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Avaliação dos indicadores economicos de 2000 a 2015 no Brasil

Por:   •  17/7/2016  •  Trabalho acadêmico  •  5.717 Palavras (23 Páginas)  •  350 Visualizações

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ANÁLISE DOS INDICADORES MACROECONÔMICOS BRASILEIROS E UM BREVE COMENTÁRIO SOBRE A POLÍTICA MONETÁRIA VIGENTE- PERÍODO DE 2000 A 2015.

CHINTIA DA COSTA MAIA

JÚLIA ANDRADE DO NASCIMENTO

KASSIA LARISSA ABRANTES ALVES

CAMPINA GRANDE – PB

-2016-

INTRODUÇÃO

Este trabalho foi desenvolvido com base na análise de onze indicadores macroeconômicos brasileiros em um período de dezesseis anos (2000-2015), sendo eles: a Taxa de Juros –Selic, a Taxa de Câmbio, o Produto Interno Bruto- PIB, a Taxa de Desemprego, a Inflação, o Balanço de Pagamentos, as Transações Correntes, os Movimentos de Capital, as Contas Públicas e os Investimentos. Ao decorrer do trabalho são apresentados o comportamento de cada uma dessas variáveis e suas oscilações ou longo do tempo, quais efeitos das mesmas na Economia Brasileira e em qual cenário se propagou estes efeitos. Como também foi apresentada uma análise da política monetária vigente no período de tempo analisado, refletindo sobre os juros e o crédito. Ao fim da análise é apresentado um anexo em forma de tabela, onde está inserido todos os valores de cada um dos indicadores e o balanço de pagamentos.

TAXA DE JUROS- SELIC

A taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) nada mais é que a média das taxas de juros utilizadas na comercialização de títulos públicos, por parte dos bancos. Tal variável tem efeitos não só no sistema financeiro, mas na economia como um todo, pois é também um parâmetro para as taxas de juros para tomadores de empréstimos (MACHADO; PONTILI, 2008). O valor da SELIC é definido pelo comitê de Política Monetária (COPOM), por meio de reuniões que acontecem ao longo do ano. A SELIC tem um papel importante como instrumento de política monetária, especialmente no que se refere ao combate da inflação. O gráfico 01 representa o comportamento da taxa de juros Selic entre o período de 2000 a 2015.

[pic 2]Gráfico 01- Taxa SELIC-Elaboração própria com base nos dados do Banco Central.

Dentre os anos analisados, o ano de 2003 registra a maior elevação da taxa de juros Selic, valor correspondente há 23,61%, esse fato se deve pela transição de governos, ou seja, uma crise de desconfiança gerada pela eleição de Lula que fechou as linhas externas, apertou a economia e devido a isso o Banco Central elevou fortemente a taxa Selic. Porém, logo o mercado se acalmou, e foram apenas dois trimestres de contração. Já como menor média analisada no período obtivemos 7,93% no ano de 2013, essa redução de juros ocorreu desde 2012 com o objetivo de acelerar o crescimento do PIB, junto a ela medidas como redução de impostos em alguns setores da economia também foram adotadas e notemos que na maioria das vezes as oscilações da taxa de juros foram com a finalidade de pressionar o aumento dos preços e controlar a inflação. Se considerarmos as taxas históricas por governo veremos que no governo FHC (período antes dos dados da nossa análise), a taxa Selic média anual foi de 26,70%, contra uma taxa média de 13,79% ao ano nos governos Lula e Dilma.

TAXA DE CÂMBIO

Taxa de câmbio é o preço de uma moeda estrangeira medido em unidades ou frações (centavos) da moeda nacional. No Brasil, a moeda estrangeira mais negociada é o dólar dos Estados Unidos, fazendo com que a cotação comumente utilizada seja a dessa moeda. Assim, quando dizemos, por exemplo, que a taxa de câmbio é 1,80, significa que um dólar dos Estados Unidos custa R$ 1,80. A taxa de câmbio reflete, assim, o custo de uma moeda em relação à outra. As cotações apresentam taxas para a compra e para a venda da moeda, as quais são referenciadas do ponto de vista do agente autorizado a operar no mercado de câmbio pelo Banco Central.[1]

No Brasil vigora desde 1999 o regime de câmbio flutuante, porém esse regime determina que a taxa de câmbio deve se ajustar de acordo com o mercado sem nenhuma intervenção governamental, caso isso ocorra o sistema não é propriamente dito flutuante, está mais para de flutuação administrada ou suja como é realmente o caso do Brasil. O gráfico 02 mostra os registros e valores do câmbio entre 2000 a 2015.

