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A Contabilidade Financeira

Por:   •  30/3/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.536 Palavras (11 Páginas)  •  71 Visualizações

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ATIVIDADE INDIVIDUAL

Matriz de atividade individual

Disciplina: Contabilidade Financeira

Módulo: 4 - Análise econômico-financeira

Aluno: Amanda de Oliveira Santos

Turma: ONL021YQ-POGFISP14T1

Tarefa: Análise das Demonstrações Contábeis da empresa Natura S.A.

Introdução

Este estudo tem como objetivo a análise das Demonstrações Contábeis da empresa Natura S.A. nos exercícios de 2018 e 2017. Em 1969, Luiz Seabra funda uma pequena fábrica em São Paulo e a chama de Indústria e Comércio de Cosméticos Berjeaut, meses depois a empresa passa a ser chamada de Natura. A companhia realizou sua abertura de capital na bolsa de valores de São Paulo no ano de 2004. Atualmente, a Natura é considerada a maior multinacional brasileira de cosméticos. Nos anos aqui analisados, ocorreram também marcos importantes para a companhia. Em 2017 a empresa adquiriu a marca britânica de cosméticos The Body Shop e no ano de 2018 foi criado o grupo Natura &Co, união de Natura, Aesop e The Body Shop.

Também será apresentada a avaliação econômico-financeira da empresa com as Análises Vertical e Horizontal, os índices de Liquidez Imediata, Liquidez Corrente, Liquidez Seca e Liquidez Geral. Os índices de estrutura de capital serão demonstrados também, dentre eles o Endividamento Geral, a Composição do Endividamento, a Imobilização do Capital Próprio, a Imobilização de recursos não correntes e o Passivo oneroso sobre Ativo. E por fim, os índices de lucratividade e rentabilidade. Através destes cálculos poderemos visualizar a evolução patrimonial e de resultado da companhia, assim como seus indicadores econômico-financeiros, informações estas que servem tanto para os investidores, quanto para os administradores da empresa.

Análise Horizontal e Análise Vertical – Balanço Patrimonial

A Análise horizontal evidencia a evolução ou involução das contas das demonstrações contábeis, comparando dois exercícios ou mais. "A análise horizontal consiste em comparar a evolução das contas, ou de seus grupos, ao longo de determinado tempo, e pressupõe uma série histórica de dados que inicia com um índice-base de modo a servir de referência." (José Augusto Veiga / Carlos Alberto Kuhl, ANÁLISE FINANCEIRA DAS EMPRESAS - 2º Edição).

E a Análise vertical demonstra o quanto cada conta das demonstrações contábeis possui de participação percentual em relação ao seu grupo de contas. "A análise vertical consiste em atribuir a uma conta, ou grupo de elementos, o percentual de 100%, para daí extrair a participação relativa de cada item que o integra." (José Augusto Veiga / Carlos Alberto Kuhl, ANÁLISE FINANCEIRA DAS EMPRESAS - 2º Edição).

Análise das Aplicações

Mediante as informações do Ativo total no Balanço Patrimonial da empresa Natura S.A., podemos notar que no ano de 2018, 23% dos seus recursos estão no Ativo Circulante, na liquidez. E 77% no Ativo não Circulante, na rentabilidade. No ano de 2017, 30% dos seus recursos são de liquidez e 70% são de rentabilidade. Com isso, notamos que a principal aplicação de recursos da empresa Natura S.A. visa a rentabilidade. Essas aplicações sofreram variações entre os exercícios analisados, havendo uma diminuição de 19% no Ativo Circulante e um aumento de 17% no Ativo não Circulante. As aplicações mais relevantes no Ativo Circulante são as contas de Aplicações Financeiras que representa 7% em relação ao total do Ativo em 2018 e 17% em 2017, a mesma sofreu uma variação negativa de 53% em relação ao ano de 2017. E a conta de Contas a Receber que representa 10% em relação ao total do Ativo 2018 e 8% em 2017, a mesma sofreu uma variação positiva de 22% e em relação ao ano de 2017.  A aplicação mais relevante no Ativo não Circulante é a conta de Investimentos, esta representa 60% do Ativo Total no ano de 2018 e 56% no ano de 2017, a mesma sofreu uma variação de 13% em relação ao exercício anterior.

