Relatório sobre Tecnologias na arquitetura

Desenvolvimento

        As tecnologias da informação e comunicação –TICs impuseram a diversos profissionais e a sociedade em geral a necessidade de absorver novas habilidades, de forma tão intensa e voluntária que esses usuários sequer percebem. Elas são programadas para serem transparente e funcionarem de forma simples e eficaz de modo que o usuário não precise passar muito tempo aprendendo a utiliza-las.

        Com a chegada da internet nos anos 90, a informação chegava a qualquer pessoa desde que este tivesse uma linha telefônica e um modem, em qualquer parte do mundo. O email incrementou as possibilidades de comunicação assíncrona, permitindo o envio e a recepção de mensagens a qualquer momento sem a interação em tempo real entre emissor e receptor, tudo de forma imediata e sem o tradicional correios. (NARDELLI, 2007)

        Hoje em dia as ferramentas digitais tomam conta de nossas vidas sem que percebamos e dão uma nova dinâmica diária aonde as funções urbanas ocorrem virtualmente com resultados concretos no mundo real, centralizando atividades fundamentais para o funcionamento da economia sem que ninguém mais se dê conta disso.

         Os processos de concepção, desenvolvimento e fabricação de novos produtos a tecnologia digital tem atuado como algo revolucionário, mesmo que essa ação ocorra sem que se perceba devido a transparência com que essa tecnologia permeia o cotidiano atual.

        Na arquitetura vem ocorrendo esse processo de revolução digital, também chamado de “Arquitetura Digital”.  O que ninguém poderia supor a 10 anos atrás vem acontecendo em termos conceituais, a arquitetura concebida digitalmente a partir de um espaço geométrico não Euclediano, sistemas cinéticos e dinâmicos e algoritmos gerativos de formas está superando os padrões arquitetônicos tradicionais. Em especial a integração dos sistemas CAD com os sistemas CAM, que permitem a produção e construção de formas altamente complexas que até pouco tempo atrás eram praticamente inviáveis, em termos de custo e produção. (NARDELLI, 2007).

        Estamos então diante da “Arquitetura Digital”, no sentido de uma metodologia inédita, baseada num corpo teórico exclusivo, cultural e prático, através de novas tecnologias e capas de produzir objetos totalmente novos.

        A arquitetura dita tradicional era muito focada na modulação, refletindo em projetos repetitivos, rigorosas tipologias, a arquitetura digital propõe algo mais dinâmico, diverso, descontinuo, que pode ser entendido como uma nova forma de simbiose entre produto, projeto e maneira como é concebido, desenvolvido e produzido digitalmente.

        O Museu Guggenheim de Frank Gehry, em Bilbao reflete uma nova forma de conceber e produzir, buscando novos métodos pra projetar, incluindo tecnologia digital.

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Figura 1. Museu Guggenheim de Frank Gehry(1992).

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Figura 2. Museu Guggenheim, as chapas curvas na fachada.

        Esse novo paradigma da informação na arquitetura coloca uma exigência grande nos ombros de novos profissionais de arquitetura, deles são esperados conhecimentos formais e tradicionais assim como devem ser excelentes comunicadores e coordenadores dessas atividades, manejando com bastante domínio o fluxo de toda essa informação que muitas vezes acontece de forma assíncrona e a distância. (NARDELLI, 2007)