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A EXPOSIÇÃO DAS PRIMEIRAS QUESTÕES

Por:   •  14/5/2021  •  Resenha  •  391 Palavras (2 Páginas)  •  110 Visualizações

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Com a diminuição das taxas de juros e a oferta de financiamentos em prestações abundantes houve um aumento na procura e no investimento no mercado e fundos imobiliários, reforçando mais uma vez essa política de financiamento habitacional e o processo de financeirização do Estado criticado por Raquel Rolnik, em seu livro “Guerra dos lugares”, em que beneficia apenas quem está no topo da pirâmide, e faz com que os mais necessitados continuem sem habitação e muitas vezes em condições miseráveis. Quando essas políticas ainda preveem a construção dessas habitações sociais, elas são baratas, de má qualidade e mal localizadas, além de não levar em consideração os aspectos urbanos de infraestrutura, mantendo a baixa qualidade dos bairros.

Isso se evidencia principalmente se levarmos em consideração o contexto pandêmico em que estamos vivendo, onde nota-se grande necessidade de repensar os espaços urbanos, e principalmente as habitações como forma de garantir conforto e flexibilidade para as novas possibilidades, além da busca pela segurança e um lugar de descanso. O que vemos de fato é um acentuado contraste onde no meio de tudo isso vemos todos os dias nos jornais casos de famílias inteiras passando fome e sem ter onde morar, após perderem seus empregos, mas é claro que isso não é um problema novo, perdura e com a pandemia só teve uma nova face em função da crítica piora nas condições financeiras dessas pessoas, isso sem falar as que vivem na margem da miséria.

Podemos também fazer um paralelo com as questões abordada por Jane Jacobs em seu livro “Vida e morte das grandes cidades” onde ela critica e aponta os problemas desse tipo de construção social que vai além propriamente dos edifícios e se acentua na vida dos espaços urbanos, consumindo a interação entre as pessoas e o conjunto de interrelações básico para o funcionamento das cidades. No entanto, o que vemos é a derrubada todo um sistema funcional, que custa a vivacidade, autenticidade e diversidade dela. Se antes já era possível observar a queda dessas relações e a nítida segregação, atualmente vemos cada vez mais o quão cruel é todo esse sistema separatista que faz com que os pobres continuem cada vez mais pobres e cada vez mais isolados não só em relação às habitações, mas também ao meio urbano, sem áreas de lazer, sem infraestrutura e cada vez mais marginalizados.

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