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A EVOLUÇÃO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA EM CURITIBA

Por:   •  26/5/2020  •  Ensaio  •  1.118 Palavras (5 Páginas)  •  256 Visualizações

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A EVOLUÇÃO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA EM CURITIBA

ANNA LUIZA LINS

INTRODUÇÃO

Neste ensaio busco entender como se deu a evolução da iluminação pública em Curitiba e como isso afetou a população. Primeiro buscou-se o histórico de como foram surgindo os sistemas de iluminação e como isso foi recebido pelas pessoas. Em seguida traz se uma análise do diagnóstico feito no Plano Diretor de Iluminação Pública de Curitiba, o qual infelizmente não foi implementado. Por fim foram realizadas considerações finais que buscam questionar e elucidar conflitos e desencontros relacionados à ao sistema de iluminação atual.

A EVOLUÇÃO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA EM CURITIBA

Curitiba nem sempre foi iluminada como é hoje. Por muitos anos nem se imaginava em ter tantos postes de luz. Segundo a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005), a preocupação com a iluminação na cidade de Curitiba começa em 1849 com um projeto para a distribuição de dezessete lampiões encomendados para a cidade. Para escolher as casas em que seriam colocados esses lampiões houve um confronto por ciúmes dos não contemplados. Apesar das reclamações dos que não tinham a iluminação, a partir daí começa a vida noturna da cidade de Curitiba.

Imagem 1 – Curitiba Antes da iluminação pública em 1840.

[pic 1]

Fonte: Blog Curitiba Antigamente e região em fotos. [1]

Assim, foi nomeada uma comissão de vereadores para orçar a colocação de cada lampião. Porém, um ano após sua colocação, foi deliberado que se recolhessem os lampiões por conta da falta de azeite. Ficou-se sem iluminação pública até 3 de fevereiro de 1852 quando se providencia azeite apenas para os lampiões do quartel e da cadeia. A partir daí passam-se anos sem a real preocupação com a iluminação da Cidade (UFRGS, 2005).

Em 1863, 10 anos após Curitiba se tornar capital da província, a cidade não possuía muitas edificações. Dentre as poucas, na rua XV, o hotel era o único contemplado com o lampião. Esse fato se mostra de extrema relevância em escritos da época. (Martins, 1922).

Imagem 02 – Exemplo de iluminação pública por lampiões em São Paulo

[pic 2]

Fonte: Site da Assembleia Legislativa de São Paulo[2]

“Houve tempos, como em 1870, que as únicas luzes disponíveis nas ruas e praças vinham de candeeiros abastecidos com óleo de peixe ou de mamona, sistema que evoluiu em 1874 com o uso de querosene, inaugurado com grande festa. Relatos da época contam que defronte da Câmara Municipal, então na Praça Tiradentes, o Presidente da Província, Frederico Abranches, inaugurou a iluminação pública a querosene dando vivas "à Sua Majestade Imperial" e agradecendo o empenho do Presidente da Câmara, João José Pedrosa (MARTINS, 1922, p. 18)” (UFRGS, 2005 p25)

Em 1866 se deu um grande acontecimento social por conta da demonstração da primeira lâmpada elétrica no Paraná. Esse acontecimento chegou a reunir certa de 3 mil pessoas. (UFRGS, 2005). Esse marco também foi registrado pela Gazeta Paranaense ao relatar que “a lâmpada elétrica produziu uma luz firme e maravilhosa. O gerador foi instalado para informar a Província sobre o mais novo prodígio da ciência moderna – a luz elétrica” (COPEL, 1990, p.11).

A iluminação pública beneficiou por primeiro a área central da cidade. Na imagem a seguir é possível perceber as primeiras luminárias, semelhantes as existentes hoje ainda na mesma região. (UFRGS, 2005)

Imagem 03 – Praça Tiradentes com alguns postes de luz em 1930

[pic 3]

Fonte: Site da Gazeta do Povo[3]

Em 2011 foi realizado um diagnóstico do sistema de iluminação pública atual de Curitiba. Nele além de estudar o desenvolvimento urbano da cidade e a iluminação, também foi sobreposto os pontos de concentração de pessoas no período noturno (Imagem 04). Curitiba em 1985 já era uma das capitais mais iluminadas do Brasil, segundo a Gazeta do Povo (1985). Hoje parece inconcebível se pensar na cidade e na sua vida noturna sem pensar na iluminação.

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