[pic 3]                   Gráfico 02- Câmbio Flutuante- Elaboração própria com base nos dados do Banco Central.

              O menor valor apresentado foi no ano de 2011, quando o câmbio equivaleu há R$ 1,67 e o maior valeu foi registrado no ano passado (2015), marcando em média R$ 3,33 isso ocorreu devido a fatores internos e externos sejam eles a situação econômica e política do Brasil como também a disparada do dólar que ficou mais caro no mundo inteiro e a queda das commodities como petróleo, minério de ferro e alimentos, que são produtos básicos com cotação internacional. Essas oscilações no câmbio causam efeitos temporários no nível das atividades econômicas e na inflação.

PRODUTO INTERNO BRUTO- PIB

O PIB (Produto Interno Bruto) é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia e tem como principal objetivo mensurar a atividade econômica de uma determinada região. Ele representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços produzidos em uma determinada local (país, estado ou município), durante um período específico de tempo (ano, semestre, trimestre ou mês).

No ano de 2015 a economia brasileira apresentou um fraco desemprenho, retraindo quase três por cento até o final do ano. Os fatores que ocasionaram isso foram a elevaçãoda taxa de juros (Selic) na utilização da política monetária contracionista, proporcionando a queda no consumo, a redução dos investimentos externos e a alta da inflação, que por efeitos desaqueceram a economia. O PIB nesse ano também apresentou resultados negativos, chegando a encolher 3,8% em comparação ao ano de 2014, foi a maior queda registrada desde 1996.Em valores correntes, o PIB de 2015 ficou em R$ 5,9 trilhões. O PIB per capita (que diz respeito ao produto interno bruto, dividido pela quantidade de habitantes de um país e busca mensurar o desenvolvimento do país) ficou em R$ 28.876 em 2015, com queda de 4,6% em relação ao ano anterior.

 Em 2014 o PIB brasileiro encerrou o ano com uma alta de 0,1%, foi um dos piores desempenhos da economia desde a queda de 0,2% no ano 2009 no auge da crise mundial. O valor do PIB para o ano foi de R$ 5,521 trilhões. O PIB per capita fechou o ano em R$ 27.229, uma queda de 0,7% (em volume) em relação a 2013.  Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2013 a economia brasileira teve um crescimento de 2,3%. Em valores correntes, a soma das riquezas produzidas chegou a R$ 4,84 trilhões e o PIB per capita (por pessoa) atingiu R$ 24.065. Em 2012 a economia brasileira cresceu 0,9% e em valores correntes, o PIB somou R$ 4,4 trilhões.No ano, o desempenho foi puxado, pelo lado da oferta, pelo setor de serviços, que avançou 1,7%, contra quedas de 2,3% na agropecuária e de 0,8% da indústria. A participação do setor de serviços no PIB atingiu 68,5%, a maior registrada desde 2000. Em 2011 o PIB brasileiro cresceu 2,7%, enquanto a expansão média mundial, de acordo com uma projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI), foi 3,8%. O crescimento foi afetado pela crise econômica nos Estados Unidos e na Europa e também foi prejudicado pela política contra inflação adotada pelo Banco Central, que elevou as taxas básica de juros (SELIC), desestimulando o consumo. Já o ano de 2010 foi prospero para a economia brasileira registrando um crescimento de 7,5% o maior em 24 anos. Em valores correntes, o PIB brasileiro atingiu R$ 3,675 trilhões. O PIB per capita em 2012 ficou em R$ 19.016,00. Os anos anteriores também foram de crescimento frente ao ótimo desempenho da economia do país, menos 2009 que sofreu com o impacto da crise financeira mundial.

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