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A CRISE DE 1929: A GRANDE DEPRESSÃO

Por:   •  27/3/2022  •  Artigo  •  1.246 Palavras (5 Páginas)  •  143 Visualizações

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CRISE DE 1929: A GRANDE DEPRESSÃO

Glória A. Santos

Finanças Internacionais –

Resumo

O presente artigo tem por objetivo apresentar uma resenha analítica sobre a Crise de 1929, acerca dos fatos ocorridos durante a época considerada a Grande Depressão, que causou impacto não só em seu local de origem – os Estados Unidos – mas também provocou instabilidade na economia mundial da época.

Palavras-chave: Crise de 1929; Grande Depressão; Estados Unidos.

Introdução

A Primeira Guerra Mundial havia se findado, os Estados Unidos que se juntaram a ela próximo a seu fim podem ser considerados o impulso necessário para que o lado que se posicionaram saísse vitorioso. Por volta de 1917, com a guerra a Europa estava devastada e foi essa a chance dos EUA se tornarem uma grande potência e momento de aumento na valorização do Dólar.

Ao final da guerra de fato, os países europeus contavam largamente com as exportações estadunidenses que triplicaram nesse período. Porém em meados de 1925, devido ao foco constante de recuperação pós-guerra, aos poucos a Europa se reerguia o suficiente para seguir sem tamanha dependência da exportação dos EUA, estes que cativados pelo chamado atualmente “American Way of Life” - estilo de vida americano – entravam em um fascínio de consumismo e produção, sem observar possíveis consequências.

Devido a tal deslumbramento, a larga escala de produção era contínua. Não o bastante, possuindo junto a França cerca de metade do ouro monetário que circulava na época de 1926, o que se notava – excepcionalmente em Nova Iorque – eram hábitos que culminariam num futuro próximo em um colapso, como o estímulo ao consumo – após a 1ª Guerra muitas tecnologias e novos produtos foram concebidos – e principalmente a facilitação na liberação de crédito com a política de “dinheiro fácil” do Sistema de Reserva Federal depois de 1925.

Os sinais começaram a aparecer então, os bancos cada vez mais liberavam títulos e créditos, os investidores surgiam aos montes, em um passo que mesmo cidadãos “comuns” investiam na bolsa de valores – a exemplo do “famoso” jovem engraxate de Wall Street – e visavam conquistar fortunas, e até conseguiram, porém chegavam inclusive a usar suas únicas economias com ações. Entre Maio e Setembro de 1929, surgiram mais 60 novas empresas fomentando mais de 100 milhões de ações na Bolsa de Valores de Nova Iorque. Mas estava tudo bem, os Estados Unidos prosperavam.

E então amanheceu 24 de Outubro de 1929, era a Quinta-Feira Negra.

A Grande Depressão

A chamada Grande Depressão desencadeada na Quinta-Feira de 24 de Outubro de 1929 na verdade perdurou por anos. O boom ocorreu naquele dia, a Bolsa de Valores de Nova Iorque encarou baixas desenfreadas – aproximadamente 13 milhões de ações postas a venda no dia, na Segunda-Feira, 28, chegando a 33 milhões –, inúmeros investidores perderam tudo e as tentativas de venda das ações mesmo por 1/3 de seus valores, vãs, e a confiança esvaída.

O boom, então, é na verdade um período de investimentos ruinosamente equivocados. É o momento em que os erros são cometidos, por causa da interferência do crédito bancário no livre mercado. A “crise” chega quando os consumidores vêm restabelecer as proporções que desejam. A “depressão” é na verdade o processo por meio do qual a economia se ajusta após os desperdícios e equívocos do boom, e restabelece o serviço eficiente dos desejos do consumidor (ROTHBARD, 2012. P.54)

Charles E. Mitchell – presidente do National City Bank – somado a outros grandes banqueiros decidiram contornar a situação, levantando fundos de 250 milhões de dólares e comprando ações de empresas essenciais, mas não foi o suficiente.

O que se notava então nos períodos subsequentes era uma queda geral, empresas falindo e aumento do desemprego – quase 30% –, crescimento do endividamento de famílias, falência de bancos, além da perda de interesse na Wall Street pelos estrangeiros. Os EUA optaram por retirar seus capitais aplicados na Europa, colapsando vários bancos e afetando largamente a economia de países como Alemanha e Inglaterra. O comércio internacional sofreu uma grande retração em torno de 33,3%, não mais se exportava ativamente, países latino-americanos padeceram em razão de não conseguirem vender seus produtos que possuíam os EUA como principal foco de exportação, este que suas próprias caíram em cerca de 50% e as importações em 70%.

A falta de posicionamento do governo perante o mercado contribuiu imensamente mesmo antes do crash de fato, o então presidente Herbert Hoover apesar de consternado não interferiu e apostou nas palavras de Thomas W. Lamont – presidente do banco JP Morgan & Co. - de que o mercado se ajustaria por si só. De 1929 a 1933 o caos procedeu em abundância, ao início do governo democrático com Franklin Delano Roosevelt em 1933 que os Estados Unidos tiveram um deslumbre esperançoso com o chamado “New Deal”.

Apesar dos resultados desse “novo acordo” terem sido progressivos – as consequências da crise

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