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A Contabilidade Financeira

Por:   •  14/7/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.883 Palavras (12 Páginas)  •  139 Visualizações

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ATIVIDADE INDIVIDUAL

Matriz de atividade individual

Disciplina: Contabilidade Financeira

Módulo: 4

Aluno: Jessica Alves Da Silva

Turma: 4

Tarefa: Atividade Individual analisar as demonstrações contábeis de uma empresa.

Introdução

O principal objetivo dessa análise é efetuar os cálculos dos índices econômico-financeiro e observar como se encontra a saúde financeira da Natura S/A de acordo com as informações disponibilizadas dos anos de 2017 e 2018.

A Natura foi fundada em agosto de 1969 por Antônio Luiz Seabra em São Paulo, é uma empresa brasileira de capital aberto que atua no setor de cosméticos. Atualmente a empresa está presente em 73 países e com um total de aproximadamente 18 mil colaboradores.

Existem diversos índices a serem considerados e calculados, com o objetivo de verificar a saúde financeira da organização, portanto o primeiro passo a ser tomado é a escolha dos indicadores, seguido da comparação com índices de empresas do mesmo ramo de atividade, e então o diagnóstico e a conclusão. A análise e estudo dos indicadores são de extrema relevância para tomadas de decisões eficazes dos stakeholders da organização. As informações podem ser utilizadas por diversos públicos tal como, investidores que avaliam qual a capacidade da empresa em gerar o retorno igual ou maior do que o esperado, pode ser utilizado por colaboradores para estudar a capacidade de crescimento de organização e se a empresa está equilibrada o suficiente para que ele não perca seus benefícios, e pela alta gestão da organização para tomada de decisão eficiente e eficaz.

Os resultados obtidos a partir da análise servem como embasamento para tomadas de decisões eficazes do público interno da organização, como por exemplo onde o capital está sendo utilizado, o nível de endividamento da organização, dentre outros fatores importantes que ajudam e direcionam a organização a seguir o caminho mais saudável e equilibrado para sua consolidação no mercado.


Análise horizontal

   A análise horizontal visa a comparação entre dois ou mais períodos com a finalidade de verificar o aumento ou diminuição nas contas do balanço patrimonial e demonstração de resultado do exercício. Na análise horizontal da Natura S.A. foram utilizados os anos de 2017 e 2018 como pode ser observado a seguir:

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   Podemos analisar uma evolução expressiva em algumas contas em particular, como por exemplo dentro do ativo não circulante a conta realizável a longo prazo obteve uma evolução de 125% em 2018 comparado ao ano anterior esse acréscimo pode ser devido ao aumento de vendas a prazo e outros recebíveis com o prazo igual ou maior que um ano.

   No patrimônio líquido a conta ajustes de avaliação patrimonial teve uma evolução de 823% em 2018. A aquisição de bens pela empresa pode ser um dos fatores para o resultado expressivo obtido em comparação aos dois exercícios, visto que a principal finalidade da avalição patrimonial é de adequar os valores dos bens do patrimônio líquido da empresa a um valor justo definido e considerado pelo Conselho Federal de Contabilidade para basear negociações futuras.

  111% foi o aumento das reservas de capital de 2017 para 2018. As reservas de capital são valores que foram recebidos de outras pessoas tais quais como sócios, e não provém da venda de produtos e/ou serviços da organização. Portanto, considerando estes fatores há possibilidade de aumento de capital por parte de sócios da Natura S/A.

   A conta empréstimos e financiamentos teve uma queda de 69% em relação ao exercício anterior, um bom sinal o qual pode indicar que a organização provavelmente está utilizando mais capital próprio e menos empréstimos e financiamentos para o exercício de suas atividades. E há uma possibilidade de que o nível de endividamento da empresa diminua.

   As aplicações financeiras consideradas como ativo circulante pela organização tiveram uma queda de 53% podendo ser lavada em consideração a possibilidade que a organização necessitou resgatar as aplicações financeiras, que são investimentos de liquidez a curto prazo para trazer resultados mais rápidos na liquidação de dívidas e/ou aquisição de bens.

