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Sobre Sociedades

Por:   •  9/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.863 Palavras (8 Páginas)  •  309 Visualizações

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3. OS TIPOS DE CONHECIMENTO (SABER) HUMANO

Desde muito tempo, até os dias atuais, o homem vive em função se seu conhecimento, mesmo o mais simplório indivídou traz consigo saberes imprescindíveis, principalmente ao que concerne a sua própria sobrevivência, a se exemplificar o homem do campo, em sua maioria iletrado, mas que saberá perfeitamente o dia perfeito para plantar e colher, tipos de solo, adubos etc... Todos esses saberes que são acumulados em sua vivência e em consonância com a observação dos fenômenos da natureza.

Tal conhecimento difere o ser humano dos demais, ao tempo em que o coloca em posição privilegiada, de próprio domínio da natureza.

Só podemos conceber o conhecimento partindo da consciência da existência de três elementos fundamentais nesse processo: o elemento cognoscente (que conhece), o objeto (conhecido) e a imagem (figura). O primeiro irá obter o conhecimento, o objeto aquilo que deverá ser conhecido, e a imagem é a própria interpretação visual do elemento sobre o objeto. Neste prisma, o elemento toma pose, de uma certa maneira do objeto, podendo atuar sobre ele em benefício próprio, ou seja, o conhecimento propicia ao homem a adequar-se a realidade ao tempo em que  a aprofunda-se nela, essa possibilidade dá ao ser humano o grande benefício de preparar aptos para a ação consciente propriamente dita.  Em contrapartida, a falta desse conhecimento (ignorância) impede, ou mesmo dificulta sobremaneira as perspectivas de avanço rumo a uma melhoria, tornando-o prisioneiros das circunstâncias.

Conhecer a realidade, entretanto não é um processo tão simples, pois nossa realidade é extremamente complexa, cabendo nesse sentido acatar os diferentes tipos de conhecimentos possíveis ao homem, que passamos a explanar a seguir. 

Tipos de conhecimento:

  • Conhecimento Popular.
  • Conhecimento Científico.
  • Conhecimento Teológico.
  • Conhecimento Mitico.
  • Conhecimento Filosófico.

Conhecimento Popular.

O conhecimento popular, ou vulgar, é repassado através das gerações, adquiridos por experiências pessoais, normalmente pela tentativa e muitas das vezes por seus erros ou acertos na prática. Daí a nomenclatura “popular”. Quando se fala em conhecimento popular inexiste qualquer tentativa de explicação precisa ou até lógica, simplesmente as pessoas sabem assim porque foram ensinadas pelos antigos, ou porque a mesma observou alguém fazer anteriormente e para si foi válido, causando o efeito desejado, o que para as pessoas que fazem uso desse determinado conhecimento basta, não sendo necessária qualquer explicação científica que valide o saber, pois o mesmo já é automaticamente validado por suas próprias experiências.

Esse conhecimento tem algumas características singulares tais quais:

Superficial:  E sem bases sólidas, frágil, em sua maioria das vezes adquiridos a partir de um único contato.

Sensitivo: Muito relacionado a questões atreladas a sentimentos e emoções.
Subjetivo: A própria pessoa organiza seu conhecimento tomando por base suas experiências pessoais.

Assistemático: Não tem uma organização sistemática no que se refere a suas experiências e ideias.

Acrítico: Esse conhecimento não segue padrões críticos ou reflexivos para a sua existência.

        Em resumo o conhecimento popular é aquele onde o ser humano, apropria-se de experiências individuais e de outros que são acumuladas no transcorrer do tempo, onde o mesmo adquire suas próprias acerca da “razão de ser das coisas”, é um modo espontâneo de conhecer, adquirido diretamente no trato com as coisas e os seres, as informações obtidas são assimiladas normalmente por tradições, experiências próprias, é marcada pela concordância passiva, sem nenhum questionamento de veracidade, processo onde o sujeito incorre mais ao erro em suas deduções e prognósticos

Conhecimento Científico

O conhecimento científico é uma forma de saber que se obtém de forma modo racional e ordenada, diferentemente do conhecimento popular e é caracterizada, principalmente por ter a sua veracidade ou não, devidamente comprovada através de experimentações realizadas utilizando de metodologias científicas, que buscam a devida explicação de por que e como acontecem os fenômenos.

Tal conhecimento surge do desejo e da necessidade do homem em buscar conhecer, de fato, como as coisas realmente funcionam, recusando a aceitar as explicações de modo passivo, sem uma visão crítica e sem questionamentos. Dessa forma tornou-se viável ao homem o entendimento dos fenômenos naturais  de forma que o mesmo pudesse intervir cada vez mais nos acontecimentos diários, em seu favor. Quando empregado com objetivos certos esse conhecimento beneficia enormemente a humanidade, pois traz avanços significativos que facilitam a vida em si, entretanto o conhecimento científico, usado com objetivos escusos pode até trazer enormes catástrofes para o mundo como um todo, cabe aqui o exemplo dos armamentos nucleares.

O conhecimento científico ultrapassa os limites da visão empírica, observando não unicamente os efeitos, mas primordialmente as causas e seus princípios motivadores.  A introdução dessa forma de aprendizagem não se deu de uma hora para a outra, ou rapidamente, ao contrário aconteceu num processo lento e gradual, evoluindo de um conceito simplório a principio entendido como um conjunto de  suposições exaustivamente demonstradas e aparentemente imutáveis, para um processo continuado de construção, onde não há o pronto e acabado, ou o definitivo, tratando-se agora de uma constante busca de soluções com suas devidas explicações e a constante reavaliação de todos os seus resultados”. No século XVI   com a forte influência de pensadores como Copérnico, Bacon, Galileu, Descartes e outros, esse conceito toma força.

Teoricamente falando, esse conhecimento é conceituado como um saber ordenado e lógico onde prioriza a formação de ideias reflexivas se utilizando de um processo complexo de pesquisa, síntese e análise, de modo que as declarações de conceitos que não sejam devidamente comprovadas, de maneira concreta e sistemática,  são automaticamente descartadas como válidas do âmbito da ciência.

Aspectos importantes a se considerar no campo do conhecimento científico:

  • Não se pode dizer que a ciência é o canal exclusivo que permite o acesso ao conhecimento e busca pela verdade.
  • Qualquer situação ou objeto podem ser alvo de observação seja para o cientista tanto quanto para o homem comum, o que diferenciará o processo e que responderá se o mesmo é científico ou não, é a forma como cada um observa, o método o qual usa.
  • Entretanto convergem para a mesma direção quando tanto o bom senso (ou senso comum – saber popular), quanto a ciência desejam ser racionais e objetivos.

Conhecimento Teológico

Adquirido partindo de anuência das certezas da fé teológica, onde a missão do Teólogo é provar a existência de Deus baseado nos textos Bíblicos escritos que foram realizados mediante inspiração Divina, por esse motivo esse conhecimento deve ser aceito de fato como verdades únicas, absolutas e totalmente incontestáveis, pois a mesma é fruto da revelação do ser divino, através de indivíduos inspirados por Deus que apresentam as devidas respostas aos inúmeros mistérios do mundo, que permanentemente permeiam a mente humana.

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