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A Vegetação Como Elemento de Projeto Silvio Soares Macedo

Por:   •  15/8/2019  •  Resenha  •  1.392 Palavras (6 Páginas)  •  612 Visualizações

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A vegetação como elemento de projeto

Silvio Soares Macedo

A obra apresenta uma visão de como pode se projetar espaços públicos (parques e praças) tirando maior proveito da vegetação, desde sua disposição no local, até uma breve analise sobre volume, sombras, e como um projeto paisagístico deve ser planejado levando-se em conta os indivíduos.

[...] Dentro do contexto urbano ocidental a vegetação é incorporada a seus espaços livres e da forma que conhecemos hoje, a partir do final do séc. XVIII, pois, com o crescimento das cidades europeias e americanas (USA) o elemento vegetal passa a ter papel estrutural na conformação de seus espaços livres, em especial os parques e as praças.

A importância da vegetação na cidade nem sempre foi levada em conta. Analisando a antiguidade, em Roma, ou na Grécia antiga, a vegetação era limitada apenas a jardins particulares.

Foi a partir do século XIX, com a reformulação das cidades que essa questão começa a ser tratada com mais importância. Nessa época são idealizados melhores desenhos dos espaços públicos, sendo esses muito arborizados, com vários elementos decorativos.

[...] Os grandes espaços, sejam eles parques ou praças, possuem extensos gramados, sempre procurando-se uma construção cênica de caráter nitidamente romântico, onde a idéia de bucolismo é dominante.

Ao exemplo da reforma de Paris por Haussmann, onde grandes boulevards são abertos, São Paulo, no final do século XIX segue esse mesmo exemplo.

[...] No Brasil, na cidade de São Paulo do fim do século, o mais novo bairro destinado às elites, o Higienópolis, tem como codinome "Boulevard Burchard", indicando o caráter de suas ruas todas largas e arborizadas "tal qual as de Paris" Na mesma época é aberta também na capital a avenida Paulista (1891), também toda arborizada. Por toda a cidade, a princípio nos bairros de elite e depois pelos subúrbios novos destinados às classes médias, a arborização surge como um padrão de urbanização. [...]

A vegetação passa a atuar como estruturas espaciais nas cidades. De certa forma, os espaços começam a ser moldados pela vegetação.

A VEGETAÇÃO E O EDIFÍCIO

Esta visão da planta, como elemento de fundo do edifício, como entidade a ser contida em um plano qualquer ou em um vaso, continua a ser amplamente utilizada com resultados nem sempre adequados à atual realidade projetual do moderno espaço urbano. [...]

Isso significa que grande parte do paisagismo aplicado hoje em dia, apresenta o mesmo conceito do urbanismo moderno, onde a vegetação é apenas usada para construir um cenário de apoio.

[...] A arquitetura paisagista contemporânea, procurando se amoldar às novas formas e necessidades urbanas que se criam, indica a formulação se possível de espaços para atividades múltiplas. [...]

Ou seja, utilizando-se da vegetação, há a capacidade de se criar um espaço de usos múltiplos, evoluindo com o tempo e criando diversas atividades para diversos públicos.

Para uma análise prática de como melhor projetar um ambiente com vegetação abundante, o autor faz uma analogia com o cubo, onde temos piso, paredes e teto. Como exemplo, forrações, arvores e o próprio céu.

O PROJETO COM VEGETAÇÃO E SUAS POSSIBILIDADES

[...] Projetar com vegetação significa trabalhar em cumplicidade direta com seres vivos que crescem e se desenvolvem com o correr do tempo, criando e recriando espaços a cada nova estação. [...]

É necessário que a escolha da vegetação seja adequada ao que se deseja. Ou seja, arvores demoram mais tempo para crescer do que um arbusto, que por sua vez, pode fazer a mesma função para a qual se desejaria tal árvore.

[...] Estes fatos nos levam a indicar que se pense o projeto dos espaços livres em etapas ou momentos diversos de maturação, de modo que ao se abrir determinado espaço ao uso público este já esteja apto ao desempenho das atividades humanas, independentemente do porte das diversas espécies ali colocadas [...]

Costuma-se pensar no projeto paisagístico apenas em sua fase final. Entretanto, é necessário que se pense em como o público utiliza esse espaço logo no início de sua implantação. Pode-se mesclar vegetação de curto a longo prazo de crescimento.

[...] Certamente espaços paisagísticamente bem estruturados devem apresentar, desde o seu tempo 1, para o usuário, as melhores condições de usufruto, tanto a nível funcional ambiental, como cênico. O que se observa, entretanto, é que muitos dos projetos são concebidos em sua forma final, sem se ater ao fato das diversas fases de maturação do espaço. [...]

O padrão em que espaços são criados geralmente partem do modelo medieval, como cita o autor:

[...] O mais clássico partido adotado, derivado dos tradicionais jardins dos períodos medieval, renascentista e barroco indica como critério-base a colocação de um elemento mais alto no meio, quase uma escultura, cercado por outros tantos mais baixos. Este critério por décadas dirigiu e dirige a concepção da praça tradicional brasileira, limitando as opções de uso à circulação e ao sentar em bancos periféricos aos canteiros. [...]

Ou seja, segundo essa configuração, o espaço se torna monótono, sem atrativos.

Abandonando-se essa configuração, se tem a possibilidade de ciar sub-espaços.

A SELEÇÃO DO MATERIAL E O PROJETO

O território brasileiro conta com inúmeras formas de associação vegetal, como por exemplo a mata atlântica e os coqueirais. Todas essas formações podem ser utilizadas total ou parcialmente em um projeto.

[...] Tem -se que um dos princípios básicos da moderna arquitetura paisagística brasileira prescreve a adoção exclusiva de espécies nativas do país em todo e qualquer projeto. [...]

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