Legenda:

AV = Análise Vertical

AH = Análise Horizontal

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Tabela 1 – Análise Vertical e Horizontal – BP (Ativo)

Análise das Origens de Recursos

Analisando a distribuição de recursos da empresa Natura S.A., no exercício de 2018, seu capital de terceiros representa 79% do total do Passivo e Patrimônio Líquido e 21% de capital próprio e no exercício de 2017, 86% é representado pelo capital de terceiros e 14% de capital próprio. As origens de recursos de capital de terceiros no Curto Prazo no ano de 2018, representa 19% e no ano de 2017 representa 41% e no Longo Prazo, as origens de capital de terceiros no ano de 2018 representa 60% e no ano de 2017 representa 45%, nota-se que a maior parte dos recursos da companhia são originados de terceiros. A origem de terceiros de Curto prazo mais relevante é a conta de Empréstimos e Financiamentos, a mesma representa 9% do total do Passivo e Patrimônio Líquido no ano de 2018 e 30% no ano de 2017, esta sofreu uma variação negativa significativa de 69% entre os exercícios. A origem de terceiros de Longo prazo mais relevante também é a conta de Empréstimos e Financiamentos, a mesma representa 57% do total do Passivo e Patrimônio Líquido no ano de 2018 e 42% no ano de 2017, esta também sofreu uma variação significativa de 44% entre os exercícios. Já a origem de capital próprio mais relevante é a conta de Reservas de lucros, a mesma representa 11% no ano de 2018 e 9% no ano de 2017, houve uma variação de 30% em relação ao ano anterior.

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Tabela 2 – Análise Vertical e Horizontal – BP (Passivo)

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Cálculo dos índices de liquidez

Os índices de liquidez são avaliados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, é verificado se a mesma possui capacidade de liquidar seus compromissos. (LIMEIRA, 2ª Edição; SILVA, 2ª Edição; VIEIRA, 2ª Edição; SILVA.R, 2ª Edição). Para entendermos essa análise, valores acima de 1,00 são considerados positivo, significando que a empresa consegue saldar suas todas as suas dívidas, de curto e longo prazo.

Analisando a liquidez imediata da empresa Natura S.A., onde calculamos o quanto de recursos estão aplicados no Disponível em relação ao total de suas dívidas de curto prazo, podemos ver que, no ano de 2018 a empresa deixou 4% aplicados em recursos imediatos e no ano de 2017 um total de 2%. A empresa apresenta uma gestão de fluxo de caixa eficiente, o que significa que a mesma mantém poucos recursos em tesouraria. O capital é encontrado nas contas de clientes, aplicações financeiras e estoques, no giro operacional da empresa.

O índice de liquidez corrente calcula o quanto a empresa possui de Ativo circulante para cada R$ 1,00 de Passivo circulante. No ano de 2018, a empresa apresenta R$ 1,16 de Ativo Circulante para cada R$ 1,00 de Passivo Circulante, o que demonstra que a empresa salda suas dívidas de curto prazo e tem uma folga de R$ 0,16. No ano de 2017 a empresa já não é capaz de saldar todas as dívidas de curto prazo, ou seja, a empresa no exercício de 2017 não apresentou capital de giro suficiente para honrar seu Passivo de curto prazo.

No índice de liquidez seca considera-se a redução dos estoques, por mais que a conta seja de liquidez, a mesma ainda possui um tempo a ser liquidada, assim calcula-se o quanto a empresa possui de Ativo circulante líquido dos estoques para cada R$ 1,00 de Passivo circulante. No ano de 2018 a empresa não apresenta dependência das vendas de estoque, o que significa que suas dívidas de curto prazo conseguem ser liquidadas com os itens de maior liquidez, itens estes de Caixa e Bancos, Aplicações financeiras e Contas a receber. No ano de 2017 a empresa possui uma pequena dependência das vendas de seu estoque.

