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As tradings companies no Brasil

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Por:   •  23/5/2013  •  Tese  •  1.914 Palavras (8 Páginas)  •  518 Visualizações

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As tradings companies no Brasil

Estima-se que as empresas de exportação/ importação, conhecidas no mercado internacional como tradings companies, têm sua origem em tempos remotos, iniciando suas atividades durante a Revolução Comercial de 1400 a 1700, nas cidades-estados italianas. Desde então esse tipo de empresa sofreu transformações notáveis, sendo um poderoso instrumento de enriquecimento da nação.

Tradings são empresas que têm como objetivo a comercialização, podendo comprar produtos fabricados por terceiros para revender no mercado interno ou destiná-los à exportação, assim como importar mercadorias e efetuar sua comercialização no mercado doméstico, ou seja, atividades tipicamente de uma empresa comercial.

No Brasil, esse mercado sofreu aquecimento a partir do final do século XX, tendo atualmente mais de 5.700 empresas em todo o território, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A legislação das tradings companies foi criada pelo governo nos moldes da legislação japonesa e americana. Porém, diferentemente dos EUA e Japão, onde a presença de trading company é numerosa e atua intensamente no desenvolvimento econômico desses países, aqui ela demorou a deslanchar devido aos erros de conceituação e compreensão de seu papel e não conseguindo ter uma representatividade expressiva no cenário econômico (GRISI, 2003). Isto pode ser confirmado facilmente devido à escassez de informações bibliográficas atualizadas desse ramo de atividades.

Como resposta a tantas dificuldades, as tradings companies surgem no cenário dos negócios brasileiros, apoiadas em suas competências e traduzindo suas vocações comerciais, quase sempre decorrentes da expertise de seus empresários, de seus executivos ou das operações empresariais que comandam.

Para impulsionar o comércio internacional, o governo criou como meio de incentivos um tratamento tributário especial para empresas que têm por objetivo exportar, buscando assim o crescimento da produção nacional e todos os efeitos decorrentes, como geração de empregos e aumento de renda.

Esse tipo de companhia necessita ser constituída com base no Decreto-Lei nº 1.248/72 (que estabeleceu sua criação), devendo obrigatoriamente ser S/A, ter capital social fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e obter registro especial para operar como trading.

Em termos gerais, o objetivo era incentivar a constituição de grandes empresas de intermediação comercial que eliminassem custos e riscos enfrentados por Propostas de Emendas Constitucionais (PMEs) no desafio de exportar.

O mecanismo de incentivo consistia em igualar uma exportação a uma venda interna – com toda sua facilidade/praticidade –, colocando o gerenciamento dos custos e riscos envolvidos no comércio exterior a cargo de intermediários comerciais.

As habilidades da empresa comercial exportadora/ importadora são fundamentais para a eficácia das operações comerciais internacionais. Conhecimento e domínio sobre temas como relacionamento comercial, contratos, logística, finanças e aduana são parte do cotidiano dessas empresas. Tal conhecimento está à disposição de empresas produtoras dispostas a relacionarem-se com empresas comerciais exportadoras para que juntas desenvolvam novos mercados internacionais.

Para que esse relacionamento seja eficaz, é fundamental que a empresa produtora esteja disposta e orientada a considerar o mercado externo com a devida importância em sua estratégia empresarial, firmando assim uma parceria duradoura com empresas comerciais exportadoras.

No contexto atual, os termos “trading company” e “comercial exportadora/ importadora” têm, no Brasil, uma dimensão conceitual maior do que quando foram estabelecidas. Ou seja, na atual conjuntura, não cabe mais a associação do termo trading apenas à exportação indireta, pois elas atuam tanto na compra de mercadorias para exportação quanto auxiliando empresas que pretendem exportar diretamente – oferecendo uma gama de serviços de exportação que ultrapassam em muito a simples atividade de intermediação comercial, caracterizando-as como facilitadoras, ou mesmo consultoras de exportação.

Bibliografia:

BRASIL. Comércio Exterior: Informações Gerais. www.mdic.gov.br

BRASIL. Portal do Exportador. www.portaldoexportador.gov.br

GRISI, Celso Cláudio de Hildebrand. Trading – Presença brasileira no cenário econômico mundial. São Paulo: Saraiva, 2003.

Uma breve visão do Panorama Japonês

Não é possível dizer ao certo quando teve início as tradings companies, mas a maioria dos estudos indica que esse tipo de comércio iniciou-se durante a Revolução Comercial de 1400 a 1700, nas cidades-estados italianas. Embora não inventada no Japão, lá ela foi aperfeiçoada de modo que atingiu características próprias.

No Japão, no início das transformações comerciais, e por falta de experiência, as exportações eram dominadas pelos ocidentais em 96,3%. Em virtude disso, em 1870, o governo japonês começou a criar suas próprias tradings companies (sogo shosha) que serviam aos interesses nacionais. Sendo assim, os japoneses começaram a estudar a forma de comércio do mundo, como funcionava, e formas burocráticas de comercialização para depois adaptarem a seu modo (BELLO, 2001). O Japão, diferentemente dos outros países, principalmente dos países do ocidente, utilizava as trading companies com o único objetivo de desenvolvimento da nação.

Portanto, as tradings companies japonesas em suas circunstâncias econômicas, históricas, geográficas, políticas e culturais, influenciaram para que esse país obtivesse tamanho êxito na constituição dessas empresas que se apresentaram como sendo uma ferramenta valiosa no impulsionamento da economia desse país.

Bibliografia:

BELLO, Ubyrajara Brasil Dal. As Poderosas Tradings

Companies Japonesas – Sogo Shosha. São Paulo:

Aduaneiras, 2001.

Aspectos legais e incentivos fiscais

No Brasil existem inúmeras leis, decretos, medidas provisórias, comunicados, convênios, instruções e regulamentos, referentes

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