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Globalização

Por:   •  11/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.345 Palavras (10 Páginas)  •  259 Visualizações

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2. FUNDAMENTAÇÃO

Pode se perceber como a ordem econômica mundial mudou na última década, e a tendência é que continuar mudando. Este artigo apresenta oBRICS como alternativa da nova liderança da ordem mundial. Muitos teóricos e econômicos encontram no BRICS a saída para o desenvolvimento econômico multipolar. O BRICS defende o lugar dos emergentes na economia. É fato que o país emergente não tem espaço quando o assunto é segurança mundial ou não são ouvidos quando é preciso pelo Fundo Monetário Internacional ou pelo Banco Mundial. A iniciativa do BRICS foi após tantos anos avulsos, se rebelaram e buscam seu lugar que lhes é de direito. Vendo a Hegemonia dos Estados Unidos caindo, o mundo se encontrou sem um “Líder”, sem uma ordem econômica. O mundo era acomodado com a unipolaridade norte-americana, e sem ela, imagina-se o caos. Mas ao contrário do que se parece, o BRICS representa exatamente a nova ordem econômica mundial. Cinco países gigantes em territórios com quase 50% da população mundial, representam quase 20% do PIB mundial, mas unidos, conseguirão alcançar os objetivos e elevar suas economias a potências. Tem quem diga que em 10 anos, ou menos... Outros mais realistas preveem que em 2050 serão as 5 potências econômicas mundiais. Para esclarecer que o BRICS não é um bloco econômico, mas sim um Grupo de Cooperação Econômica, ao meu ver, estão buscando nos alicerces para futuramente poderem formar um Bloco Econômico, como será citado no tema principal a criação do Banco de desenvolvimento do BRICS que tem o objetivo de financiar países emergentes. Assim, espera-se do BRICS uma reforma na ordem unipolar mundial, onde os emergentes se tornarãomais presentes nas decisões da agenda internacional e terão apoio para o desenvolvimento interno.

3. SURGIMENTO E ASCENSÃO DO BRICS.

3.1- O processo do avanço do BRICS no cenário internacional.

O BRICS foi um termo usado primeiramente pelo economista Jim O’Neill em um estudo de 2001 intitulado “Building Better Global Economic BRICs”, que acabou originando um grupo político de cooperação formado pelos países Brasil, Rússia, Índia, e em 2011 a Africa do Sul se juntou ao grupo. É esperado que o grupo de países emergentes tornen-se as 5 maiores potências economicas nos próximos 50 anos ou menos, assim mudando a ordem que até então tinha os Estados Unidos como centro do mundo. Desde de sua criação, há muitas expectativas sobre o grupo, considerando o contexto atual que se encontra os Estados Unidos.

Após a Segunda Guerra Mundial, o eixo econômico saiu da Europa para os Estados Unidos, tornando-o a maior potência econômica. O EUA teve enorme prestígio após vencer a guerra, e a Europa se encontrava em um trauma pós-guerra com seu território devastado, o declínio Europeu era evidente. Mas em foi entre as décadas de 1960 e 1970 que esse mesmo poder de maior economia do mundo fez com que nascesse a desconfiança de que o poder dos Estados Unidos estava em declínio com a Guerra do Vieatinã. O mundo pode observar a queda do poderio militar e econômico norte-americano. Os altos custos com as despesas militares no Vietnã afetaram a economia, que pela primeira vez no período pós-guerra apresentou déficits no orçamento. Comprometendo diretamente o “sonho americano” e aumentou a pressão inflacionária que causou a grande crise fiscal dos Estados Unidos. Para enfrentar a crise, o governo norte-americano adotou medidas protecionistas que tinham por objetivo recuperar a confiança na economia e na moeda norte-americana. Entre as medidas, estava o aumento no preço dos barris de petróleo, afetando a economia mundial e seus maiores concorrentes Japão e Alemanha. Ainda foram dotadas mais medidas, redução de oferta monetária; aumento na taxa de juros; redução da tributação das empresas e por último a eliminação de controles sobre o capital. Os resultados foram desastrosos, e o “sonho americano” foi esmagado, esse foi o período com a maior desigualdade social no país.

Com a queda da União Soviética e o fim da Guerra Fria, os Estados Unidos emergiram como a única potência mundial. Se deu o início da nova fase de consolidação da ordem unipolar. Foi a vitória do capitalismo contra o comunismo, e reacendeu a confiança no Estados Unidos, tudo se caminha para o “Novo Século Americano”.

O bom momento não durou muito, em 11 de Setembro de 2001 os Estados Unidos se viram atacados em seu próprio território com o ataque das torres gêmeas. O ataque levou a duas guerras durante o governo de Bush: a primeira a Guerra do Afeganistão iniciada em 2001 e a Guerra do Iraque iniciada em 2003. As guerras conduzidas por Bush produziram efeitos devastadores para unipolaridade dos Estados Unidos. Não era entendido osmotivos reais das guerras, que relembravam a guerra do Vietnã arrastando ainda mais os EUA ao declínio.

Para derrubar mais ainda o “Novo Século Americano” em 2008 o mundo enfrentou a maior crise econômica desde de 1929 desencadeada pelos EUA. Todos aqueles que dependiam do comércio se viram em crise. Países da Europa com taxas de desemprego superiores a 35% e outros países não conseguindo pagar suas contas decretavam “falência”. Mas era observado como as nações emergentes conseguiram se recuperar da crise com mais facilidade e mais rápido. Essas nações foram pouco afetadas em comparação a Europa por exemplo.

Com a crise abriu-se espaço para uma nova ordem mundial que não inclua mais os Estados Unidos como única potência e “protetor da paz internacional”. Nesse período se observa o crescimento do BRICS e sua influência.

O reconhecimento internacional adquirido pelos BRICS ao longo dos últimos anos, especialmente depois da entrada da África do Sul ao grupo. O agrupamento ganhou força após a crise financeira com a perda de espaço do G7 para o G20.

O grupo passou a realizar reuniões de cúpulas anualmente para discutirem “Planos de Ações” que indicam as áreas em que o grupo irá aprofundar a cooperação.

I Reunião de Cúpula do BRIC

Realizada em Ecaterimburgo, Rússia em 2009, reuniu os chefes de estado dos quatro países, tinha o objetivo de reafirmar a posição dos países especialmente a frente do G20, “As economias emergentes e em desenvolvimento devem ter mais voz e representações nas instituiçõesinternacionais e seus líderes e diretores devem ser designados por meio de processos seletivos abertos, transparentes e baseados no mérito”

II Reunião de Cúpula do BRIC

Primeira vez em Brasília no Brasil em 2010,

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