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ANÁLISE DE OBRA ANÁLOGA/ HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL NO BRASIL

Por:   •  3/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.393 Palavras (6 Páginas)  •  1.312 Visualizações

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1. ESCOLHA DA OBRA

A escolha da obra Parque Residencial Santo Amaro, elaborado pelos arquitetos Vigliecca & Associados, primeiramente se deve à solução apresentada ao curso d’água que ao longo de seu percurso recebe córregos, esgotos das casas que o circundam e as águas pluviais das vias que limitam suas encostas, além da condicionante topográfica que é bastante acidentada. Situação muito semelhante ao terreno ao qual iremos trabalhar ao longo do semestre no Bairro Xodó Marize.

Residencial Parque Santo Amaro V - Parque Linear Demarcado

Outro aspecto que levou à escolha do projeto Santo Amaro foi as áreas de uso comum bem resolvidas numa região de fundo de vale. Os edifícios de habitação fazem a interface entre a rua do entorno e o parque na área interna, fazendo as pessoas circularem. Os equipamentos de educação e lazer instalados nas extremidades influenciam na segurança e até na animação do local.

2. APRESENTAÇÃO DA OBRA:

Nome da Obra: Residencial Parque Novo Santo Amaro V

Arquitetos: Vigliecca & Associados

Localização: São Paulo, Brasil

Arquitetura E Urbanismo: Vigliecca & Associados

Equipe De Projeto: Héctor Vigliecca, Luciene Quel, Neli Shimizu, Ronald Werner, Caroline Bertoldi, Kelly Bozzato, Pedro Ichimaru, Bianca Riotto, Mayara Rocha Christ, Fábio Pittas, Thaísa Fróes, Aline Ollertz, Sérgio Faraulo, Paulo Serra, Luci Maie

Área: 13.5 m2

Ano Do Projeto: 2012

O projeto localiza-se na zona sul do município de São Paulo, numa região de fundo de vale com curso d’agua central e encostas laterais de grande declividade, ocupadas por construções precárias, que despejava os esgotos no córrego e acabando com a mata nativa de vegetação.

O objetivo do projeto era trazer de volta a condição original da área, fazendo um eixo central verde ao longo do curso d’agua e buscar soluções que aproveitassem as nascentes de água limpa do vale, transformando o curso d’água em elemento paisagístico.

O eixo central é de uso público e nele há anfiteatros, playgrounds, pista de skate, junto com patamares, degraus e bancos.

O residencial foi planejado e construído a partir de conjuntos de blocos com acessos independentes que se agrupam e compõem o residencial formando um complexo interligado de passarelas, acessos verticais e o parque linear de uso comunitário. As unidades de um pavimento ou duplex viabilizam o acesso apenas pelas escadas e rampas, tornando desnecessário o uso de elevadores.

Os apartamentos apresentam três tipologias diferentes, todas inflexíveis, sendo o duplex com 64m² e o apartamento de um pavimento com 50m².

Observando os esquemas, é possível perceber a ligação entre os blocos e os acessos. Além disso, os arquitetos buscaram adequar o projeto à topografia, promovendo o mínimo de interferência no relevo.

3. DESCRIÇÃO DO PROJETO

A ideia do projeto deu-se a partir da existência de um córrego no local que idealizou a construção de um parque linear que contivesse: as edificações habitacionais, playground, pista de skate, anfiteatro aberto, campo de futebol, associação de vizinhos e uma escola estadual já existente. O partido arquitetônico e urbanístico buscou a concepção de espaços destinados não só aos moradores, criando um projeto proporcionasse o desenvolvimento de uma área de uso comum entre os condôminos e a vizinhança do entorno.

A intenção projetual foi seguir o curso do córrego que passou por obras de canalização em que os blocos de apartamentos formassem uma “interface entre a rua oficial do entorno e o parque na área interna” (SÃO PAULO, 2010). O residencial abriga 216 famílias, número superior à quantidade de removidos inicialmente.

O desenvolvimento deste conjunto habitacional foi parte fundamental do programa de urbanização realizado na região do Guarapiranga, em São Paulo. O foco foi a retirada das famílias que estavam alojadas em áreas de risco iminente, devido aos constantes deslizamentos de terra ocasionados pelo relevo acentuado da região. A área de topografia acidentada, fundos de vale ocupados e casas auto-construídas em situação de risco, possuim raros equipamentos públicos e ligações viárias descontínuas. É de propriedade municipal e foi ocupada a partir da década de 80.

A diretriz geral do residencial, segundo os arquitetos, seria resgatar a condição original da área, onde se encontra um curso d’água que há muito foi ocupado irregularmente, com construções que depositavam seu esgoto e lixo no canal. Para isso pensou-se em um corredor verde, formando um eixo de percurso ao longo do curso. Para as pessoas desfrutarem desse local e para que haja vida e animação, criaram-se pontos de atração em todo o terreno, induzindo as pessoas a circular. Todo esse espaço pode ser utilizado para também acessar as residências e as ruas do entorno.

Em comparativo ao texto “O espaço da habitação social do Brasil”, o projeto apresenta uma forte tendência à inclusão e interação dos moradores e a vizinhança através do parque linear, mesclando os espaços privados, semi-públicos e públicos.

Com relação às unidades, os apartamentos não apresentam

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