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Enron assunto: a história de especulação e fraude

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Por:   •  29/10/2013  •  Seminário  •  846 Palavras (4 Páginas)  •  365 Visualizações

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O caso Enron: uma história de especulação e fraudes

DO "FINANCIAL TIMES"

Depois da longa expansão no mercado de ações, chegou a hora de pagar as contas. A falência da Enron, uma trading de energia sediada em Houston, Texas, levantou sérias dúvidas sobre diversas questões, inclusive sobre os conflitos de interesses nas empresas de auditoria e planos de pensão para funcionários.

Com o colapso da empresa, o presidente George W. Bush lançou uma abrangente revisão das regras federais para os planos de pensão e também para os regulamentos referentes à publicação de informações financeiras. As conclusões do trabalho serão aguardadas com ansiedade, mas é provável que reforcem lições já bem conhecidas pelos estudantes de escândalos financeiros.

A primeira delas é o cuidado com os conflitos de interesse, uma lição que conduziu, depois do crash de 1929, à Lei Glass-Steagall, que separava os bancos comerciais e as empresas de corretagem de valores. Dessa vez, a questão será determinar se há necessidade de medida semelhante para separar as atividades de auditoria e consultoria.

As empresas desse ramo ganham honorários elevados porque oferecem uma série de serviços aos clientes, entre os quais auditorias. No entanto, os investidores precisam contar com a independência das auditorias para compreender a saúde financeira de uma empresa.

A auditoria da Enron ficou a cargo da Andersen, uma das maiores empresas do setor, sediada em Chicago. Na semana passada, o grupo admitiu ter prestado em dezembro informações errôneas, ainda que involuntariamente, a um comitê do Congresso. Anunciou ainda ter destruído documentos referentes à Enron.

A Andersen ganhou US$ 25 milhões com os serviços de auditoria para a Enron no ano passado. O grupo de comércio de energia era um de seus clientes mais lucrativos, e, no ano passado, gastou US$ 27 milhões adicionais com serviços de outras áreas da Andersen. Há dúvidas, agora, sobre a objetividade de seu trabalho para a Enron, particularmente se levarmos em conta a omissão dos auditores em relação às transações mantidas fora do balanço da Enron -as mesmas transações que geraram uma espiral de queda na cotação das ações do grupo quando foram, enfim, reveladas.

Lição amarga

Uma segunda lição amarga para os funcionários da empresa - atuais e passados- refere-se à diversificação de ativos.

O programa de aposentadoria dos funcionários da Enron (cujos ativos valiam US$ 2,1 bilhões um ano atrás) concentrou investimentos. Nada menos que 60% da carteira era constituída por ações da empresa, cuja cotação caiu de um pico de mais de US$ 80 no ano passado para menos de US$ 1 no momento da falência. Os funcionários e os pensionistas, que dependem do desempenho das ações do grupo para suas aposentadorias, estão desesperados.

Sob qualquer prática normal de diversificação, tal concentração dos investimentos em ações de uma única empresa seria considerada insensata. O fato de tratarem-se de ações do empregador aumenta ainda mais o risco, porque deixa os trabalhadores expostos não só ao desemprego e perda de opções de ações, mas também à aposentadoria com pensão muito mais baixa.

De fato, as regras para os planos de pensão

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