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Ao analisarmos a demonstração do resultado do exercício dos anos 2017 e 2018 podemos notar que as receitas financeiras tiveram um aumento de 329%, imposto de renda e contribuição social um aumento de 300% e as despesas financeiras aumentou em 169%. A maior queda foi de outras receitas e despesas operacionais com um total de -238% em 2018 em comparação com o exercício anterior.


Análise vertical

   A análise vertical do balanço patrimonial e demonstrativo de resultado do exercício tem como principal objetivo localizar onde está centralizada a riqueza da organização.

“A análise vertical é de grande importância, principalmente quando aplicada à demonstração de resultado do exercício, porque possibilita detectar a composição percentual das receitas, custos e despesas, evidenciando aquelas que mais influenciaram na formação do lucro ou prejuízo.” (LIMEIRA; SILVA; VIEIRA; SILVA, 2015 p. 76).

Vale ressaltar que a comparação entre diferentes períodos não é o principal foco da análise e sim a percentagem das contas em relação ao total do grupo onde ela está inserida.

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   Ao analisar o balanço patrimonial no ano de 2017 pode-se observar que, dentro do ativo total a maior porcentagem é do ativo não circulante com 70%, desses 70% a maior parte está concentrada e, investimentos com um total de 56%. Dentro do passivo e patrimônio líquido é notável que as contas mais expressivas são, passivo não circulante com 45,4% e dentro dessa seção notamos que 41,8% são de empréstimos e financiamentos.

Em 2018 o ativo não circulante apresentou um total de 77,1% com relação ao ativo total a maior concentração dessa porcentagem está em investimentos com um total de 59,7%. O ativo circulante representa um total de 22,9% do valor. Há um equilíbrio entre as contas do ativo circulante, porém contas a receber apresenta a maior porcentagem com 9,7%.

Passivo e patrimônio líquido no ano de 2018, apresentam 19,7% concentrado no passivo circulante sendo 8,9% desse total em empréstimos e financiamentos. O passivo não circulante apresenta uma percentagem de 59,7% do valor total do passivo e patrimônio líquido, sendo 56,7% em empréstimos e financiamentos. O patrimônio líquido apresenta 20,6% do valor total da análise vertical do passivo e patrimônio líquido sendo 10,8% em reservas de lucros.

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   A demonstração do resultado do exercício de 2017, ao realizar a análise vertical notamos que 60,3% do valor total da receita liquida de bens e serviços está concentrada no lucro bruto, após dedução de despesas o lucro líquido do exercício resultou em 11,4%.

   Análise vertical de 2018 utilizamos como base (100%) a receita líquida de bens e serviços, desse total 60,5% estão concentrados no lucro bruto da organização após os descontos das despesas analisamos que o lucro líquido do exercício é de 8,7% em relação ao total.


Cálculo dos índices de liquidez

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   Os índices de liquidez são de extrema importância para análise financeira de uma organização.

 “Os índices de liquidez apontam a capacidade financeira da empresa para honrar compromissos para com terceiros, ou seja, a capacidade da empresa para liquidar suas dívidas. Evidenciam quanto a empresa dispõe de recursos (capital de giro) em relação às obrigações assumidas no mesmo período.” (LIMEIRA; SILVA; VIEIRA; SILVA, 2015 p. 86)

A Liquidez corrente analisa a capacidade de pagamento da empresa das dívidas de curto prazo, o resultado ideal para esse índice é de igual ou maior que 1, mostrando que a empresa tem a capacidade de pagamento de dívidas em um curto prazo com os recursos do ativo circulante. Ao analisarmos a liquidez corrente da Natura S.A observamos que no exercício de 2017 o resultado é de 0,74 ou seja para esse exercício a empresa apresenta um baixo capital de giro honrar as dívidas de curto prazo com os recursos do ativo circulante, em 2018 houve uma melhora e o resultado da liquidez corrente é de 1,16 mostrando um acréscimo ao ano anterior o capital de giro mostrando maior capacidade de honrar com suas dívidas circulantes.

Ao analisar o índice de liquidez imediata os resultados não são maiores que 1 devido ao fato que a maioria das organizações não ficam com caixa disponível parado por muito tempo pois isso não gera rentabilidade para a empresa. Por tanto ao analisar os anos de 2017 e 2018 os resultados são 0,04 e 0,02 respectivamente, a situação da empresa nesse índice encontra-se dentro dos padrões esperados.

