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A IMPORTÂNCIA DO AAS NO CUMPRIMENTO DO PIA

Por:   •  8/7/2022  •  Dissertação  •  1.426 Palavras (6 Páginas)  •  58 Visualizações

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[pic 4]A IMPORTÂNCIA DO AAS NO CUMPRIMENTO DO PIA

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Por Denis Batista Gomes - Gerente de Segurança Interna

A partir da composição da Equipe de Referência, o AAS deve perceber a necessidade de cumprir fielmente a proposta de ser Referência, agindo sempre com base em uma perspectiva educacional.

Desde a recepção, a Equipe já começa a demonstrar para o adolescente qual é o trabalho realizado pelo Centro. Pensando nisso, o AAS deve ter sua conduta alinhada com o propósito da Equipe de Referência: conhecer realmente o adolescente; buscar atender suas necessidades e anseios, visando sua evolução e crescimento pessoal; facilitar a relação com todos no ambiente;[pic 6]

e favorecer a formação de vínculos positivos, mantendo o clima do ambiente socioeducativo tranquilo e harmônico.

Para isso, o diálogo com o adolescente deve ser claro, de modo a esclarecer que o AAS desempenha seu papel como um facilitador do processo socioeducativo e que, portanto, não deve assumir uma linha “aqui eu mando e você obedece”.

Assim, a pura e simples leitura de normas com o objetivo de mostrar limites, acaba criando “um muro” maior que o muro do próprio Centro entre AAS e adolescentes. Seguir apenas os procedimentos como o de identificação e revista pelos        atendimentos multidisciplinares, sem demonstrar[pic 7]

[pic 8]a importância e o porquê desses procedimentos, eleva ainda mais o muro. Portanto, a maneira como o profissional AAS se coloca é fundamental.

Devemos passar tranquilidade aos adolescentes recém-chegados, orientando-os, nesse momento, quanto à rotina do Centro, a conduta dos outros profissionais, a maneira como ele deve se posicionar frente a essa nova rotina e aos profissionais, esclarecendo que o cumprimento de suas obrigações é garantia de permanência por um período mais breve.

Por isso, os profissionais devem buscar mostrar ao adolescente recém-chegado ao Centro de Atendimento que todos estão ali para auxiliá-lo neste e em todos os momentos.

Muitos confundem o procedimento de recepção com o processo de acolhimento, porém há grande diferença entre ambos, vejamos:

No procedimento de recepção deve-se seguir todo o protocolo acima descrito – revista, identificação, atendimento das áreas, entre outros, frisando sempre que a maneira como o funcionário conduz este processo é fundamental para a construção do Diagnóstico Polidimensional.

Desde a chegada do adolescente, o servidor deve adotar uma postura de esclarecer o seu papel, deixando claro que tal postura independe do que aconteceu para que o adolescente esteja ali. Assim, a possibilidade de formação de vínculos fica fortalecida e a de ocorrências minimizadas. O nosso trabalho é no sentido de que sua permanência seja a mais breve possível e sua conduta e entendimento são essenciais para isso. Por isso, o diálogo inicial deve ser sempre esclarecedor.

Já o processo de acolhimento é baseado na realização de todos os atendimentos da Equipe multiprofissional e no atendimento em conjunto realizado pela Equipe de Referência, seja para a elaboração do Diagnóstico Polidimensional ou do PIA.

[pic 9]E como isso se reproduz no Diagnóstico Polidimensional?

O AAS, pela característica de sua função, deve manter atenção integral ao adolescente, buscando observar qual é o seu comportamento no quarto e quando em contato com os demais adolescentes; em atividades diárias, bem como no ambiente intereducativo, refeitório etc. Buscando observar, ainda, qual o seu entendimento em relação às normas do Centro, estabelecendo diálogo com o adolescente de modo que ele transmita como está sendo esse momento e como ele se sente com o fato de estar internado. Deve verificar se o adolescente entende por que está nessa condição, se entende a diferença entre medida socioeducativa e sentença. Observar a sua interação com os demais AAS, lembrando que os AAS, independentemente de serem ou não Referência, devem manter a mesma postura e conduta do agente de Referência, acompanhando diuturnamente o adolescente a partir do olhar da Equipe de Referência.

A partir desse acompanhamento, o AAS Referência, que já deve estar designado pela Encarregada de Área Técnica, deve fazer o registro desse comportamento no instrumental Registro Individual de Observação

– RIO, conceituando o bom, regular e ruim com as observações acima descritas, e isto deve ser feito pelos quatro AAS dos plantões diuturnos, de acordo com o acompanhamento realizado durante os cinco primeiros dias. Portanto, serão elaborados quatro RIO, os quais serão apresentados na reunião da Equipe de Referência servindo de subsídio para que a Equipe de Referência elabore o Diagnóstico Polidimensional.

Mas o fundamental é que, durante este período inicial, além do RIO, o AAS busque conhecer este adolescente – quais são suas dificuldades e expectativas – enfim, antes da reunião para elaboração do Diagnóstico Polidimensional, o agente deve buscar o máximo de informações e socializá-las durante reunião.

[pic 10]Não tenha medo de dizer o que observou, o que o adolescente lhe confidenciou, pois, toda informação é de suma importância para que o diagnóstico seja preciso, possibilitando metas que realmente impactem na vida dos adolescentes.

E como fazer já que são quatro AAS Referência para cada adolescente?

Os AAS de Referência possuem uma ferramenta oficial de comunicação que é a Pasta de Segurança e Disciplina do adolescente, devendo permanecer preenchida de forma correta, contendo as observações que permitam subsidiar o AAS que irá representar a Equipe durante a reunião. Além disso, devem socializar com os parceiros dos

outros plantões todas as alterações de comportamento dos adolescentes, para que os demais participem da reunião de Referência com subsídios suficientes para a discussão. A partir de tal discussão deve-se pensar na construção do Plano Individual de Atendimento – PIA.[pic 11]

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