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Análise Lina Bo Bardi e Pietro Maria Bardi

Por:   •  23/11/2025  •  Trabalho acadêmico  •  756 Palavras (4 Páginas)  •  15 Visualizações

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CASA DE VIDRO

Arquiteta: Lina Bo Bardi

Ano: 1948 - 1950

Ano de Conclusão: Cerca 1951

Localização: Morumbi, São Paulo – SP, Brasil

Área construída: 817 m²

Cliente: Lina Bo Bardi e Pietro Maria Bardi

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A Casa de Vidro (1950-1951), projetada por Lina Bo Bardi em São Paulo, nasce no contexto do pós-guerra, quando o modernismo ganhava força no Brasil como símbolo de progresso e renovação cultural. Construída como residência da arquiteta, a casa se destaca pelos pilotis, panos de vidro e integração com a natureza — características fundamentais do modernismo. Esse período foi marcado pela busca de uma identidade arquitetônica brasileira, alinhada a ideais de simplicidade, funcionalidade e diálogo com o entorno.

  1. ANÁLISE FORMAL

PERÍMETRO: O perímetro da planta da Casa de Vidro apresenta uma forma básica retangular, resultado de uma geometria simples e racional, típica da arquitetura moderna. O contorno é regular, sem recortes ou subtrações, reforçando a ideia de um volume único e contínuo. A forma não é fragmentada, mas sim um monobloco horizontal.

VOLUMETRIA:  A volumetria é caracterizada por um volume único, puro e ortogonal, constituído essencialmente por um paralelepípedo horizontal. As arestas são nítidas e os planos são claramente definidos. Trata-se de uma forma geométrica simples, sem curvas, sem variações plásticas ou deformações, fiel ao vocabulário moderno racionalista.

A forma resultante é um monovolume retangular elevado, a leitura do volume é marcada pelo contraste entre dois tratamentos formais, a frente leve, transparente e envidraçada e suspensa sobre pilotis e o fundo maciço ancorado sobre o terreno.

EIXOS:  A residência se organiza a partir de eixos ortogonais coerentes com sua forma e estrutura. O eixo longitudinal percorre a casa no sentido frente–fundo organizando a distribuição dos ambientes, separando claramente a área social da área íntima/serviços, marcando a transição de uso e privacidade ao longo da planta. Enquanto o eixo transversal atravessa a casa lateralmente, atuando como eixo visual evidenciando a relação do exterior com o interior. Dessa forma, os eixos dão ordem à planta e significado à volumetria.

ORGANIZAÇÃO DA PLANTA: A organização da planta é linear setorizada, onde os ambientes são funcionalmente distribuídos em duas faixas paralelas ao eixo maior do volume. a transparência da área social contrasta com a opacidade da área íntima/serviços, mantendo independência entre convivência e privacidade. Isso favorece a relação visual com a paisagem, a organização modular do edifício e a clareza funcional entre áreas sociais e íntimas.

  1. ANÁLISE TÉCNICA

ESTRUTURA E MODULAÇÃO: A construção combina uma estrutura mista entre estrutura metálica e concreto armado, os pilares metálicos na fachada são finos, leves e ritmados e tem a função de sustentar a grande faixa envidraçada, já na parte posterior a estrutura em concreto armado se apoia diretamente no terreno, ficando parcialmente oculta. A estrutura apresenta um sistema modular em formato de malha retangular no modo 4x5, fazendo parte também da coerência estética e formal do volume.

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