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O Xangô de Baker Street Companhia das Letras

Por:   •  11/8/2015  •  Resenha  •  1.179 Palavras (5 Páginas)  •  372 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA

SOARES EUGÊNIO, José. O Xangô de Baker Street. Companhia das Letras, 1945, 349 páginas.

1 CREDENCIAIS DO AUTOR

José Eugênio Soares, mais conhecido como Jô Soares ou simplesmente Jô, é um humorista, apresentador de televisão, escritor, artista plástico, dramaturgo, diretor teatral, ator, músico e pintor brasileiro. Filho do empresário paraibano Orlando Soares e da dona de casa Mercedes Leal, Jô queria ser diplomata quando criança.

Estudou no Colégio de São Bento do Rio de Janeiro e em Lausana, na Suíça, no Lycée Jaccard, com este objetivo. Porém, percebeu que o senso de humor apurado e a criatividade inata o apontavam para outra direção.

2 RESUMO DA OBRA

Em O Xangô de Baker Street (1995), Jô Soares, traz o famoso detetive Sherlock Holmes e seu fiel escudeiro, doutor Watson, para o Rio de Janeiro do século XIX e os põe em contato com personalidades da época, como por exemplo, a atriz francesa Sarah Bernhardt, o imperador Pedro II, Olavo Bilac, entre outros. A convite do próprio imperador, Sherlock Holmes e Watson vêm ao Brasil para desvendar o roubo de um valioso violino Stradivarius, junto com assassinatos de jovens moças, que intrigam a sociedade e, graças à ironia utilizada por Jô Soares, a dupla não consegue resolver os crimes, uma vez que o assassino era ninguém menos do que Jack, o Estripador, o famoso serial killer que cometeu seus crimes em Londres, em 1888. A proposta desta resenha é analisar a ironia que o humorista-escritor Jô Soares utilizou em seu romance.

O Xangô de Baker Street é um romance histórico que se passa no Brasil Império. As personagens da trama são a elite brasileira, dentre estas estão alguns personagens reais como Dom Pedro II, Chiquinha Gonzaga e Olavo Bilac. Dentre as personagens que realmente existiam estão Sarah Bernhard, uma atriz francesa que vem ao Brasil se apresentar no teatro, e Jack o Estripador. Existem mais dois personagens famosos, mas fictícios: Sherlock Holmes e seu inseparável companheiro Doutor Watson.

Um raro violino Stradivarius, dado pelo imperador a uma amante dele foi roubado, e como foi um presente dado secretamente o caso não poderia ser denunciado à polícia, o imperador então, aconselhado por Sarah Bernhardt uma atriz francesa que se apresentava no Brasil decidiu convidar o famoso detetive Sherlock Holmes, para solucionar o caso. Nos dias seguintes, dois assassinatos violentos ocorrem chocando toda a sociedade, e o detetive assim que chega é convidado também a ajudar nas investigações sobre os assassinatos. Aí então começa a trama, um psicopata que mata mulheres lindas e Holmes a procura do assassino e do ladrão do violino. Além de Sherlock Holmes e Watson, outros nomes conhecidos e reais fazem parte da trama. Como Olavo Bilac e Chiquinha Gonzaga. Sarah Bernhardt na verdade também foi uma pessoa real, e esteve algumas vezes no Brasil se apresentando em teatro.

O detetive Sherlock é o protagonista da história, porém o Holmes apresentado por Soares é bem diferente do original, é na verdade uma caricatura, um personagem cômico. Ora seu talento maior o de dedução acabou sendo mostrado com várias sequências de enganos, tudo que o detetive deduz está errado, mesmo acertando conclusão final, mas o encadeamento de ideias que o faz chegar ao desfecho nunca está correto. O autor ( Jô)apresenta isso de forma muito engraçada, que é na verdade a proposta dele: escrever um livro cômico. O detetive em um dos momentos do livro surpreende, inclusive o inseparável dr. Watson, falando fluentemente português de Portugal dizendo que tinha aprendido com um cientista português enquanto estudava venenos na China.

Por outro lado o autor valorizou a inteligência da nossa elite, que em diversas situações fizeram deduções que Sherlock não fora capaz de fazer, o detetive Holmes não conseguiu solucionar o caso dos assassinatos, e porque as pistas deixadas propositalmente pelo criminoso, que era um intelectual, eram pistas que faziam menção a cultura romana, que maior influência na nossa cultura pela nossa origem portuguesa e a grande influência da cultura francesa, já Holmes era inglês .Outra pista que o detetive Holmes não conseguiu fazer a inferência lógica, estava ligada ao português e o que ele falava era o português de Portugal e a palavra que interligaria os fatos é diferente nos dois países.

Um ponto forte do livro é a representação do Brasil da época,

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