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Contribuição da metodologia 5S em uma empresa fabricante de embalagem de alumínio

Relatório de pesquisa: Contribuição da metodologia 5S em uma empresa fabricante de embalagem de alumínio. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  4/4/2014  •  Relatório de pesquisa  •  6.716 Palavras (27 Páginas)  •  321 Visualizações

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CONTRIBUIÇÃO DA METODOLOGIA 5S EM UMA EMPRESA FABRICANTE DE EMBALAGEM DE ALUMÍNIO

Resumo

O 5S permite mapear e entender as fontes de desperdícios no processo como um todo e aprimorar a evolução dos empregados de forma natural nas atividades do dia-a-dia onde a contaminação e a falta de limpeza geralmente atuam como aceleradores de falhas.

O foco principal deste artigo é contribuir com a metodologia de implantação do programa de 5S em uma empresa fabricante de embalagem de alumínio da região metropolitana do Rio de Janeiro, enfatizando conceitos do Lean Management, através da melhoria contínua e avaliando o projeto através do planejamento das atividades, implantação, acompanhamento e consolidação dos resultados alcançados. Este trabalho visa mostrar como as ferramentas de análise do 5S podem contribuir para organização, disciplina e limpeza através de um estudo de caso, constatado por meio de análises em que Lavadora de latas estaria fora dos padrões de 5S. Revelando o método ser fator essencial para tornar o ambiente de trabalho agradável, seguro e produtivo.

1. Introdução

Com a influência do mercado competitivo, inovação e implantação de novas tecnologias, as empresas têm percebido a necessidade de se tornarem cada vez mais ágeis, reavaliando sua habilidade de modificar a estratégia, considerada determinante no resultado.

De acordo com Slack (1993), a vantagem competitiva em manufatura significa “fazer melhor” em cinco objetivos de desempenho: qualidade; velocidade; confiabilidade; flexibilidade; e custo. A flexibilidade é considerada uma das virtudes empresariais de diferenciação no setor industrial, pois quando utilizada de forma correta, permite com que a empresa atenda a necessidade do cliente, gerando credibilidade e diferenciação no mercado. Na visão de Porter (1991), as empresas buscam maior flexibilidade para apresentar diferenciais importantes que as permitam conquistar novos negócios contribuindo com o que está relacionado à velocidade na entrega na data prometida e desenvolvimento de seus produtos, de acordo com a tendência e a expectativa dos envolvidos.

Segundo Godinho (2009), modernos paradigmas e filosofias de gestão de manufatura tais como o Sistema Toyota de Produção/Manufatura Enxuta (LIKER, 2004), Seis Sigma

(PANDE et al., 2000) e a Teoria das Restrições, têm procurado atingir vantagens competitivas de longo prazo por meio de melhorias contínuas e incrementais no chão-de-fábrica. O modelo de gerenciamento Lean Manufacturing, considerado um modelo de manufatura enxuta, permite atender as diferentes exigências do mercado, através da eliminação de desperdícios de forma que o cliente receba o produto na quantidade e tempo desejado.

Segundo Monteiro (2000), o Sistema Toyota de Produção, Lean Manufacturing ou Produção Enxuta é uma metodologia ampla, testada e aprovada que tem o objetivo de redução de custos pela eliminação de perdas em todo o processo produtivo. E em um sistema ideal de trabalho, pessoas, máquinas e materiais operam coordenadamente em processos eficientes de um ambiente seguro, sem poluição, produtivo, focado nas necessidades dos clientes e lucrativo. Ainda neste conceito, Antunes (1998) afirma que Sistema Toyota de Produção (STP) ou Lean Manufacturing, surgiu originalmente para reduzir custos de fabricação, aumentar a flexibilidade no tocante a alterações no mix, introdução de novos produtos e tempo de resposta, melhorando a qualidade dos produtos e promovendo a inovação.

Entretanto, Godinho (2009) afirma que apesar da imensa literatura que descreve e defende estes tipos de programas de melhoria, falta o claro entendimento das condições sob as quais se espera que estes programas funcionem bem e de como estes programas realmente auxiliam na obtenção de vantagens competitivas relativas a alguma variável específica. Defende ainda, que existem na literatura apenas alguns poucos modelos que auxiliam no entendimento de como esforços para melhoria direcionados a diferentes aspectos da manufatura afetam variáveis de desempenho-chave da manufatura, a melhoria contínua.

O 5S foi tomado como base pata implantação dos novos modelos de gestão (new management mode). Segundo Campos (1999), um Programa 5S visa mudar a maneira de pensar das pessoas na direção de um melhor comportamento, para toda a sua vida. Silva et al (2001) acredita que alguns dos motivos que conduzem o fracasso do Programa 5S são gradualmente os empregadosque deixam de conversar/questionar sobre o tema; os avaliadores de 5S que deixam de realizar algumas auditorias o que faz com que o programa perca a credibilidade e a falta de planejamento das ações/etapas seguintes.

Para Soares et al (2001) a impossibilidade de reunir todos os colaboradores em muitas situações é um entrave à condução do programa e a dificuldade de implantação na difícil quebra de paradigmas organizacionais criados no decorrer da história da organização, o que provoca a resistência quanto às mudanças.

O presente artigo tem como objetivo realizar uma avaliação crítica do grau de maturidade de implantação da metodologia 5S em uma fábrica de embalagens de alumínio, corrigindo oscilações nos percentuais de eficiência fabril, além de propor ações de desenvolvimento de metodologia e em nível de ferramenta para a indústria envolvida.

É importante ressaltar que a pesquisa faz parte do PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA vinculada a COORDENAÇÃO DOS PROJETOS DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA da UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA, portanto é parte de uma pesquisa maior, que tem como objetivo a elaboração de uma proposta de trabalho metodológico para a aplicação do Sistema Toyota de Produção (STP), à indústria siderúrgica e metalúrgica no Estado do Rio de Janeiro. Tal projeto está em fase de levantamento bibliográfico e coleta de material de pesquisa e visita às empresas do ramo siderúrgico e metalúrgico.

2. Fundamentos do 5S

O programa 5S é uma ferramenta de gestão simples, permitindo a participação e o envolvimento de todos os níveis organizacionais. Porém é importante ressaltar que por ser uma atividade que requer facilidade na implantação, nem sempre é dada a devida dedicação e persistência necessária à manutenção do programa. Segundo Embrapa (2007) o 5S é considerado o primeiro e o principal passo para um programa de gestão da qualidade,

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