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Logística da indústria de laticínios no Brasil

Relatório de pesquisa: Logística da indústria de laticínios no Brasil. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  11/7/2014  •  Relatório de pesquisa  •  2.175 Palavras (9 Páginas)  •  254 Visualizações

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RESUMO

O desempenho das empresas tem sido avaliado de acordo com sua produção, distribuição e administração de suas atividades. Nesse contexto, a logística contribui para tornar mais eficiente as atividades de toda a cadeia produtiva, desde o produtor de leite até o consumidor final. Neste trabalho, será estudada a indústria de laticínios, a que processa o leite,

tendo como produto final esta matéria prima e seus derivados. Entretanto, muitas vezes foi afirmado que determinadas empresas que atuam nesta indústria pertencem à indústria de alimentos, isto porque estas empresas, denominadas de multi-produtos, produzem não somente leite e derivados, mas também outros tipos de alimentos. As relações, operações

e especificidades da indústria de laticínios serão estudadas através de dois casos: a Cooperativa Central dos Produtores de Leite (CCPL) e a Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR/ Itambé). São cooperativas com diferenças e similaridades quanto à distribuição e à logística, mas que, apresentam as mesmas dificuldades na implantação de novas tecnologias para modernizar suas atividades.

Introdução

O Complexo Agroindustrial (CAI) é formado por várias indústrias agropecuárias processadoras de bebidas, alimentos, inclusive aquelas que produzem insumos e equipamentos para a produção destas indústrias.

Na indústria de laticínios há muitas empresas dividindo o mercado e entre elas encontram-se empresas multinacionais, nacionais e cooperativas. Num mercado concentrado, empresas multinacionais detêm uma grande parcela do mesmo como Nestlé, Parmalat, Danone, Fleischmann Royal, onde cada uma destas, com suas características, possui altos investimentos em tecnologia, marketing, produção, entre outras etapas da cadeia produtiva e da distribuição.

Quanto às cooperativas, no sul do país a Batavo (cuja parte foi comprada pela Parmalat), do Paraná, e a Cooperativa Central Gaúcha de Leite (CCGL), que produz o leite longa vida Elegê, possuem destaque em vendas e na mídia. No sudeste, a Itambé (Minas Gerais) e a Paulista (SP) têm vendas expressivas nos estados em que estão localizadas e nos adjacentes, assim como a CCPL, devido à sua tradição, no Estado do Rio de Janeiro.

Industria de Laticínios no Brasil: estrutura, produção e competitividade.

A indústria de laticínios brasileira é composta por empresas multinacionais (Nestlé, Parmalat, Danone, F&R), cooperativas e empresas nacionais. O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de leite, mas com baixa produtividade, que pode ser explicada pela utilização de vacas de raças impróprias para a produção de leite, pela não utilização de confinamento, entre outras técnicas. A baixa produtividade do leite no Brasil se explica pelo uso inadequado da tecnologia nas fazendas, da higiene e sanitização dos animais e do local das ordenhas. Como nem todos os produtores de leite podem arcar com esse investimento, muitos têm de abandonar a atividade. Aqueles que permanecem conseguem produzir mais do que alguns produtores sem tecnologia unidos.

A CCPR tem se destacado em vendas, com o aumento da sua capacidade produtiva conseguido pela construção das usinas de Sete Lagoas e Pará de Minas, já a CCGL, para enfrentar a Parmalat, investiu em controle genético, programas especiais de plantio de pastagens e controle sanitário.

A distribuição da recepção diária de leite está dividida entre a Nestlé, Parmalat, Paulista, Itambé, CCGL e Vigor, que investem em coleta a granel e passam a selecionar aqueles produtores mais profissionalizados. Com o Mercosul, há um estímulo para que as empresas se modernizem, se integrem e tenham qualidade em seu processo e produtos. Nesse setor existe um trinômio: qualidade, custo e diversificação de produtos, por isso muitas empresas buscam fusões ou parcerias para reduzir as desvantagens.

Em relação à modernização da pecuária leiteira, os grandes pecuaristas estão pressionando as cooperativas para a adoção de novas tecnologias usadas por eles a fim de valorizar o produto final. A coleta a granel representa esse esforço, embora não tenha sido totalmente implantada no país. Com isso, manifesta-se uma reação em cadeia em todo o setor lácteo. Ao serem pressionadas, as cooperativas incentivam seus produtores a investir em tecnologia, preparam projetos para financiamentos para a compra de resfriadores e outros equipamentos, treinam seus produtores, entre outros procedimentos.

1

Artigo científico originário da dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção, pela COPPE/UFRJ, defendida em 12 de

dezembro de 1998, sob orientação do Professor Michel Jean-Marie Thiollent.

2

Professora da UniCidade.

Armazenagem, Equipamentos e Transportes

O modelo logístico de transporte de materiais, componentes e produtos acabados de suas fontes de produção para o mercado que vigora atualmente, mas que é, segundo Harmon (1994), ultrapassado, tenderá a ser substituído. Este modelo exige grandes gastos em transportes e armazenagem; contudo, a melhoria de transportes e armazenagem não resolve os problemas de uma infra-estrutura industrial defeituosa. Muitos empresários constroem gigantescas instalações de produção em um local único, distante de fornecedores e de grandes segmentos do mercado regional, nacional e internacional. Estes empresários deixam de construir pequenas instalações de produção em meio a concentrações de mercado, com a redução do transporte e das instalações de armazenagem entre os produtores e os seus mercados, o que seria inteiramente possível. Os estoques são partes determinantes no atendimento aos clientes, já que quanto maior o tempo para repor baixos níveis de estoques, mais grave tenderá a ser a deterioração do atendimento aos clientes durante este período. Isto significa que os estoques podem comprometer o atendimento de uma empresa, mesmo que as outras partes do fluxo estejam planejadas adequadamente.

Tecnologia e Sistema de Informação na Logística

Atualmente, existem tecnologias e sistemas de informações que permitem um intercâmbio entre fornecedores e clientes, facilitando a transferência dos dados de reposição dos estoques e da demanda do ponto de vendas até o fornecedor, não só de produtos, mas também

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