A Sustentabilidade

Para o projeto do Centro Cultural, foram analisados os tipos de materiais a serem utilizados em sua estrutura, e optou-se pelo vidro, para as vedações verticais internas e externas, placa de OSB para as vedações verticais internas e, para a estrutura, a madeira laminada colada (MLC), devido ao seu empenho estrutural, pela sustentabilidade e pelo design.

A madeira é um material que auxilia na redução de CO2 na atmosfera, diferente do aço ou do concreto, que emitem esse gás poluente para o meio ambiente. Além dessa vantagem, a madeira resiste tanto à tração quanto à compressão, permitindo maiores possibilidades na estrutura do edifício.

A MLC é composta por várias camadas de lâminas coladas sob pressão, formando um material robusto, porém de baixo peso próprio, sendo capaz de vencer grandes vãos sem apoio intermediário, superando o desempenho da madeira maciça. E com o avanço da tecnologia de produção e das técnicas construtivas, “a MLC tornou-se muito indicada para concepção de estruturas curvas e peças de alta repetibilidade” (BONAFÉ, s.d.). Dessa forma, a MLC pode ser moldada, fabricando-se peças curvas, sem perder seu desempenho e o resultado é de uma bela estrutura, com um design diferenciado.

Outra vantagem da MLC é que no seu processo de fabricação, o consumo de energia em relação aos outros materiais construtivos é consideravelmente menor. “É 24 vezes menor do que o aço; 14 vezes menor do que o vidro; e 5 vezes menor do que o cimento” (BONAFÉ, s.d.). Além disso, durante sua fabricação, a madeira possui pouca perda de material, e é uma fonte facilmente renovável.

Já a sua desvantagem é o custo elevado comparando com os sistemas construtivos convencionais, principalmente pela pouca utilização da madeira no Brasil, atualmente.

Em relação à vedação externa, optou-se pelo vidro do tipo low-e (do inglês, low emissivity). Os vidros low-e apresentam, em uma das faces, um fino revestimento de metais e óxidos metálicos que proporciona baixa emissividade de calor. Essas partículas são invisíveis ao olho nu e absorvem raios infravermelhos, o que permite controlar o ganho ou a perda térmica. Esse tipo de vidro pode ser usado em fachadas de edifícios para melhorar o conforto ambiental e a eficiência energética do projeto. E, por possuir alto nível de transparência e baixa reflexão, o vidro low-e possibilita maior aproveitamento da incidência solar e reduz o efeito de espelhamento, o que é comum na maioria das fachadas envidraçadas dos edifícios. (BONAFÉ, s.d.)

Desenho esquemático do vidro low-e.

Fonte: allaboutthatglass.com

O edifício também contará com sistema de reuso de água pluvial através da drenagem pelo telhado verde. As características do telhado verde com sistema laminar médio, fabricado pela Ecotelhado são:

• É um sistema hidropônico que reutiliza, principalmente, a água da chuva e também o próprio efluente da edificação tratado;

• Pode-se fazer o tratamento de efluentes (esgoto) do prédio para reutilização;

• A laje se torna uma cisterna de captação da água da chuva;

• É possível implantar placas fotovoltaicas para captação