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Correntes contabilisticas

Por:   •  31/5/2017  •  Projeto de pesquisa  •  3.875 Palavras (16 Páginas)  •  1.074 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

A contabilidade é fortemente influenciada pelo ambiente em que actua. De forma geral, valores culturais, tradição histórica, estruturas políticas, económicas e sociais acabam reflectindo nas práticas contabilísticas de uma nação e, consequentemente, as suas evoluções podem estar vinculadas ao nível de desenvolvimento económico de cada País. É, por isso, considerada a linguagem dos negócios, ou seja, é nela em que os principais agentes económicos buscam informações (principalmente de natureza económico-financeira) sobre o desempenho empresarial e a avaliação de risco para se realizar investimentos. Entretanto, essa linguagem não é homogénea em termos internacionais, pois cada país tem práticas contabilísticas próprias. A busca de critérios adequados é o processo de harmonização contabilístico internacional, visando proporcionar uma compreensão dessa linguagem e a sua comparabilidade.

Este trabalho surge no contexto da disciplina de “Contabilidade Internacional” do curso de Contabilidade e Auditoria do Instituto Superior Politécnico de (ISPG), abordando o tema “As grandes correntes contabilísticas”. Constam da sua estrutura uma introdução, desenvolvimento e conclusão. Na introdução descreve os objectivos (geral e específicos), a metodologia. No desenvolvimento buscamos mostrar uma ideia sobre a génese, fases e momentos históricos da evolução da contabilidade. Na conclusão, o grupo procura fazer uma intuição do que foi abordado no desenvolvimento, apresentando finalmente, sendo um trabalho académico, a lista das bibliografias consultadas.

  1. Objectivos
  1. Objectivo geral
  • Descrever as grandes correntes contabilísticas.
  1. Objectivo específicos

Para o alcance do objectivo geral, definem – se os seguintes objectivos específicos:

  • Apresentar a génese, fases da evolução e momentos históricos da contabilidade;
  • Apresentar e descrever as 2 grandes correntes contabilísticas internacionais.

  1. Metodologia

Para a realização deste trabalho, usou-se a pesquisa bibliográfica tendo como base, notas e apontamentos de aulas e material disponível em algumas páginas na internet.

  1. QUADRO CONCEPTUAL E HISTÓRICO
  1.  CONCEIPTUAL

Para se falar das grandes correntes contabilísticas internacionais, é necessário, antes, definir alguns conceitos como os que seguem:

A Contabilidade

"A Contabilidade é a ciência que estuda os fenómenos ocorridos no património das entidades, mediante o registo, classificação, demonstração, análise e a interpretação desses fatos, com o fim de oferecer informações e orientação necessárias à tomada de decisões sobre a composição do património, suas variações e o resultado económico decorrente da gestão da riqueza patrimonial" (Santos C. F., 2000).

A contabilidade é a linguagem dos negócios e auxilia a administração e todos restantes usuários da informação financeira a tomar decisões acertadas e em tempo oportuno. Na verdade, ela colecta todos os dados económicos, mensurando-os monetariamente, registando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões.

Contabilidade Internacional

"A contabilidade internacional é a especialidade da contabilidade que se preocupa o património e os factos patrimoniais provenientes do relacionamento de entidades internacionais, sejam elas, empresas ou países" (Pereda (1989) citado por Guimarães (2009)).

Sistema Contabilístico

O sistema contabilístico é, segundo Pereda (1989) citado por Guimarães (2009),  um conjunto de princípios, normas e práticas que orientam o fornecimento de informação financeira num dado momento e num lugar determinado em resultados de um conjunto de factores externos e internos a este inerentes.

Harmonização e Normalização contabilística internacional

Segundo Weffort (2005) a harmonização se traduz numa efectiva aplicação nas práticas contabilísticas locais dos procedimentos recomendados internacionalmente. Refere se, de um modo simplificado, a incorporação na legislação nacional do conteúdo a normas internacionais, tornando determinado procedimento contabilístico obrigatório permitido ou proibido.

Segundo Garido et al (2001) a normalização é definida como o movimento no sentido da uniformidade global, enquanto a harmonização é entendida como um processo em que se avança no sentido da diversidade para a comparabilidade global.

  1. HISTÓRICO
  1. Origem da contabilidade

A contabilidade surgiu no início da existência humana devido à necessidade do homem em obter informações a respeito de suas riquezas. “Para que se compreenda a Contabilidade, pois, como ramo importante do saber humano que é, necessário se faz remontar a suas profundas origens.” (SÁ, 2008, p.21). Os primeiros indícios de actividades comerciais surgiram a 4500 a.C., onde civilizações, assírios, caldeus e sumérios, da Mesopotâmia se dedicaram à agricultura e fizeram surgir cidades e desenvolver actividades comerciais. O registo dessas transacções era feito em placas de argila, onde nelas eram constatados os resultados obtidos numa colheita, os objectos trocados, os impostos e taxas colectadas pelas seitas religiosas (PALHARES E RODRIGUES, 1990).  

Mas, Barreto (2011) narra essa origem citando que os cientistas afirmam que desde o homo-sapiens, há cerca de 30 mil anos atrás, já demonstrava algum tipo de conhecimento contabilístico. Algumas grutas formaram provas arqueológicas, como na gruta de Dáurignac no departamento do Haute, ao sul da França e também registos idênticos também foram encontrados no Brasil, no município de Raimundo Nonato, no Piauí.  

É visível identificar que essas práticas contabilísticos rudimentares eram feitas como parte da cultura, ou seja, apenas obedecia à necessidade de controlar suas riquezas.

Mas os registos das operações comerciais, industriais e públicas ganharam uma sistematização mais ampla somente na Idade Média, ou seja, há cerca de pouco mais de um milénio quando se oficializou o surgimento da prática de sistematização por correlação de causa e efeito (SÁ, 2008).

As actividades económicas estavam cada vez mais se desenvolvendo nas cidades de maior fluxo mercantis do mundo e com isso, estudiosos relatavam, através de livros, várias teorias que até hoje são lembradas.

É assim, fácil de entender, passando por cima da Antiguidade, por que a Contabilidade teve seu florescer, como disciplina adulta e completa, nas cidades italianas de Veneza, Génova, Florença, Pisa e outras. Estas cidades e outras da Europa fervilhavam de actividade mercantil, económica e cultural, momento a partir do século XIII até o início do século XVII. Representaram o que de mais avançado poderia existir, na época, em termos de empreendimentos comerciais e industriais incipientes. Foi nesse período, obviamente, que Pacioli escreveu seu famoso Tractatus de coputis et scripturi, provavelmente o primeiro a dar uma exposição completa e com muitos detalhes, ainda hoje actual, da Contabilidade. (IUDÍCIBUS, 2009, p. 16)

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