O índice de liquidez seca analisa a dependência da venda dos estoques em relação as origens dos recursos de curto prazo em 2018 a dependência da venda de estoques para gerar recursos é maior que no ano de 2017 onde os resultados são 1,08 e 0,70.

Na liquidez geral a análise feita é para verificar se a empresa consegue pagar as dívidas de curto e longo prazos com recursos do ativo circulante somado ao realizável a longo prazo no ano de 2017 o resultado é de 0,40 e em 2018 0,39 ou seja para cada R$ 1,00 de dívida a empresa disponibiliza R$ 0,40 e R$ 0,39 de recursos de curto e longo prazos. Concluindo-se que o passivo circulante somado ao passivo não circulante não é o suficiente para a solvência das dívidas de curto e longo prazos.


Cálculo da estrutura de capital

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“Os índices de estrutura de capital avaliam a segurança que a empresa oferece aos capitais de terceiros e revelam sua política de captação de recursos e de alocação deles nos diversos itens do ativo.” (LIMEIRA; SILVA; VIEIRA; SILVA, 2015 p. 84)

Ao analisarmos o Balanço patrimonial notamos que 56,7% em 2018 em 41,8% em 2017 fazem parte de empréstimos e financiamentos a longo prazo (passivo não circulante). Portanto podemos considerar que o endividamento geral da Natura S/A de 79% em 2018 e 86% em 2017 o capital para financiar o ativo pode ter origem de empréstimos e financiamentos. Podendo ser um bom sinal visto que determinadas empresas convivem bem com o endividamento elevado principalmente quando estes endividamentos apresentam viés de longo prazo (LIMEIRA, 2015; SILVA, 2015; VIEIRA, 2015; SILVA, 2015).

A composição do endividamento analisa a concentração de dívidas da organização com relação aos seus prazos, quanto menor o prazo mais risco para organização e seus credores. A Natura S/A em 2017 obteve um resultado de 47% de composição do endividamento concentram-se no curto prazo, onde a cada R$ 100 de dívidas, R$ 47 estão concentradas no passivo circulante o que demonstra uma alta concentração de endividamento de curto prazo a vencer nos próximos 12 meses.

O passivo oneroso sobre o ativo também conhecido como POSA é o índice que avalia passivos relativamente caros para a organização devido a cobrança de juros, onde quanto maior o resultado do índice maior será a despesa financeira para a organização e demonstra a dependência da organização nas instituições financeiras. Podemos avaliar na Natura S/A que em 2017 72% das aplicações efetuadas nos ativos foram financiadas por recursos onerosos de terceiros, um índice elevado e o cenário no ano seguinte é um pouco mais favorável para a organização, visto que o mesmo índice teve um decréscimo de 6% totalizando 66% de POSA causando um impacto um pouco menor no resultado do exercício, mas ainda consideravelmente alto.

A imobilização do patrimônio líquido visa analisar quanto do patrimônio líquido é utilizado para manter os ativos investimentos, imobilizados e intangíveis. Quanto menor for o índice melhor será para empresa pois ela terá um restante de capital para o ativo circulante dependendo menos de capital de terceiros. Podemos observar que os resultados para esse índice são extremamente expressivos, em 2017 um total de 476% e em 2018 333%, podemos dizer que há uma alta dependência em capital de terceiros por parte da Natura S/A visto que o resultado é consideravelmente expressivo podemos considerar que existem mais recursos parados, restando menos capital para a utilização no ativo circulante e realizável a longo prazo.

A imobilização dos recursos não correntes, “esse indicador demonstra qual o percentual de recursos não correntes (passivo não circulante e patrimônio líquido) que foi revertido para aplicação nos ativos investimentos, imobilizado e intangível.” (LIMEIRA; SILVA; VIEIRA; SILVA, 2015 p. 86). Conclui-se que a grande maioria dos investimentos permanentes sendo eles investimentos, imobilizado e intangíveis tem uma grande parte financiada com recursos de longo prazo os dados mostram que a porcentagem é de 79% em 2017 e 70% em 2018.

