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O Ciclo Cicardiano

Por:   •  5/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  932 Palavras (4 Páginas)  •  296 Visualizações

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Foi descoberto a melanopsina em 1998, proteína que converte o sinal luminoso em impulso elétrico, ampliando pesquisas e experiências científicas sobre os ciclos cicardianos. Os ciclos cicardianos, são ciclos biológicos internos que são necessários para regular o organismo para diferentes necessidades metabólicas como a alternância entre o dia e a noite e as mudanças de estação. Os ciclos cicardianos não têm uma duração, eles podem variar durante as horas do dia, sincronizando com a luz ambiente. Com a mudança da intensidade da luz natural, o organismo produz o hormônio da melatonina que favorece o sono e o cortisol que aumenta o ritmo do metabolismo. Com a iluminação artificial, dependendo sua intensidade ela pode romper informações fornecidas pela iluminação natural e assim desregular o ciclo cicardiano.

Essa ruptura do ciclo pode haver consequências para o organismo como distúrbios do sono e comportamentais, superexitação, hipertensão, impotência, esquizofrenia, transtorno bipolar, diabete tipo 2, outros transtornos metabólicos por causa do stress, má alimentação, sedentarismo, obesidade e até câncer de mama nas mulheres em menopausa. Tudo isso ocorre devido ao modo de vida atual das pessoas e as edificações onde passamos a maior parte do nosso dia.

Tão clara que nos últimos anos é absoluta a participação da grande indústria de iluminação no desenvolvimento de lâmpadas e sistemas para minimizar os efeitos dos produtos de iluminação artificiais sobre os ritmos biológicos. Em alguns casos busca-se com o uso modulado dos comprimentos de onda, favorecer a restauração do ciclo circadiano em indivíduos com distúrbios de regularidade. Mas este é um caso que merece um capítulo à parte. O que se constata é que a distribuição dos comprimentos de onda da iluminação artificial é que deve ser regulado durante o dia e a noite para oferecer ao organismo o sinal correto e colocar o corpo em sintonia com a natureza. A iluminação artificial por si só não apresenta efeitos negativos sobre a saúde.  Avanços Os sistemas de iluminação circadianos adaptativos (Circadian Adaptative Lighting) Em março de 2015 a GE lançou uma linha de lâmpadas especiais para controlar os ritmos circadianos. GE Aling AM (antimeridiano) que limita a luz do dia e suprime a produção de melatonina facilitando a atividade física e recomendada para as primeiras horas do dia. GE Aling PM (pós meridiano) recomendada para o uso noturno, emite uma luz âmbar que não suprime a produção de melatonina e facilita o sono.

 

A Philips, que também investe em parcerias científicas, lançou a luminária Go Lite Blue que emite uma irradiação azul que revitaliza o organismo, entre outros sistemas e produtos que encontram -se disponíveis no mercado.   A OSRAN, entre outros, propõe uma aplicação para iluminação em voos de longa duração onde a iluminação artificial é modulada para simular uma alternância de radiação intensa com o componente azul e radiação moderada com o componente vermelho para que o passageiro acostume-se ao novo fuso horário e reduza o jet lag.   No ambiente de saúde No exterior os hospitais começam a aplicar a Circadian Adaptative Lighting em quartos nos quais os pacientes permanecem em ambientes fechados. A ideia é usar a luz de forma efetiva em um ambiente de saúde para melhorar o ambiente de cura e promover o bem-estar dos pacientes e colaboradores.  Em um importante estudo denominado "O impacto da luz sobre os resultados nos serviços de saúde" - Center for Health Design, 2006 - os pesquisadores observam em suas principais conclusões que ao controlar sistemas circadianos do corpo, diminui-se a depressão de pacientes e o tempo de permanência em internação, a agitação em pacientes com demência, alivia a dor e melhora o sono. A adaptação ao trabalho noturno dos funcionários também apresenta melhora, bem como a presença de janelas no ambiente e acesso a luz natural têm sido associados com o aumento da satisfação com o ambiente.   De forma pioneira, a Arquiteta Célia Bertazzoli da CABE Arquitetos que há 21 anos dedica -se ao setor de saúde, em 2006 já demonstrava preocupação com o tema dos ciclos biológicos, a recuperação dos pacientes e o bem estar dos colaboradores ao projetar a torre de especialidades médicas do Hospital Santa Catarina de São Paulo com janelas em todas as faces e nelas instalar controle de iluminação natural e redução dos níveis de ruído por meio de caixilhos com vidros de alta performance e persianas insuladas associados ao sistema de light design e climatização em Unidades de Terapia Intensiva Geral, Pediátrica e Neurológica, revolucionando o conceito desses ambientes por aqui.

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