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Escoamento do café

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Por:   •  15/10/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.328 Palavras (10 Páginas)  •  293 Visualizações

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ESCOAMENTO DO CAFÉ

Com o aumento da produtividade de café na região sul do estado de Minas Gerais, a exigência dos consumidores por boa qualidade e diversificação de produtos no setor agroindustrial cafeeiro, nota-se a importância de maiores cuidados em tecnologias de colheita; pós - colheita; beneficiamento (classificação e limpeza); processamento (pela diferenciação de produtos elaborados com a mesma matéria - prima) e fatores que afetam os tempos para os produtos acabados; seus custos de transporte e armazenamento. Estes são fatores chave da logística tanto local, regional, nacional ou global. A distribuição da produção de café do Sul de Minas Gerais se dá por vários elos da sub-cadeia produtiva do café, tais como intermediários, cooperativas, torrefadoras, portos secos, portos marítimos e contrato direto produtor - importador ou mesmo, atacado, varejo e consumidores finais. Dentro de cada setor do agronegócio do café, nota-se a intenção da "mais - valia". Esta é caracterizada aqui como a margem de comercialização e o markup, que a primeira pode ser conceituada como a fatia do valor final de um bem que comercializado por cada intermediário que agrega valor ao produto para remunerar seus serviços e insumos, que não seja a matéria - prima. Já o markup tende a averiguar qual o acréscimo do preço em cada "elo" da cadeia produtiva, ou, cada "nicho", ou "ponto" de mercado. Resolvendo esses dois processos tem a análise logística de armazenamento. Para a análise logística de transporte é utilizado aqui à ferramenta tecnológica infoguia rodoviário. Trata-se de um programa computacional que distingue a distância percorrida entre regiões e os possíveis custos de transporte e tempo gasto na distribuição do produto, neste caso, o café. Por meio dessas três ferramentas citadas acima, este trabalho nos mostra como se dá o processo logístico do escoamento da produção de café em grão do Sul de Minas Gerais pela COOXUPÉ, maior cooperativa de café do mundo, caracterizada como grande negociadora, armazenadora e exportadora de café em grão. Pelo porto seco de Varginha, onde se situa a Estação Aduaneira do Interior (EADI), responsável por grande parte do fluxo físico, fluxo de capital e fluxo de informações relativas ao café não só de Minas Gerais, mas também do Brasil.

Museu do Café

Situado no coração de Santos, o palácio da Bolsa Oficial de Café completou 90 anos de existência no ano de 2012. A Bolsa de Café, no entanto, nem sempre funcionou no edifício que a tornou famosa. Criada por decreto federal, ela iniciou suas atividades em 1917 em uma pequena repartição nas rua XV de Novembro com a rua do Comércio, no centro da cidade. O local contava com salas funcionais que pouco diferia do ambiente interno de Comissárias ou Exportadoras da época.

O vitral "A visão de Anhanguera" no teto do grande salão da Bolsa do Café Com o aumento do volume das negociações, a construção de uma sede própria passou a assunto prioritário. E, de uma pequena repartição a um palácio, a história da nova sede da Bolsa Oficial de Café traduz arquitetonicamente a construção simbólica do espaço a ser ocupado pelo café no Brasil e no exterior. A construção do Palácio, de estilo eclético, envolveu fulano sicrano beltrano, e é considerada a mais importante obra do período, tendo sido a primeira edificação do estilo a ser tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional), em 2009. Estilo, volume, cúpulas de cobre, grandes esculturas, vitrais, mármores, o trabalho de artífices estrangeiros e obras de arte construíram o discurso que relacionava a elite cafeeira aos primeiros bandeirantes enquanto construtores pioneiros de uma nação capitaneada por São Paulo. Os painéis e o vitral de Benedicto Calixto, na portentosa sala do pregão, tem importância fundamental na tradução visual deste discurso: no tríptico, o pintor imagina a cena de leitura do foral da Vila de Santos por Braz Cubas; nos painéis laterais, a representação da Vila de Santos em 1822 em comparação à cidade em 1922; e, finalmente, o vitral que cria – com bandeirantes, a agricultura, o porto, e o café – uma mitologia da nação. Todo esse complexo e denso conjunto de informações, aliados a diversos símbolos maçons - como a estrela de seis pontas no chão do pregão, a organização do cadeiral e as colunas - passam uma clara mensagem da força da presença do café na riqueza do Brasil. As palavras do presidente da Bolsa na ocasião, Gabriel Orlando Junqueira, sintetizam a intenção maior que se traduziu na edificação: esta inauguração tem uma significação ampla. Não representa apenas a prosperidade material de uma civilização embrionária, como a de então. A inauguração deste edifício atesta a importância e a prosperidade do primeiro Estado da União, a grandeza de sua lavoura inteligentemente organizada, de suas bem distribuídas vias de comunicação, de suas indústrias e de seu comércio. Atesta a belíssima administração do Estado de São Paulo, a alta concepção do poder legislativo do Estado e de seu Governo, regulamentando, organizando e providenciando os meios para tornar esta instituição útil ao Estado e a todos que se dedicam ao comércio do café. Atesta a sua grande prosperidade e grau de civilização a que atingiu.

Assim, podemos dizer que o palácio da Bolsa Oficial de Café é um edifício-monumento do café e seu espaço político e simbólico na década de 1920, no Estado de São Paulo. E, hoje, aos 90 anos, como sede do Museu do Café, o palácio oferece ao grande público não só sua beleza e suntuosidade, mas a possibilidade de percorrer a história que construiu o café brasileiro como patrimônio nacional e internacional, da planta à xícara. Museu do Café um dos principais pontos turísticos da cidade de Santos, o Museu do Café foi criado em 1998 com o objetivo de preservar e divulgar a histórica relação entre o café e o Brasil. Entre objetos e documentos que formam seu acervo é possível perceber como a evolução da cafeicultura e o desenvolvimento político, econômico e cultural do país estão intimamente ligados. Uma relação que começou em meados do século XVIII e que se mantém forte até hoje. A estreita relação entre a cafeicultura e o desenvolvimento do Brasil está registrada na exposição de longa duração “A trajetória do café no Brasil”. Dividida em três módulos - O café e o trabalho, Café e novas rotas e Santos e o porto – a mostra permite ao visitante uma verdadeira viagem no tempo. O passeio pela história começa com a chegada das

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