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Cataguases

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Por:   •  13/8/2013  •  Artigo  •  573 Palavras (3 Páginas)  •  425 Visualizações

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Cataguases teve suas primeiras experiências com a arquitetura moderna no início dos anos 40, no momento mesmo em que esta se afirmava no Brasil e definia uma linguagem própria que a destacaria no panorama da produção mundial.

O Rio de Janeiro estava ainda às voltas com a construção do edifício do Ministério da Educação, mas o esforço despendido desde os últimos anos da década de 20 havia frutificado através do reconhecimento oficial e da consagração internacional que se consolidava.

Até então a batalha pela renovação arquitetural havia produzido muitos manifestos, experimentos isolados debates acirrados,reflexões e contatos com as vanguardas européias. A questão figurava já entre as preocupações dos modernistas da primeira hora, mas a concretização de um movimento consistente levaria ainda algum tempo para se efetivar.

Esse caminho lento da modernidade arquitetônica, na realidade, se insere em quadro mais complexo que implica diversos fatores relacionados às peculiaridades da produção da obra de arquitetura. Nele se incluem não só o talento criativo mas a participação financeira do cliente, o domínio de nova tecnologia e novos materiais e aparelhamento industrial para viabilizar uma realização em nova escala. Carlos Lemos nos chama a atenção para diferença existente entre uma pintura, ou uma escultura, e um edifício que não pode, como aqueles, ser guardado em atelier à espera de um possível comprador. (I)

De resto, o ecletismo havia renovado a cidade e a arquitetura do século XIX, seguindo o movimento das capitais européias, e conquistando uma sólida posição como linguagem adequada `da expressão da época.

Até o final da década de 20 a Escola Nacional de Belas Artes e os arquitetos estão às voltas com o neocolonial como alternativa à importação de modelos estilísticos do passado.

Enfim é somente a partir da consolidação do grupo de arquitetos modernos do Rio de Janeiro e do apoio oficial às suas propostas que a nova arquitetura define seu caminho. A afirmação e difusão dessas propostas virão através das obras realizadas por esses arquitetos na então Capital Federal e em outros Estados que serão chamados a trabalhar.

Cataguases e Belo Horizonte participam logo na primeira etapa desse processo. Praticamente ao mesmo tempo em que Kubitschek convida Oscar Niemeyer para projetar o conjunto da Pampulha, Francisco Peixoto encomenda ao arquiteto o projeto de sua residência e, pouco depois, o do Colégio de Cataguases.

No espaço de uma década construiu-se nesta cidade um acervo arquitetônico notável, ampliado na década de 50 por inúmeras outras realizações. Em sua concretização participaram arquitetos de primeira grandeza no quadro da nova arquitetura, como Aldary Toledo, Carlos Leão, Francisco Bolonha, Flávio de Aquino e Edgar do Valle, além de Niemeyer.

Tudo isso vem na esteira do movimento verde, que desde os anos 20 havia ligado Cataguases de modo definitivo à trajetória do modernismo brasileiro. Esse segundo tempo das experiências modernistas na cidade, entretanto, apresenta uma característica que o distingue da primeira iniciativa, e deriva do processo de afirmação da arquitetura moderna brasileira: não há produção local no primeiro momento.

Outros pontos de contato entre esse processo e o modernismo arquitetônico cataguasense podem ser identificados. Entre

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