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O ESGOTAMENTO SANITARIO ARTIGO

Por:   •  13/12/2017  •  Artigo  •  2.809 Palavras (12 Páginas)  •  668 Visualizações

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E A ESTRUTURA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE ANÁPOLIS

Fernandes, M. B.1; Lopes, B. S.2

Graduandas, Faculdade Metropolitana de Anápolis, Anápolis, Goiás, Brasil

Correa, F. M.3

Professor Me., Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil

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RESUMO: O sistema de esgotamento sanitário de Anápolis atende aproximadamente 48% da população, mas nem todo o esgoto coletado é tratado e as projeções de expansão não garantem em tempo aceitável o atendimento de toda a população Anapolina.

Este trabalho levanta esta questão e sugere alternativas para que soluções mais rápidas e eficientes sejam analisadas com o objetivo de encontrar a possibilidade mais viável.

Palavras-chaves: Anápolis, esgotamento, saneamento, infraestrutura, esgoto, estação de tratamento de água, IBGE, NBR.  

  1. introDUção

Este artigo tem por objetivo analisar o Esgotamento Sanitário da cidade de Anápolis, do estado de Goiás, a qual tem em 2017 a população estimada de 375.142 pessoas, segundo dados do IBGE. De acordo com o Plano Municipal de Saneamento de Anápolis, apenas 48% da população urbana é atendida com a atual rede de esgotamento sanitário, o qual é tratado pela Saneago, estatal responsável pelo fornecimento e tratamento de água e saneamento no Estado de Goiás. O percentual atendido pelo esgotamento sanitário representa aproximadamente 180.068 pessoas, o que deixa ainda mais de 195.074 pessoas sem esgotamento sanitário. Diante disso, além de expor a realidade do saneamento da cidade de Anápolis, este artigo tem por objetivo fazer uma reflexão sobre a questão e apontar possíveis soluções a serem aplicadas ou estudadas, no intuito de melhorar a qualidade de vida dos anapolinos.

  1. fundamentação teórica

De acordo com LEME (2010), a instalação de redes coletoras de esgotos teve inicio na Europa, no começo do século XIX e os tratamentos de esgoto doméstico só teve inicio a partir do final do século XIX.

Apesar de sua grande importância para a melhoria do bem-estar e da qualidade de vida da população e para a preservação do meio ambiente, ainda são escassos os recursos investidos no esgotamento sanitário, principalmente quando o publico atendido é de baixa renda. (JAVAREZ JÚNIOR, 2007).

A coleta e tratamento do esgoto sanitário são fundamentais para a melhoria do quadro de saúde da população, uma vez que inúmeras doenças graves estão relacionadas à poluição da água.

A harmonia entre o homem e o meio ambiente é constantemente rompida pela poluição e contaminação da água, reduzindo drasticamente a qualidade de vida.

De acordo com a NBR 9648 (ABNT, 1986), o esgoto sanitário é o despejo liquido constituído de esgotos doméstico e industrial, água de infiltração e a contribuição pluvial parasitária.

O esgoto costuma ser classificado em dois grupos, o sanitário e o industrial. O primeiro é composto por despejos domésticos, uma parcela de águas pluviais, água de infiltração e eventualmente despejos não significativos de esgoto industrial. Compõem esse grupo a água de banho, urina, fezes, papel, restos de comida, sabão, detergentes, águas de lavagem.

O grupo de esgoto industrial é extremamente diverso, provem de qualquer utilização da água para fins industriais, e adquirem características próprias em função do processo industrial (JORDÃO, 2009).

Para o tratamento do esgoto, uma Estação de Tratamento de Efluente (ETE) deverá promover a remoção da matéria orgânica, sólidos em suspensão e os organismos patogênicos, presentes nos esgotos domésticos da cidade. O tratamento de esgoto consiste na eliminação das impurezas incorporadas que resultam em poluição e contaminação (LEME, 2010).

Ainda segundo o Plano Municipal de Saneamento de Anápolis, a área urbana de Anápolis abrange dezesseis bacias de esgotamento, as quais são a Água Fria, Cesários, Felizardos, Góis, Reboleiras, Antas, Catingueiros, Guarirobal, Caldas, Piracanjuba, Inhames, Extrema, Retiro, Anicunzinho (margem direita), Cupim Branco e Olaria. Destes, apenas 8 possuem sistema de esgotamento sanitário parcialmente implantado. Isso considerando que a parcela atualmente atendida da bacia Catingueiros é revertida para a bacia do Antas, e todas esgotam naturalmente para o emissário do Rio das Antas e a estação de tratamento de esgoto existente.                

  1. Metodologia

A metodologia adotada foi a pesquisa bibliográfica auxiliada pela pesquisa documental. 

  1. resultados e discussão

O processo de tratamento da ETE Anápolis é constituído por pré-tratamento, lagoas anaeróbicas, lagoas aeradas e lagoas de sedimentação, operando em série.  

Lagoa anaeróbia – As lagoas anaeróbias têm sido utilizadas no tratamento de esgotos domésticos e despejos industriais predominantemente orgânicos, com altos teores de DBO, como matadouros, laticínios, bebidas, etc. A conversão da matéria orgânica em condições anaeróbias é lenta, pelo fato das bactérias anaeróbias se reproduzirem numa vagarosa taxa. A temperatura do meio tem grande influência nas taxas de reprodução da biomassa e conversão do substrato, o que faz com que as regiões de clima quente se tornem propício a este tipo de lagoas. Neste caso, as lagoas são profundas, entre 3 e 5 metros, para reduzir a penetração de luz nas camadas inferiores. Além disso, é lançada uma grande carga de matéria orgânica, para que o oxigênio consumido seja várias vezes maior que o produzido.

O tratamento ocorre em duas etapas. Na primeira, as moléculas da matéria orgânica são quebradas e transformadas em estruturas mais simples. Já na segunda, a matéria orgânica é convertida em metano, gás carbônico e água. A eficiência de remoção da DBO nas lagoas anaeróbias é usualmente da ordem de 50% a 70%. A DBO efluente é ainda elevada, implicando na necessidade de uma unidade posterior de tratamento. A remoção da DBO na lagoa anaeróbia proporciona uma substancial economia de área para lagoa facultativa.

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