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Sociologia a ciencia da crise

Por:   •  9/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.175 Palavras (5 Páginas)  •  1.129 Visualizações

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS, ECONÔMICAS E SOCIAIS
CURSO DE DIREITO
TEORIAS SOCIOLÓGICAS

SÍNTESE DO TEXTO SOCIOLOGIA: A CIÊNCIA DA CRISE

SÍNTESE DO TEXTO SOCIOLOGIA: A CIÊNCIA DA CRISE

     O surgimento da sociologia como ciência foi gerado por uma série de acontecimentos históricos, principalmente fatos decorrentes do êxodo da população rural (Sociedade Feudal) para uma área industrial e urbana. Com isso, surgiu a necessidade de se analisar as diferenças decorrentes desse processo de transformação no âmbito político, social e econômico.

     Assim, com a transformação ocorrida a partir do século XV, surgiu uma nova maneira de ver o mundo e o homem que distanciou - se da concepção teocêntrica (Deus como o centro de explicação do mundo) cedendo espaço à visão antropocêntrica (O homem como centro da explicação do mundo), que instarou- se em processos de crise e referenciais como, por exemplo: a expansão marítima, as reformas protestantes, a formação dos estados e o desenvolvimento das ciências levando assim ao rompimento dos diversos laços com a sociedade feudal como à tradição, à família, à religião e a propriedade, de modo que, as respostas segundo uma concepção teocêntrica não supriam mais as expectativas.

     Além disso, aperfeiçoaram – se as técnicas de produção que visavam lucro com uma produção de menor custo. Dessa necessidade de se reduzir os custos e de se produzir mais obtendo um maior lucro surge a maquinofatura que foi financiada pela burguesia do século XVII e que através da utilização de máquinas no processo produtivo elevou de forma significativa à produção de mercadorias.

     É necessário ressaltar as principais transformações sociais dos séculos XV, XVI E XVII. No século XV temos como principal transformação a criação dos estados nacionais e centralização do poder político; no século XVI, passamos a considerar a razão como elemento para conhecer o mundo onde os homens não deveriam mais de submeter a nenhuma autoridade transcendente ou divina e no século XVII, temos o surgimento da maquinofatura.

     No século XVIII, aceleraram- se diversas transformações econômicas, políticas e culturais, que tornaram a sociedade um problema a ser pesquisado, pois essas transformações se manifestavam de maneira inédita. A consolidação da sociedade capitalista veio através da dupla revolução, industrial e francesa, fragmentando a velha forma de agir e de visualizar o mundo, derrubando o conceito de rotinas e fórmulas do passado que não mais funcionavam como explicativas dos acontecimentos.

     O iluminismo rompeu com a influência da religião no pensamento intelectual. A ciência apresentou-se como uma nova forma de conceber o homem e o mundo, cada avanço da sociedade capitalista representava a desintegração de costumes e instituições e a introdução de novas formas de organizar a vida social.

     Com o efeito, o homem do século XVIII, passou a sentir a agudização das contradições impostas pelo mundo capitalista de produção. O desaparecimento dos artesãos independentes, a submissão a prolongadas jornadas de trabalho, o surgimento das cidades industriais, o surgimento do proletariado e a organização por melhores condições de trabalho.

     Nesse cenário de transformações e dúvidas, surgiu à sociologia, suprindo assim a necessidade de investigar, interpretar e analisar a sociedade com uma resposta intelectual às mudanças da estrutura básica da sociedade bem como da cultura.

     Augusto Comte (1798-1857) apresentou a sociologia como “Física Social”, sendo uma ciência sujeita as leis naturais e invariáveis cujo objetivo principal é a descoberta. O positivismo comtiano apresentava diversas características: considerava a organização social humana um fenômeno investigável pelos métodos das ciências naturais; contrariava o pensamento subjetivista, deflagrada através de uma dupla estratégia de rigor empírico e coerência teórica; considerava a atividade científica como cumulativa e progressiva e buscava leis gerais empiricamente fundamentadas que permitam predições que possam solucionar problemas práticos. A sociologia comtiana tem como objeto de investigação os fenômenos sociais, com a finalidade de chegar às leis gerais e invariáveis, que são alicerçadas na ordem e no progresso e que possuem como questão fundamental a manutenção da ordem social.

     Émile Durkheim (1858-1917) é um dos grandes teóricos da sociologia. Diferentemente de Comte, Durkheim afirmava que a sociologia não necessitava utilizar ou aproximar-se dos procedimentos metodológicos das ciências naturais ou exatas. Para Durkheim, a sociologia tinha seu método científico próprio, especifico o funcionalismo, sendo esse um fenômeno organizacional, constituído de partes concatenadas, uma realidade com suas especificidades, alicerçada nas leis, normas e regras sociais, que permitem a manutenção e integração da sociedade. Essa visão de sociedade demonstra a determinação do social sobre o individual, pois segundo Aron (1995), os indivíduos nascem da sociedade e não a sociedade nasce dos indivíduos, concepção essa que alicerça toda a sociologia de Durkheim.

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