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Rossi e Venturi

Por:   •  21/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.284 Palavras (6 Páginas)  •  451 Visualizações

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2. REVISÃO CRÍTICA DO MOVIMENTO MODERNO.

TEAM X - REVISÃO CRÍTICA. ALDO ROSSI E VENTURI - REVISÃO DISCIPLINADA

VERIFICAR O QUE OS UNE E O QUE OS AFASTA, O QUE CRITICAM E O QUE PROPÕE.

As críticas que se começam a fazer surgem em torno da cidade funcionalista determinada pela Carta de Atenas no pós-guerra. Defende-se que não se deve determinar e definir toda a sua organização, mas antes, permitir que a população entre no planeamento das cidades.

Os CIAM desaparecem no seu penúltimo congresso, a 1956, com o aparecimento dos TEAM X (Alison e Peter Smithson – os fundadores -, Giancario de Carlo, Jaap Bakema, Aldo Van Eyck, Georges Candilis, entre outros) oficialmente consagrados em 1959.

Seguidamente, o movimento moderno e os seus ideais desencadeiam uma série de críticas à visão maquinista e funcionalista de Le Corbusier e, por isso, novas maneiras de pensar.  

Críticas em comum

Na cidade tradicional, a dimensão e a organização do alojamento resultavam da forma do edifício, e este da forma do lote e da sua posição no quarteirão. Para o urbanismo moderno, a célula habitacional é o elemento base de formação da cidade. Agrupa-se para constituir edifícios (tipologias construtivas) e estes agrupam-se para formar bairros numa relação unívoca.

A morfologia urbana resulta, também da critica à cidade tradicional, menosprezando o potencial dos espaços urbanos na vida colectiva e na organização dos edifícios.

Só já no final dos CIAM, Alison, Peter Smithson e Van Eyck, criticando as quatro categorias funcionalistas da Carta de Atenas afirmam: “a rua curta e estreita do bairro miserável triunfa onde uma redistribuição espaçosa fracassa.”

Para os arquitectos modernos, a vida colectiva resultava das relações quantitativas e distributivas entre habitação e equipamentos, estabelecidas por uma grelha abstracta que, aplicada à cidade, produziria o seu bom funcionamento.

Diferentes actividades como o trabalho, a industria, escritórios... e outras funções, são excluídas do tecido residencial, sendo assim retirados à cidade factor da complexidade funcional, ambiental e visual.

Pensavam certamente os mentores da Carta, que à demolição dos conjuntos e edifícios insalubres se sucederia a construção de grandiosos projectos com a nova estética e arquitectura. Tal não aconteceu e, em substituição surge um museus de horrores pela lapiseira de projectistas, nem sequer arquitectos.

Deste modo, nos anos 60, surge a necessidade de estratégias inovadoras para um desenho correcto de cidade: a critica multidisciplinar contra a construção em altura; a realização de construções habitacionais de baixa altura; e a constatação da impossibilidade de organizar a cidade como um objecto finito, culturalmente significante, onde a arquitectura interviesse a uma escala global. A crítica à construção em altura desencadeou diversas outras questões como segurança e prejuízos psicológicos e sociais na sociedade.  

Por outro lado, estes edifícios introduziram nas paisagens transformações nem sempre desejadas.

Consequentemente, a imagem da cidade surge como uma preocupação basilar para o bem estar da população.

A cidade antiga e as ruas corredor começam a ser lembradas com outros olhos: o recuo ao conhecido permite um avanço evolução do desenvolvimento das cidades.

No inicio da década de setenta, o urbanismo moderno começa a perder força e surge a designação de arquitectura pós-moderna, interligada a movimentos filosóficos e estéticos em outras áreas do pensamento como oposição à cultura moderna.

Presencia-se um conjunto de manifestações diversas com um ponto em comum: a recusa da cidade moderna.

Este novo movimento veio permitir que arquitectos mais jovens se afirmassem nos campo projectual entre a tradição e o contemporâneo. Recuperar o antigo constituiu a inovação: redesenharam-se ruas, quarteirões e praças.

Neste contexto e concordante com as criticas acima mensionadas, surge o TEAM X, grupo resultante dos CIAM X com um novo modo de pensar a cidade pós funcionalista, a cidade informalista: a casa para um utente específico da cidade; uma visão humanista da cidade, visão que perceba o modo como a população se relaciona e apropria do espaço. O conceito “quotidiano” passou a ser a palavra chave de qualquer desenvolvimento.

O grupo defende que a cidade deve permitir a fusão do trabalho e do habitar com todas as actividades humanas. Assim sendo, a vivência de cada espaço começa a alterar-se: imaginam-se plataformas superiores que articulam pontos essenciais da cidade; admite-se a escada rolante (máquina) como um elemento que serve a cidade e o homem.

Contrariamente a Corbusier, a máquina serve agora como uma ferramenta de amparo à vida. A habitação é, assim, como que um electrodoméstico cuja função é aliviar o trabalho de cada família. São projectados vários edifícios em galeria, onde a galeria se assume como um espaço de vivência que aceita a movimentação de pequenos transportes – “The Building as a Street”.  

Por outro lado, surge uma revisão mais disciplinada traduzida pela arquitectura de Venturi e Aldo Rossi.

O pensamento de Venturi é liberal proveniente da cultura americana. Venturi propõe-se a compreender a arquitectura a partir da cidade de Las Vegas, enquanto que, Aldo Rossi opta por retomar à tábua rasa da arquitectura, ao alicerce da tipologia e da forma.

A revisão crítica ao movimento moderno é um fenómeno que se distingue por um certo “retorno” à pura arquitectura, expressa pelas mais variadas experiências de Venturi e Rossi. Com o mesmo propósito de recolher à essência da arquitectura, Rossi e Venturi actuam e interpretam o objectivo de modos distintos.

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