E por fim, o índice de liquidez geral, onde mede-se a capacidade da empresa em saldar suas dívidas de curto e longo prazo, levando em consideração todo seu Ativo circulante mais o Realizável a longo prazo. Este índice calcula-se o quanto a empresa possui de Ativo circulante somado ao Realizável a longo prazo para cada R$ 1,00 de Passivo circulante e Passivo não circulante. Nos dois exercícios analisados os índices estão abaixo da unidade, o que não é um sinal negativo e sim de que a empresa está concentrando seu endividamento no longo prazo.

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Cálculo da estrutura de capital

“Os índices de estrutura de capital avaliam a segurança que a empresa oferece aos capitais de terceiros e revelam sua politica de captação de recursos e alocação deles nos diversos itens do ativo. O ativo de uma empresa é financiado pelos capitais próprios (patrimônio líquido) e por capitais de terceiros (passivo circulante e passivo não circulante)”. (LIMEIRA, A. SILVA. C, VIEIRA. C, SILVA. R, Gestão Contábil Financeira – 2ª Edição).

Analisando o endividamento geral da empresa, onde mede-se o total da dívida de curto e longo prazo em relação ao seu Ativo total, no ano de 2018, o Passivo circulante teve uma diminuição significativa. No ano de 2018 a empresa apresenta 79% de dependência de capital de terceiros para financiar as aplicações efetuadas e no ano de 2017 a empresa depende em 86%. A empresa depende apenas em 21% de Capital próprio no ano de 2018 e 14% no ano de 2017.

No índice de composição do endividamento é onde vimos o quanto da dívida total da empresa deverá ser honrada a curto prazo. No ano de 2018 a empresa apresenta 25% no Curto prazo e 75% no Longo prazo, o que representa um bom equilíbrio. No ano de 2017 a mesma apresenta 47% no Curto prazo e 53% no Longo prazo. Apresentando uma maior concentração de dívidas no Longo prazo significa que a empresa tem mais tempo em buscar recursos para honrar suas dívidas.

No índice de imobilização de capital é verificado se o capital próprio da empresa é capaz de saldar as aplicações efetuadas nos Investimentos, Imobilizado e Intangível, aplicações estas de caráter permanente, sem intenção de venda. A Natura S.A. possui um alto valor aplicado na rentabilidade, 3,33 em 2018 e 4,76 em 2017, o que nos mostra que a empresa precisa de mais recursos para saldar suas dívidas, e esses recursos são encontrados no Longo prazo no Balanço Patrimonial da companhia.

Na imobilização dos recursos não correntes é demonstrado o quanto das origens de recursos próprios e recursos de terceiros de longo prazo estão sendo investidos na rentabilidade, Ativo não circulante extraído o Realizável a longo prazo. No ano de 2018 a empresa consegue financiar sua rentabilidade apresentando um índice de 0,86, apresentando um cenário positivo em relação ao ano de 2017.

O Passivo Oneroso Sobre Ativo são dívidas adquiridas pela companhia, nas quais incorrem juros e despesas financeiras, o que significa que as aplicações efetuadas na rentabilidade estão sendo financiadas pelos recursos onerosos de terceiros. No ano de 2018 a companhia apresentou um Passivo oneroso sobre ativo de 67% e no ano de 2017 apresentou 73%.

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Cálculo da lucratividade

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Tabela 3 – Análise Vertical e Horizontal – DRE

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Nos exercícios apresentados, notamos que a empresa teve um aumento positivo de 8% em relação ao seu faturamento e de que o consumo de custo não sofreu grandes variações, sendo apresentado em 39,53% em 2018 e 39,71% em 2017.

