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Represa Billings e Guarapiranga

Por:   •  22/2/2016  •  Resenha  •  1.171 Palavras (5 Páginas)  •  334 Visualizações

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O que são mananciais?

Mananciais de água são as fontes, superficiais ou subterrâneas, utilizadas para o abastecimento humano e manutenção de atividades econômicas. As áreas de mananciais compreendem as porções do território percorridas e drenadas pelos cursos da água, desde as nascentes até os rios e represas.

Represa Billings

A represa Billings é um dos maiores e mais importantes reservatórios de água da Região Metropolitana de São Paulo. Seus principais rios e córregos formadores são o rio Grande ou Jurubatuba. Fazendo limite (ao oeste) com a bacia hidrográfica da Guarapiranga e (ao sul) com a Serra do mar.

A represa foi idealizada nas décadas de 1930 e 1940 pelo engenheiro Asa White Kenney Billings, um dos empregados da extinta concessionária de energia elétrica Light. Inicialmente, a represa tinha o objetivo de armazenar água para gerar energia elétrica para a usina hidrelétrica Henry Borden, em Cubatão.

Em função do elevado crescimento populacional e industrial da Grande São Paulo ter ocorrido sem planejamento, principalmente ao longo das décadas de 1950 a 1970, a represa Billings possui pequenos trechos poluídos com esgotos domésticos, industriais e metais pesados. Apenas os braços Taquecetuba e Riacho Grande são utilizados para abastecimento de água potável pela Sabesp, às águas de São Paulo, São Bernardo, Diadema e Santo André.

A pesca amadora é muito praticada, devido às espécies de peixes encontradas, como tilápiaslambariscarpas húngaras e traíras, entre outras.

Infelizmente, na década de 80 a poluição das águas do Rio Pinheiros estava tornando as águas da Represa Billings impraticáveis para consumo humano e o bombeamento foi interrompido. Com tudo isso, hoje a usina continua na ativa, mas opera com apenas ¼ de sua capacidade.

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Principais ameaças

  • A região vem sofrendo ao longo dos últimos anos as consequências de um processo acelerado de ocupação irregular. Estas ocupações, apesar de já identificadas pelo poder público, não tem sido totalmente contida.
  • A principal tendência identificada no território da Bacia Hidrográfica da Billings, no período de 1989 a 1999, foi a substituição da cobertura florestal nativa (Mata Atlântica) por áreas ocupadas por atividades humanas, principalmente aquelas ligadas a usos urbanos.
  • Em 10 anos (1989-99) o manancial perdeu 6,6% de sua cobertura vegetal.
  • Estima-se que, entre 1989 e 1999, a Billings tenha sofrido crescimento urbano da ordem de 31,7%.
  • Mais de 45% da ocupação urbana registrada nos seis municípios da bacia se deu em áreas com sérias ou severas restrições ao assentamento. São encostas íngremes, regiões de aluvião ou de várzea que exigem cuidados especiais para implantação de qualquer tipo de ocupação urbana.
  • As taxas de ocupação urbana já são preocupantes, pois passaram de 11,8% do total da bacia em 1989, para 14,6% em 1999.
  • Entre 1991 e 2000, a população aumentou em 329 mil pessoas (crescimento de 62%).
  • A qualidade da água na represa Billings encontra-se bastante comprometida. Além da poluição proveniente do bombeamento do Tietê/Pinheiros, alguns braços apresentam situação crítica de eutrofização devido à grande quantidade de esgoto provenientes da ocupação em suas sub-bacias formadoras.
  • Na Bacia Hidrográfica da Billings, a construção do trecho Sul do Rodoanel afetará 49 sub-bacias, que representam 24,7% da área total de drenagem deste importante manancial. Destas, 29 sub-bacias serão cortadas pelo Rodoanel e, portanto, sofrerão impactos diretos e 20 sub-bacias, localizadas no entorno das diretamente afetadas, sofrerão impactos indiretos.
  • Os eixos de expansão urbana constituídos pelos atuais acessos a regiões ainda pouco ocupadas, e que terão seus efeitos intensificados com a construção do trecho sul do Rodoanel na região, estão levando a uma aceleração da urbanização da bacia, com o consequente risco de comprometimento em definitivo deste manancial estratégico para a Região Metropolitana de São Paulo.

Informações

Área da Bacia Hidrográfica da Billings: 58.280 hectares (582 km²);

Área da represa: 10.800 hectares (18% da área da bacia);

Municípios parcialmente inseridos na área da bacia: Diadema, Ribeirão Pires, Santo André, São Bernardo do Campo e São Paulo;

Municípios totalmente inseridos na área da bacia: Rio Grande da Serra;

População abastecida pela represa (Braço do Rio Grande): 1,6 milhões;

População residente na bacia: 860 mil pessoas;

Área ocupada por atividades humanas: 27% da bacia;

Área urbana: 20% da bacia;

Área com vegetação natural: 54% da bacia;

Volume de água produzido: 4,8 mil litros por segundo.

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