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Trabalho de Conclusão de Curso

Por:   •  3/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  7.563 Palavras (31 Páginas)  •  112 Visualizações

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RESUMO

Palavras-chave:

ABSTRACT

1 INTRODUÇÃO

O desenvolvimento sustentável, as transformações tecnológicas e a competitividade global, impulsionam as empresas a se adaptarem às mudanças para se tornarem sustentáveis. Porter e Linde (1995) citados por Kummer (2013), afirmam que a inclusão da sustentabilidade no ambiente corporativo, além de contribuir para a sustentação do capital ambiental e social das empresas, também atua como uma fonte de oportunidades para se manterem competitivas, seja com a redução de custos de produção pela adoção de sistemas produtivos mais eficientes, ou pelas vantagens competitivas decorrente do melhor aproveitamento de oportunidades de mercado. Na concepção de Coral (2002) citado por Araújo et al. (2006), as empresas passam a se reestruturar a fim de se adequarem a esta nova percepção, pois sofrem pressões sociais e restrições que as obrigam a buscar formas de reduzir o impacto ambiental, como também, melhorar sua imagem frente a sua responsabilidade social.

Um dos aspectos centrais para adesão de um movimento social está relacionado à necessidade de substituir os meios e práticas antigos por outros que retratam os princípios, objetivos e diretrizes desse novo movimento. As empresas que aderem ao desenvolvimento social devem incorporar as mudanças necessárias em sua forma de atuação para garantir que seja possível reduzir os impactos ambientais e sociais. Essas mudanças fazem com que as organizações enxerguem a inovação de maneira diferente, o que leva a ideia de inovação sustentável, ou seja, que contribua para o desenvolvimento sustentável.

Desse modo, o presente estudo tem por finalidade identificar nas organizações as práticas inovadoras com orientação para a sustentabilidade e de que maneira isso contribui com a obtenção de vantagens competitivas. Para tanto, a análise inicial está relacionada às questões que norteiam o desenvolvimento sustentável a partir de uma dimensão histórica, assim como, a inovação sustentável e como obter vantagem competitiva, destacando também a importância da empresa inovar considerando as três dimensões da sustentabilidade: social, ambiental e econômica.

1.1 Questão da Pesquisa  

Como as empresas podem obter vantagem competitiva com inovações sustentáveis?

1.2 Objetivos da Pesquisa

1.2.1 Geral

O objetivo geral desta pesquisa é identificar as práticas de inovação de organizações com foco na sustentabilidade e de que maneira essas ações contribuem para obtenção de vantagem competitiva. Para tanto, o estudo parte-se de uma dimensão histórica que norteiam as práticas de inovação, desenvolvimento sustentável e conceitos de vantagem competitiva, levando em consideração suas dimensões ambiental, econômica e social, assim como, as formas de obter vantagem competitiva.

1.2.2 Específicos

Para que o objetivo geral possa ser atingido, foram definidos dois objetivos específicos:

  1. identificar a relação entre as práticas de inovação sustentável e o desempenho organizacional;

  1. identificar se o desenvolvimento de medidas sustentáveis podem influenciar no modelo de inovação e cooperar com a obtenção de vantagem competitiva.
  1. Identificar os agentes propulsores/influenciadores da inovação sustentável.

1.3 Justificativa para a Pesquisa

Este estudo tem como justificativa a visão teórica, que proporcionará uma discussão sobre práticas de inovação, desenvolvimento sustentável e tendo como base a literatura científica, que enriquecerá o entendimento sobre o tema. Além disso, a pesquisa tende a buscar entender se as organizações estão, de fato, desenvolvendo atividades de inovação preocupadas com os princípios que englobam a sustentabilidade, além de apresentar conclusões acerca dos reflexos dessas ações para obtenção de vantagem competitiva.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Conceito de Sustentabilidade

De acordo com Araújo et al. (2006), o conceito de desenvolvimento sustentabilidade tem diversos significados, pois pode se tratar como sinônimo de sociedade racional, de indústrias limpas que visam o meio ambiente e de crescimento econômico.  Dando ênfase na satisfação das necessidades do presente, analisando as consequências causadas pelo passado, focando no atendimento das necessidades dos pobres e manutenção da capacidade das gerações futuras em satisfazer suas necessidades.

“Sustentabilidade é a capacidade de se auto-sustentar, de se auto-manter. Uma atividade sustentável qualquer é aquela que pode ser mantida por um longo período indeterminado de tempo, ou seja, para sempre, de forma a não se esgotar nunca, apesar dos imprevistos que podem vir a ocorrer durante este período. Pode-se ampliar o conceito de sustentabilidade, em se tratando de uma sociedade sustentável, que não coloca em risco os recursos naturais como o ar, a água, o solo e a vida vegetal e animal dos quais a vida (da sociedade) depende” (PHILIPPI, 2001, apud ARAÚJO et al., 2006, p. 9).

2.1.1 Desenvolvimento Sustentável

“Desenvolvimento Sustentável” é uma expressão que tornou-se popular à partir da conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD, 1992) realizada no Rio de Janeiro em 1992, mas sua origem é discutida por alguns autores.

Riechmann e Buey (1994) citados por Barbieri et al. (2010), afirmam que as sociedades industriais demonstravam, desde o seu início, reações críticas as destruições no meio ambiente, tanto por autores dissidentes quanto por movimentos sociais, que chegam até os dias de hoje, carregando consigo um rico passado de crítica civilizatória, embora tenham permanecido marginais até poucas décadas atrás em relação às correntes centradas no produtivismo. No entanto, essa tese é ignorada por alguns autores europeus e norte-americanos.

Vincent (1995) afirma que, o movimento ecológico desenvolveu-se na esfera pública a partir de 1970, através de partidos políticos (denominados partidos verdes) em países europeus, mas reconhece que as origens do pensamento ecologista vêm de muito antes, citando o  cientista Ernst Haeckel, criador da palavra “ecologia” como cita Barbieri et al. (2010), toda contribuição de países de outras regiões simplesmente foram ignoradas.  Não mencionam, por exemplo, as lutas de Chico Mendes, que traziam uma proposta socioambiental própria no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável. Como consequência disso, não surgiram mais propostas dessas regiões e não foi por falta de percepção dos problemas socioambientais, mas por conta do regime ditatorial que propagava por toda região latino-americana. Algumas correntes ambientalistas não fluíram para o movimento pelo desenvolvimento sustentável e isso é decorrente dos conflitos  existentes de posicionamento entre si, por motivos muitas vezes simplistas, como por exemplo, o termo utilizado.

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