não há um jeito ou uma forma certa de organizar uma firma, esse modo vai se adaptando conforme a necessidade da empresa, assim, ela vai adaptando a forma de administrar conforme vai precisando aplicando ela com pequenas modificações para que se comporte melhor dentro da companhia. A origem da Teoria da Contingência é oriunda de várias pesquisas realizadas por sociólogos e cientistas da época que tiveram que estudar as empresas por dentro e compará-las em relação aos seus ambientes, para que compreendessem os motivos das mudanças feitas na forma de administrar dentro da companhia. A primeira pesquisa realizada foi de Chandler, onde ele fez uma investigação histórica sobre as mudanças estruturais de quatro grandes empresas de sua época: DuPont, General Motors, Standard Oil Co. e a Sears Roebuck & Co. – Chandler as relacionou com a estratégia para demonstrar como a estrutura dessas empresas foram sendo adaptadas à sua estratégia. Onde a estrutura corresponde ao desenho da organização, ou seja, a forma organizacional que ela assumiu, logo, a estratégia corresponde ao plano global de alocação de recursos. Chandler destaca quatro fases distintas para o processo histórico das companhias: acumulação de recursos, racionalização do uso dos recursos, continuação do crescimento e racionalização dos recursos em expansão. Logo, Chandler concluiu que o ambiente é que determina as adequações que iram ocorrer dentro da companhia e até a adotar novas estruturas e novas estratégias para a melhor eficácia.

        Uma segunda pesquisa, realizada por dois sociólogos ingleses Tom Burns e G.M. Stalker estudou vinte indústrias inglesas para confrontar a o ambiente externo com as praticas administrativas, concluíram que existem dois tipos de empresas dentro das estudadas, as “mecanicistas” e as “orgânicas”. Sendo mecanicista, aquele tipo de empresa mais fechado onde existe uma hierarquia e uma divisão de trabalho muito bem definida e forte, onde especialistas ocupam os cargos, não se relacionando com outras áreas da produção, e há uma relação vertical entre subordinado e superior, características típicas da Teoria Clássica da administração. E, sendo orgânica, um tipo de empresa mais aberto onde as divisões de trabalho se relacionam, os cargos são continuamente redefinidos, a hierarquia é flexível, as decisões são descentralizadas, características da Teoria das Relações Humanas. Burns e Stalker concluíram que a mecanicista é a melhor forma para empresas que tem um ambiente estável e a orgânica para empresas em que o ambiente esta em constante mudança. Sendo assim, o ambiente que determina a estrutura o funcionamento das organizações.

        Em uma terceira pesquisa, Lawrence e Lorch defrontaram a organização e o ambiente, a Teoria da Contingência teve como base essa pesquisa. A pesquisa envolveu cerca de dez empresas de três diferentes ramos – plásticos, alimentos empacotados e recipientes. A conclusão da pesquisa foi que os problemas organizacionais básicos são a diferenciação e a integração. A diferenciação é a parte da relação em que cada departamento ou subsistema difere de acordo com seus ambientes específico, portanto, se houver alterações num ambiente especifico que emergem a partir de um ambiente geral, em que é relevante para esse departamento haverá alterações no mesmo. Já a integração é o conceito oposto, integração refere-se ao processo gerado por pressões do ambiente global da organização no sentido de chegar em unidades de esforços e coordenação entre os departamentos.

        Joan Woodward, socióloga inglesa, em uma quarta pesquisa comparou se os princípios de administração propostos pelas teorias administrativas estavam ligadas ao êxito dos negócios. Woodward pesquisou cerca de 100 formas, cujo tamanho variava de 100 a 8000 funcionários, a socióloga as classificou em três grupos, de acordo com a tecnologia utilizada no processo:

  • Produção Unitária: a produção é feita por unidades ou por pequenas quantidades, a produção é menos mecanizada e menos automatizada. É o caso da produção de navios e geradores, por exemplo;
  • Produção em Massa: a produção é em grandes quantidades, onde os funcionários operam maquinas e são distribuídos em uma linha de montagem, é o caso das montadoras de veículos;
  • Produção em Processo: a produção é um processo continuo, onde poucos operários são necessários, logo a participação humana é mínima, é o caso de siderúrgicas e empresas petroquímicas.

As conclusões de Woodward foram as seguintes, as firmas que foram consideradas de produção em massa e bem-sucedidas têm características mais clássicas, com responsabilidades e deveres bem definido. Logo, nota-se que há uma forte correlação entre estrutura e previsibilidade, onde a previsibilidade para a produção continua é grande e a produção unitária é pequena. Portanto, as organizações mais estáveis tendem a ser mais mecanicistas e as organizações mais inovadoras tendem a ser mais orgânicas.

Em se falando de ambiente, pode se definir como o contexto em que a empresa está inserida, é o contexto que envolve a organização ou um sistema. Como o ambiente é extremamente grande e complexo, os sistemas ou organizações não são capazes de entendê-los por inteiro, por isso para uma analise mais fácil do ambiente pode-se dividir em dois: o ambiente gral e o ambiente de tarefa. O ambiente geral é aquele ambiente que é comum para todas as empresas e sistemas, tudo o que acontece nesse ambiente afeta todo o tipo de organização, direta ou indiretamente. O ambiente geral é constituído de características comum a todas as empresas, como as condições tecnológicas, as econômicas, as culturais, as ecológicas e as legais. Enquanto o ambiente geral é comum para todas as empresas, cada organização tem o seu próprio ambiente: o ambiente de tarefa. Esse ambiente é mais próximo a realidade da organização, e é constituído por: fornecedores, clientes, concorrentes e entidades reguladoras. A organização define seu ambiente de tarefa quando escolhe o produto e o mercado onde pretende disponibilizar seu produto. As empresas tendem a aumentar seu poder e reduzir a dependência quanto ao ambiente de tarefa para estabelecer seu domínio.

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