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Historia

Por:   •  16/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  932 Palavras (4 Páginas)  •  275 Visualizações

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O Cassino da Pampulha, que posteriormente se tornou o MAP(Museu de arte da Pampulha),foi inaugurado em 1943.Localizado no bairro Jardim Atlântico em Belo Horizonte, foi a primeira obra do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico, que engloba também a Igreja São Francisco de Assis, a Casa do Baile e o Iate Clube, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer sob encomenda do então prefeito da cidade Juscelino Kubistschek.

​​“Fiz este projeto em uma noite, não tive outra alternativa. Mas quando funcionava como cassino, cumpria bem suas finalidades, com seus mármores, suas colunas de aço inoxidável, e a burguesia a se exibir, elegante, pelas suas rampas.”

— Oscar Niemeyer

​​Assim como as demais edificações projetadas para o conjunto na orla da lagoa da Pampulha, o Cassino não foi construído nos parâmetros arquitetônicos de um prédio convencional. Sua forma, envolvendo retas e curvas, jogos de luz e sombra, surpreendem pela originalidade dos elementos. Os edifícios foram pensados em estreita relação com o entorno, que fornece a moldura natural e a inspiração para os desenhos e plantas. 

​​No exterior do prédio, os jardins projetados pelo artista plástico e paisagista brasileiro Roberto Burle Marx foram decorados por três esculturas:

 

• Abraço,de Alfredo Ceschiatti

• Nu,de August Zamoyski

• A Pampulha,de José Pedrosa.

 

O espaço foi projetado com o objetivo de servir às atividades de lazer dos cidadãos. Equipado com sala de jogos, pista de dança, restaurante e bar, na década de 1940 o Cassino se tornou referência ao unir diversão e glamour. Cenário procurado não somente pelos ricos residentes na capital Mineira, mas também por outros vindos do interior, de fora do estado ou até mesmo do exterior, transformando a vida noturna de BH. Como o responsável pela casa era Joaquim Rolla, o mesmo administrador do cassino da Urca, no Rio de Janeiro, e do cassino do palácio Quitandinha, em Petrópolis, o lugar levou a Belo Horizonte algumas das maiores atrações de shows musicais internacionais.

Mas três anos após sua inauguração, em 30 de abril de 1946, o então presidente da República, General Eurico Gaspar Dutra, proibiu a jogatina no país. Dentre os argumentos, foi apontado que as práticas realizadas nos cassinos “decorreram abusos nocivos à moral e aos bons costumes”. Com o fechamento do cassino, de certo modo, os frequentadores da Pampulha assistiram o brilho do local entrar em decadência.

Após o encerramento de suas atividades, o “Cassino” passou a servir apenas para a realização de recepções e apresentações culturais. Durante esse momento da sua história, Oscar Niemeyer realizou duas exposições no espaço, provando que ele poderia ser utilizado como um Museu. Mas foi somente em 1957 que o lugar adquiriu uma nova função. Com o estímulo do empresário de comunicação e mecenas, Assis Chateaubriand, foi criado nas dependências do antigo Cassino, o Museu de Arte da Pampulha (MAP), que era conhecido como “Palácio de Cristal”.

Durante anos foram convocados os artistas nacionais e internacionais para o acervo do museu, focado na arte moderna, mas, mais tarde, junto com o sonho dourado da Pampulha, cai em desuso, sem verbas para manutenção do prédio e do acervo formado por trabalhos de artistas como Guignard, Ianelli, Di Cavalcanti, Manabu Mabe, Franz Weissman, Ivan Serpa, Maurino, GTO, Tomie Othake, Benjamim,Roberto Vieira, Poteiro, Chanina, Lotus Lobo e muitos outros.

Para se tornar um grande Museu era preciso consertar alguns desacertos, conseguir capital para reformas e manutenção, e então com um convênio firmado entre Prefeitura de BH, Fundação Roberto Marinho e o Banco Real, em 1996 sua estrutura foi melhorada, foi a primeira e concreta investida na "revitalização e adequação de seus espaços". O projeto teve como objetivo o resgate e valorização do prédio que incluiu reformas de infraestrutura, rede elétrica e hidráulica, reorganização museológica, cortar divulgação das atividades permanentes, estreitamento do intercâmbio com a comunidade, a criação de uma Associação de Amigos do Museu, que tem como uma das suas funções a captação de recursos e obtenção de doações de obras de arte para a Instituição, e ainda passou a contar com salas multimídia, biblioteca, café e bar.

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