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Arquitetura, Ambiente e Sustentabilidade

Por:   •  22/10/2020  •  Trabalho acadêmico  •  3.795 Palavras (16 Páginas)  •  172 Visualizações

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Design Regenerativo: Uma abordagem ao lugar

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ISCTE-IUL | Arquitetura, Ambiente e Sustentabilidade | 2019/20

Discentes:

Margarida Bessa 77677

Maria Carolina Alves 84376

João Jardim, 73248

Luis Filipe R. 82686

07 Janeiro de 2020


Índice

Introdução        3

Análise do paper discutido em aula - Arquitetura e Resiliência na escala Humana        4

Análise do capítulo de livro  – “Understanding Places”        5

Análise do paper X – Planeamento de Cidades Dinâmicas        6

Análise do paper Y – Malha urbana e Metabolismo urbano        7

Análise do paper Z – Desenho de paisagem Urbana        8

Conclusão        9

Referências bibliográficas        10


Introdução

Num tempo marcado por desafios de ordem global, como as alterações climáticas, o rápido crescimento da população, a escassez de recursos naturais e o desperdício resultante de um consumo excessivo, a sustentabilidade surge como uma abordagem alternativa de resposta a estes desafios, através da concretização de projetos com potencial regenerativo dos lugares e das suas comunidades.

Os quatro artigos selecionados para análise, bem como o capítulo da obra Regenerative Development and Design – A Framework for Evolving Sustainability, apresentam diferentes cenários e propostas de resposta a estes desafios, que passam por aspetos distintos e interdependentes, como a compreensão do lugar no qual se intervém e respetivas potencialidades e, ainda, a aplicação deste conhecimento no desenho de sistemas adaptativos de transformação da paisagem natural, de forma regenerativa, e consequentemente do tecido urbano.

Ao compreender-se, verdadeiramente, as particularidades do sítio a intervir, o projeto possui o poder de criar um impacto ecológico positivo, não só devido à valorização do local e suas caraterísticas únicas, bem como devido ao envolvimento da comunidade no processo de design, que se foca nas suas necessidades práticas. O projeto torna-se, assim, num agente de transformação e evolução futura do sítio, que cria novos sistemas biológicos, conectados com a biodiversidade local, e novas parcerias entre a população e o sítio, que lhe incutem um sentido de responsabilidade e de conservação para com a arquitetura, as tradições e a natureza locais.

Sendo o lugar um sistema vivo e dinâmico, este permite ser transformado por uma intervenção estratégica, que tenha em consideração os seus padrões de interação. Uma possível abordagem projetual é baseada em sistemas adaptativos, adequados ao planeamento das cidades, que são dinâmicas, complexas e estão em constante mudança. Através de modelos sustentáveis alternativos, é possível criar interações valiosas entre os vários níveis presentes no sistema, as suas hierarquias e escalas, num fluxo contínuo. Fatores condicionantes desta solução são a influência da inteligência artificial, das tensões socioeconómicas e do fenómeno das alterações climáticas.

Deste modo, ao regenerarmos o tecido urbano, regeneramos os fundamentos da sua paisagem. Um dos artigos aborda mesmo a importância do mapeamento sistemático desta paisagem e a compreensão dos seus vários metabolismos. Com recurso ao aproveitamento das potencialidades do sítio, bem como à gestão sustentável dos recursos, da pegada ecológica e dos resíduos, é possível que surja um design sistemático que tira partido do sítio e que acompanha e evolui conjuntamente com o crescimento urbano.

Este fenómeno irá transformar, consequentemente, o tecido urbano que, como sistema orgânico, se baseia na vida das suas diferentes partes, e das transições locais e regionais entre elas. Os “tecidos” pedestre, automóvel e ferroviário, por exemplo, possuem diferentes metabolismos que irão determinar o desenho das infraestruturas e, consequentemente, os fluxos urbanos (eficiência), os modos de vida da população e a gestão dos seus recursos.

Tudo isto requer, claro, uma mudança de políticas para a mudança de paradigma. Partindo da interdisciplinaridade, é possível seguir a seguinte lógica de premissas: 1 – compreender o sítio; 2- criar estratégias adaptativas; 3- regenerar a paisagem; 4 – redesenhar os tecidos urbanos.


Análise do paper discutido em aula

Paper selecionado: “Arquitetura e Resiliência na escala Humana
Preocupações éticas e políticas, agências coprodução e estratégias sócio-tecnológicas e práticas”

Este artigo foca-se no conceito da resiliência, que se prende com a problemática dos modos como o ser humano habita o planeta e influencia as estruturas e ecossistemas que o rodeiam e que lhe dão vida. Atualmente, as vivências que não seguem uma abordagem sustentável são as mais afetadas pelas consequências resultantes das alterações climáticas. Uma possível resposta a estes desafios consiste no reforço da resiliência das populações e dos seus estilos de vida, contrariando o atual domínio de uma cultura do capitalismo e do consumismo.

Com base numa mudança de paradigma, a partir do estudo de novas estratégias projetuais, é possível construir uma resiliência, ou “resistência” local, que permite fazer face às alterações climáticas, à escassez de recursos naturais e à intensificação de mudanças demográficas, particularmente os fluxos de refugiados e vítimas de fenómenos climáticos extremos. Neste sentido, a arquitetura tem um papel fundamental uma vez que, partindo da escala do lugar e do seu redesenho, cria novas práticas de valorização do património biológico de um lugar, que irão possibilitar novos modos de vida, de trabalho e de convivência com a natureza.

A chave para a mudança está, assim, na investigação, em áreas como a arquitetura, a engenharia e o paisagismo, com vista à construção de resiliência através de um desenho “ético” que, de forma estratégica, se adapta à escala do sítio e às suas necessidades. A Coprodução é, também, um princípio a ser considerado, uma vez que parte do ambiente local e, baseando-se nos seus atributos, transforma os processos de construção e uso de bens pela comunidade. Com isto, é possível regenerar ambientes urbanos densamente construídos, onde existem danos ecológicos provocados pelo impacto de emissões poluentes resultantes das atividades humanas. Esta mudança de paradigma deve apoiar-se nos avanços tecnológicos e científicos, úteis para o mapeamento de informação útil acerca do território, bem como para o funcionamento de sistemas adaptativos. Estas áreas são os meios privilegiados para se atingir a resiliência, possibilitando o desenvolvimento de mecanismos de suporte a um estilo de vida e a um futuro ecologicamente justo e sustentável, em prol da regeneração da saúde dos ecossistemas naturais.

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