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A Crise econômica de 2014/2017

Por:   •  19/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  789 Palavras (4 Páginas)  •  275 Visualizações

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A crise econômica de 2014/2017

Na introdução, o autor, partindo de argumentos positivos, relaciona-os normativamente. Por exemplo, ele abre o texto, falando que “a recessão (1º argumento positivo) é resultado (juízo normativo) de um conjunto de choques de demanda e oferta (2º argumento positivo), os quais foram ocasionados por erros (2º juízo normativo) de política econômica em virtude da adoção (3º juízo) da NME – Nova Matriz Econômica (3º argumento)”.

Ao esclarecer a política monetária, ele parte do pressuposto de que quando a inflação aumentasse o BC deveria elevar a taxa de juros e vice-versa. No entanto, contrário a este argumento “positivo” do autor, o BC operou de forma inversa em 2012, fazendo com que a inflação aumentasse, elevando, logo em seguida, a taxa de juros, reduzindo sua credibilidade (juízo normativo), segundo o argumento positivo inicial.

Aduz que o BNDES serviu como instrumento da NME, expandindo seu balanço para criar campeãs nacionais (dentre elas a Petrobras)

Mantém-se no capítulo “Política monetária” a interação constante entre a análise positiva e a normativa, dado que o autor descreve a realidade e apresenta dados ao mesmo tempo que insere seus juízos a respeito das políticas governamentais.

Para o autor, a Petrobras atuava como uma peça central no desenvolvimento dos setores “estratégicos” por investir (e proporcionar investimentos) em todo o processo produtivo, desde a exploração do pré-sal até o refino, indústria naval, etc. Entretanto, Barbosa Filho opina que tais políticas foram malsucedidas, pois se utilizou recursos públicos extensivamente e não houve um crescimento econômico, fato este que ele tenta comprovar com a Tabela 1.

Já em “Controle de preços”, o mesmo aborda os controles de preços feitos pelo governo como o de combustíveis que levou prejuízos a Petrobras, pois a mesma vendia a um preço menor do que comprava, assim reduzindo seu caixa e endividando-se. O autor continua suas críticas às políticas governamentais, culpabilizando-as por amplificar a seca de 2012/2013 ao reduzir as tarifas energéticas, elevando o consumo. Por fim, ele ataca o choque de oferta causado pelo fim do controle de preços e a espontânea liberação dos mesmos em 2015, fazendo-se necessário com que o Banco Central aumentasse a taxa de juros com o intuito de conter a inflação.

Para além do conflito interno ao texto, entre positividade e normatividade, existe um conflito entre visões econômicas. Na seção “contas públicas e risco país”, o autor cita que um grupo de economistas apontava a recessão como fruto do ajuste fiscal realizado por Joaquim Levy, ainda no governo Dilma Rousseff, mas que tal visão seria logicamente refutada pelos dados. Ora, se análises econômicas fossem tão claras e óbvias pela simples análise de dados, dificilmente teríamos visões destoantes no mundo econômico, no entanto não é o que se vê na prática.

Confrontar uma literatura com outra acaba trazendo certo juízo de valor por parte do autor. Não se trata de simples comparação, mas utilizar de uma literatura para contra argumentar outra e assim fundamentar o texto. Ademais, não podemos nos esquecer o poder reforçador que esse diálogo com outros textos busca trazer, dificilmente um economista escreveria um artigo

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