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A evolução da teoria da contabilidade

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Por:   •  20/8/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.949 Palavras (16 Páginas)  •  487 Visualizações

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Introdução

A Ciência Contábil, desde seus primórdios, quando ainda não era conhecida como ciência pura, propõe-se a estudar e controlar o patrimônio, ou seja, a riqueza da organização. Seu objetivo é claro e seu objeto de estudo, mais ainda. Através desse controle, a Contabilidade possibilita aos seus usuários a tomada de decisões da forma mais acertada possível, buscando a continuidade da empresa e sua boa saúde financeira.

Com o passar do tempo, a Contabilidade vem ganhando mais espaço dentro das empresas, pois é cada vez mais necessário, em um mundo competitivo, o uso de informações reais e lícitas, que realmente sejam o espelho da organização. A globalização contribuiu demasiadamente para esse avanço contábil, uma vez que com ela as grandes empresas se viram obrigadas a dar mais atenção aos relatórios contábeis, pois é através deles que o gestor saberá se a empresa está preparada para dar mais um passo à frente.

Dentro desse contexto, a Teoria da Contabilidade possui papel fundamental, pois é através dela que a prática contábil busca seu embasamento. É a Teoria que dita o como fazer da Contabilidade, que dispõe à Contabilidade as Normas que regulamentam a conduta e os Princípios que subsidiam a prática contábil. Em uma ciência, é impossível separar a teoria da prática, ambas têm que andar juntas, a primeira fornecendo base para a segunda. Na elaboração das demonstrações contábeis, por exemplo, se não houvesse o embasamento das normas, não haveria padronização, o que dificultaria sua análise e o entendimento por parte dos usuários.

Dentro desse contexto torna-se clara a importância da Teoria Contábil para a prática da Contabilidade, pois, como diz o ditado popular: “Teoria é quando tudo se sabe, mas nada funciona; Prática é quando tudo funciona e ninguém sabe por quê.” Acredita-se que o alvo de toda profissão seja o trabalho em busca de um objetivo satisfatório para todos os envolvidos, e em Contabilidade não é diferente. A prática contábil aliada à teoria fundamenta o trabalho e garante bons frutos.

ETAPA 1 /PASSO II

* A origem da contabilidade está relacionada à necessidade de registros do comércio, pois à medida que o homem começava a possuir maior quantidade de seus bens e valores, precisava saber quanto isso poderia render e quais as formas para aumentar a sua situação patrimonial. Como tais informações eram cada vez mais numerosas e de difícil memorização, surgiu a necessidade dos registros, gerando os primeiros esboços para os estudos voltados para a contabilidade. No Brasil, a contabilidade foi fortemente influenciada pela escola italiana, e evoluiu através da legislação fiscal, pois, segundo Iudícibus (2000), devido à inoperância das associações dos contadores o governo teve que tomar a iniciativa.

A contabilidade surgiu da necessidade do homem acompanhar e controlar a evolução de seu patrimônio. Dessa forma, a contabilidade faz parte da evolução e do desenvolvimento do próprio ser humano e da sociedade. Iudícibus (2000, p. 29) descreve que a contabilidade é tão antiga quanto a origem do homem pensante. Historiadores remontam os primeiros sinais da existência de contas aproximadamente a 4000 anos a.C. Entretanto, talvez antes disto o homem primitivo, ao inventariar o número de instrumentos de caça e pesca disponíveis, ao contar seus rebanhos, ao contar suas ânforas de bebidas, já estava praticando uma forma rudimentar de contabilidade.

Percebe-se que desde as épocas mais antigas os homens buscam se organizar para controlar seus pertences. Nesse sentido, praticavam atos de comércio através da troca de bens e mercadorias, onde até hoje existe a preocupação em controlar o patrimônio das pessoas e das empresas.

À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava lhe saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil memorização quando já em maior volume, requerendo registros. Foi o pensamento do futuro que levou o homem aos primeiros registros a fim de que pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc.

Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia à necessidade de controle, que não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de que se pudesse prestar conta da coisa administrada.

É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras, vendas e trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore assinalados como prova de dívida ou quitação. O desenvolvimento do papiro (papel) e do calamos (pena de escrever) no Egito antigo facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre negócios.

* Os primeiros vestígios de atividade contábil situam-se em por volta de 8.000 A.C, em Uruk, cidade da antiga Mesopotâmia, no território atual do Iraque. Uruk era um centro da civilização sumeriana. Esses primeiros registros contábeis constituíam-se em fichas de barro, guardadas em receptáculos de barro, que eram utilizadas na contagem do patrimônio. Por exemplo, uma ficha de barro poderia representar um boi. Se esse boi fosse transferido para outra pastagem, ou fosse mandado para ser tosquiado, ou fosse emprestado, a sua ficha seria igualmente transferida para outro receptáculo de barro, registrando dessa forma a transação e auxiliando o controle do patrimônio por parte do proprietário. Dessa forma, um único evento contábil (por exemplo, um empréstimo de um boi) envolveria dois receptáculos de barro, um que forneceria uma ficha e outro que receberia esta ficha.

A Contabilidade no Brasil começou a desenvolver-se com a criação da Escola Prática de Comércio Álvares Penteado. Conforme Iudícibus e Marion (1999, p.243) “A primeira escola a abordar oficialmente a Contabilidade no Brasil foi a Escola de Comércio Álvares Penteado, fundada em 1902”.

A primeira escola especializada no ensino da Contabilidade foi a FECAP – Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, fundada no dia 02 de Junho de 1902, onde a Contabilidade era lecionada na matéria de comércio da Corte. A criação da Escola visava preencher um espaço, pela consequência da falta de profissionais brasileiros devidamente preparados para as atividades contábeis, que até então eram exercidas por técnicos estrangeiros. Com a criação da Escola representou imediato atendimento aos empresários, merecendo apoio dos políticos e das classes produtoras da época.

Após a criação das fichas de barro para o controle da contabilidade, houve a criação de tábuas com escritos cuneiformes, para a contabilização

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