Analisando a margem bruta, margem esta que demonstra o quanto a empresa obtém de lucro bruto sobre cada mercadoria vendida, mede-se o percentual remanescente do faturamento líquido. Não houve variações significativas na margem bruta da Natura S.A. No ano de 2018 a empresa apresenta 60,47% de margem bruta e 60,29% no ano de 2017.

No exercício de 2018, houve um aumento de 13% nas despesas operacionais da companhia e um aumento significativo no resultado financeiro também. As receitas financeiras aumentaram em 329% e as despesas financeiras da companhia aumentaram em 169%. O resultado antes do resultado financeiro no ano de 2018 representa 17,31% e no ano de 2017 representa 18,98%. Em ambos exercícios, a companhia apresenta uma sobra positiva, a chamamos de margem operacional, índice esse que demonstra a eficiência operacional do negócio, ou seja, avalia o ganho operacional da empresa em relação ao seu faturamento. No ano de 2018 a empresa apresenta uma margem operacional de 7,22% e no ano de 2017 uma margem de 11,04%, o que significa que a atividade operacional da Natura S.A. gera lucro, a empresa demonstra que consegue remunerar seus custos onerosos.

O retorno final, chamado também de margem líquida, demonstra o retorno líquido sobre o faturamento, deduzidos o IR e a CSLL e as participações no resultado. A Natura S.A. apresenta uma margem líquida de 8,66% da receita líquida em 2018 e 11,42% em 2017. A margem líquida diminuiu em 18%, ocasionada pelo aumento das despesas financeiras.

Cálculo da rentabilidade

A rentabilidade do Patrimônio líquido (ROE – Return on equit), demonstra o retorno do capital que os sócios investiram na companhia. Este índice permite analisar o custo oportunidade, quando se avalia se o rendimento obtido é compatível com outras alternativas de aplicação (referencia). No ano de 2018 o ROE da Natura S.A. é de 21,% e em 2017 é de 41%, o que mostra que em 5 anos os sócios da companhia terão o retorno do investimento realizado em 2018.

Já a rentabilidade dos investimentos (ROI – Return on Investiments), avalia a capacidade da empresa gerar lucros com os Ativos que possui, reflete o quanto a empresa está obtendo de retorno em relação aos investimentos totais. No ano de 2018 o ROI da Natura S.A. é de 4% e no ano de 2017 é de 6%, o que mostra que em 23 anos a empresa terá um retorno dos investimentos efetuados em 2018.

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Conclusão sobre a situação econômica e financeira da empresa

De acordo com as informações apresentadas nesta análise, nos exercícios de 2018 e 2017, a Natura S.A. apresentou um ROI (Return on Investiments) positivo, um fluxo de caixa eficiente, não possui dependência das vendas de seus estoques e apresenta uma margem bruta constante e com uma lucratividade elevada.

No ano de 2018, a empresa teve sua margem líquida reduzida devido à aquisição de capital de terceiros, o que elevou significativamente suas despesas financeiras no período devido à aquisição de recursos de terceiros, contudo apresentou um resultado positivo. O cenário da margem líquida pode ser melhorado nos exercícios seguintes seguindo uma gestão de distribuição de gastos apropriadas.

A companhia apresenta um bom desempenho econômico, trazendo uma boa rentabilidade para seus acionistas. A mesma apresentou um ROE (Return on Equit) de 21% em 2018, o que é um índice muito bom quando comparado ao mercado.

A Natura S.A. demonstra que tem domínio de suas operações, com bons índices de liquidez e rentabilidade, a companhia mostra que mantém uma saúde financeira saudável.

Referências bibliográficas

MARQUES, J. et al. Análise Financeira das Empresas, 2ª Edição - plataforma.bvirtual.com.br

LIMEIRA, A. et al. Gestão Contábil Financeira, 2ª Edição – e-book FGV

Natura, natura.com.br, Disponível em: https://www.natura.com.br/a-natura/nossa-historia

Fonte de pesquisa: Tabela 1 e 2 - Balanço Patrimonial e Tabela 3 - DRE - ls.cursos.fgv.br

        

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