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BREVE HISTÓRIA DA TEORIA DA CONSERVAÇÃO E DO RESTAURO

Por:   •  22/11/2015  •  Resenha  •  976 Palavras (4 Páginas)  •  1.636 Visualizações

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FIAM FAAM – ARQUITETURA E URBANISMO

TEORIA E METODOS DE RESTAURAÇÃO DE EDIFICIOS

RESENHA: BREVE HISTÓRIA DA TEORIA DA CONSERVAÇÃO E DO RESTAURO

Aluna: Mônica Mello / RA: 4916011

Turma: 6C08 - Manhã

SÃO PAULO

2015


Ao longo do tempo, devido as condições climáticas e atmosféricas os edifícios sofrem diversas alterações. Outro aspecto que prejudica as características é a mudança de gerações, tornando o processo de restauro ainda mais difícil. É o que podemos perceber com o decorrer dos períodos.

Antes do surgimento das técnicas de restauro (séc. XVIII e XIX), os edifícios não eram reformados de forma que fossem fieis ao que já foram um dia, suas características eram alteradas e muitas vezes utilizavam elementos atuais em fachadas de períodos anteriores, fazendo com que os mesmos perdessem suas características.

Junto com a revolução francesa tivemos o início da idade contemporânea. Após a degradação e/ou destruição total de alguns monumentos a convenção nacional francesa decidiu tomar uma atitude. Foi então que encarregaram Vilet e Merimée de aplicarem critérios de proteção aos monumentos. Além da França, outros países da Europa também tinham esse mesmo objetivo em comum. Assim como fez a Itália, quando criou o ‘restauro arqueológico’, que tinha como objetivo encontrar as características originais do monumento, deixando para traz decorações e características de épocas seguintes, trazendo à tona suas características históricas, assim como aconteceu com o anfiteatro de Arles, na França, entre 1809 e 1830, restituindo o monumento a arquitetura romana. Este é só um dos exemplos diante de muitos outros tão importantes.

Ludovic Vilet, nomeado inspetor geral dos monumentos, defendia que os arquitetos deveriam ter conhecimentos específicos sobre o edifício, incluindo conhecimentos sobre história da arte e arqueologia. Desta forma estariam aptos a aplicar a racionalidade e a funcionalidade no edifício, fazendo com que o mesmo não perca suas características. Por vezes a reconstituição era feita não pelos mesmos materiais com qual haviam sido construídos, sendo substituídos por outros materiais, porém, suas características eram tão fieis quanto os originais.

Não podemos falar de restauro sem citar Viollet Le Duc. O arquiteto era polemico, e também defendia o fato de preservar o monumento tal qual o seu projeto original, porém, Le Duc ia além, grande admirador do gótico, ele restituía o edifício a sua forma mais pura, dando continuidade inclusive a elementos que nunca saíram do papel. Le Duc colocava-se na pele do projetista e procurava reconstituir o edifício através de desenhos, documentos e também com base em regras do estilo vigente, apesar de as vezes ir um pouco além das suas imaginações, como fez no castelo de Pierrefonds. Além dos reparos físicos, o arquiteto também tinha uma preocupação com a estrutura do edifício, colocando a prova seu grande talento.

Na Inglaterra, John Ruskin e William Morris possuem ideia opostas as de Le Duc e defendiam que o edifício não deveria ter acréscimos modernos e não aceitavam o desenvolvimento da produção industrial, os considerando falsos. A pretensão destes arquitetos era de conservar as características das atividades manuais, dando início ao movimento ‘Arts and Crafts’, que se opunham as produções em serie da industrialização.

Na Itália, Camilo Boito buscava um equilíbrio entre estas duas posições tão distintas entre si, e defendia as intervenções de nível intermédio. Ele não tinha a intenção de dar continuidade a obras inacabadas, como fazia Le Duc, do contrário, buscava respeitar todo o conjunto do edifício, utilizando processos de restauro apenas quando necessário. Boito acreditava que a manutenção constante dos monumentos evitaria as intervenções. O arquiteto foi responsável por um novo conceito de restauro. O mesmo foi adotado por toda a Europa e seguia normas e conselhos estabelecidos, tais como tornar visível no edifício o processo de restauração, isso quando o mesmo fosse realizado, considerando que estes processos deveriam ser evitados ao máximo.

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