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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ANÁLISE DO SOLO

Por:   •  26/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  7.029 Palavras (29 Páginas)  •  194 Visualizações

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3. REVISÃO BIBLIOGRAFICA

3.1. ANÁLISE DO SOLO

3.1.1. Características do Solo

Visando obter uma melhor concepção de um projeto de fundação, faz se necessário o conhecimento do tipo de solo onde a obra irá ser executada, pois dependendo das características apresentadas do solo em suas camadas superficiais, haverá a necessidade de saber sobre suas características ainda mais profundas.

Os solos de granulometria grossa e fina representam o grupo básico de tipos de solo, sendo as pedras e areia considerados de granulometria grossa, tendo em vista que suas partículas podem ser visíveis a olho nu, já os siltes e argilas se enquadram em granulometria fina, pois suas partículas são muito menores. (CHING, 2010).

“O Unified Soil Classification System da American Society for Testing and Materials (ASTM) subdivide os tipos de solo em pedras, areias, siltes e argilas com base em sua composição física e suas características”. (CHING, 2010, p. 1.8).

O subsolo normalmente é formado por diferentes camadas que se sobrepõem, onde pode haver uma variedade de misturas de tipos de solo. Como um meio de representar essa variedade de camadas, são confeccionados perfis geológicos do solo por engenheiros geotécnicos, por meio da utilização de diagramas, sendo assim representados os cortes verticais do solo que se estendem desde o nível do solo a ser atingido até sua superfície, perfurando poços para sua exploração ou realizando uma sondagem. Em resumo, a função das fundações é transmitir a carga, de modo seguro, a uma camada de solo resistente. (CHING, 2010).

“A integridade de uma estrutura de edificação depende, em última análise, da estabilidade e da resistência ao carregamento do solo ou da rocha que está abaixo das fundações”. (CHING, 2010, p.1.8).

3.1.2. Nível do lençol freático

Conforme estudo realizado por Chiossi (1979), o nível do lençol freático é outro ponto em que o engenheiro deve levar em consideração quando realizar a verificação do solo.

O interior da terra é composto por diferentes rochas e nelas acontece uma aglomeração de água, que funcionam como um vasto reservatório subterrâneo para a acumulação e circulação das águas que nele se infiltram, a água penetra no solo por gravidade até atingir zonas saturadas, formando assim os lençóis freáticos (CHIOSSI, 1979, p.58).

Durante a fase executiva, qualquer água freática (ou seja, advinda de lençol freático) encontrada no subsolo deve ser drenada para longe de qualquer sistema de fundação, evitando assim a redução da capacidade de carregamento do solo (CHIOSSI, 1979).

Conforme estudo realizado por Marangon (2008), A construção de edifícios com subsolo (pavimentos inferiores) pode requerer escavações abaixo do lençol freático. Estas escavações poderão vir a requerer uma drenagem e possivelmente um rebaixamento do lençol freático. Há disponível muitos meios para expulsão da água nos subsolos, porém, é aconselhado que somente após serem realizados testes com a finalidade de analisar preliminarmente o rebaixamento do lençol freático, é que se poderá ter a capacidade de definir qual método aplicar.

De acordo com a ABNT-NBR 6122:2010, é somente a partir da análise de solo que o engenheiro contratado consegue propor um projeto de fundação no qual se adapta melhor a cada tipo de terreno, visando a segurança e sem esquecer também do custo de cada edificação.

Podemos separar as fundações bem projetas como uma pequena parte do custo total da obra, obtendo uma correspondência de 3% a 10% do custo total do investimento, entretanto, quando executadas de forma displicente e/ou mal projetas, poderão corresponder a um total de 5 a 10 vezes o valor inicial de uma fundação bem projetada. O que propõem uma grande economia, quando bem executado são os estudos pertinente ao solo onde a obra se localiza. (MENEZES et al., 2016).

Por meio das investigações geotécnicas deve-se realizar um esquema de planejamento, para que se torne possível assim, determinar o número, a profundidade, o método e a disposição de onde serão realizados os ensaios no solo.

Conforme estudo realizado por Caputo (1996), são considerados relevantes os seguintes aspectos:

 Natureza e propriedades dos solos;

 Sucessão e disposição das camadas do solo;

 Posição do nível d’água;

 Modelo estrutural adotado (tipo da estrutura, carregamentos e grau de rigidez).

3.2. MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO

Conforme estudo realizado por Andrade (2003), é de fundamental importância conhecer a situação do subsolo para a realização de um projeto de fundação. São estudos que tem como sua base ensaios de campos, ou quando necessário for, ensaios laboratoriais.Cabe salientar que a ausência de um bom estudo geotécnico poderá incorrer em uma solução estrutural inadequada ao projeto a ser realizado, bem como um aumento de custo significativo a fim de corrigir, recuperar ou até mesmo refazer totalmente a fundação.

De acordo com a ABNT-NBR 6122:2010, as investigações do subsolo subdividem-se em:

3.2.1. Investigações locais:

 Sondagem com ou sem retirada de amostra indeformada do solo;

 Ensaios de penetração estática ou dinâmica;

 Ensaios in situ de resistência e deformação;

 Ensaios in situ de permeabilidade ou de determinação de perda d’água;

 Medições de níveis d’água e de pressões neutras;

 Realização de provas de carga.

3.2.2. Investigações de laboratório:

 Caracterização (granulometria e limites de consistência);

 Resistência (cisalhamento direto e compressão simples ou triaxial);

 Permeabilidade (carga fixa ou variável);

 Adensamento.

De acordo com a ABNT-NBR 6484:2001, o ensaio mais utilizado para realizar a sondagem do solo devido a sua facilidade de realização é

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