Em geral na estrutura de capital da Natura SA podemos dizer que a maior parte da organização está estruturada e dependente de financiamentos de terceiros a longo prazo.

Cálculo da lucratividade

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Os índices de lucratividade é um dos indicadores de desempenho para os gestores, analisando quanto do percentual da receita será possível para conciliar os resultados da organização.

“A margem bruta representa a lucratividade auferida sobre a mercadoria, produto ou serviço comercializado pela empresa” (LIMEIRA; SILVA; VIEIRA; SILVA, 2015 p. 89). Portanto, quanto maior for o resultado desse índice melhor será para a organização. Sob a análise feita da Natura SA notamos que a margem bruta em 2017 é de 60% e em 2018 61%, resultados relativamente altos, onde para cada produto vendido a organização obteve 60% de lucro em 2017 e 61% em 2018.

“A margem operacional avalia o ganho operacional da empresa em relação a seu faturamento líquido.” (LIMEIRA; SILVA; VIEIRA; SILVA, 2015 p. 89). Mensurando a eficiência operacional da organização, representando o quanto se obtém de lucro operacional a cada unidade vendida. A Natura S/A apresentou, em 2017, uma margem operacional de 19%, sendo essa porcentagem o retorno operacional sobre seu faturamento líquido, onde em 2018 esse índice foi de 17%.

A margem líquida é uma forma de medir a lucratividade obtida pela empresa em determinado exercício, determinando o quanto de lucro líquido foi auferido para cada unidade vendida, podemos dizer que em 2017 para cada unidade vendida a Natura S/A obteve 11% de lucro líquido, em 2018 resultado foi de 9%.

Giro do Ativo, “esse indicador demonstra se o faturamento líquido gerado no período foi suficiente para cobrir o investimento total realizado na empresa.” (LIMEIRA; SILVA; VIEIRA; SILVA, 2015 p. 89). E quantas vezes o ativo total da empresa transformou-se em dinheiro. Quanto mais vezes o ativo total da empresa gira melhor é para a organização mostrando mais eficiência nos ativos usados. Podemos dizer que em 2017 a empresa vendeu R$ 0,49 para cada R$ 1,00 e em 2018 a empresa vendeu R$ 0,50 para cada R$ 1,00, ou seja em ambos os exercícios o faturamento líquido não foi suficiente para recuperar os investimentos totais efetuados.


Cálculo da rentabilidade

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Os índices de rentabilidade têm como objetivo avaliar o desempenho final da empresa em determinado exercício sendo o reflexo de tomadas de decisões feitas pelo alto escalão das organizações.

“A rentabilidade do patrimônio líquido, também conhecida como retorno sobre o capital próprio, mede a remuneração dos capitais próprios investidos na empresa, ou seja, quanto foi adicionado ao patrimônio líquido decorrente do resultado do período.” (LIMEIRA; SILVA; VIEIRA; SILVA, 2015 p. 90)

A Natura S/A apresentou em 2017, uma rentabilidade do patrimônio líquido de 41%, ou seja, os acionistas obtiveram um retorno de 41% sobre o valor investido na organização já em 2018 esse valor foi de 21%.

Ao analisar o balanço e demonstrações do resultado do exercício em 2018 é possível calcular que outra empresa do mesmo segmento, ofereceu um retorno maior para os seus investidores, o retorno da O Boticário no ano de 2018 foi de 34%, ou seja, os acionistas obtiveram uma remuneração de 34% sobre o capital investido na empresa, 13% maior que a Natura S/A no mesmo ano.

A rentabilidade do Ativo também conhecida como rentabilidade dos investimentos analisa o quanto a empresa está obtendo de retorno em seu capital investido e o total que está gerando de lucro líquido. A Natura S/A apresentou, em 2017, um retorno sobre os investimentos de 6%, onde o lucro líquido do exercício representa 6% do total investido na empresa com um payback em aproximadamente 16,6 anos e em 2018 esse resultado é de 4% com um payback de aproximadamente 25 anos.

Já a rentabilidade do O Boticário em seus investimentos foi de 11,3%, ou seja, o lucro líquido do exercício representa 11,3% do total investido na empresa com um payback de 9,1 anos. 5,3% maior que os investimentos da Natura S/A.

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