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O Equilíbrio da Crise

Por:   •  26/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.349 Palavras (6 Páginas)  •  140 Visualizações

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  1. Matriz de atividade individual*

Módulo:2

Atividade:

Título: Equilíbrio da crise

Aluno: Felipe Burrowes Câmara

Disciplina: Introdução à Economia

Turma:119

Introdução

   A economia, como muitas coisas da vida, é cíclica. Assim como todo ciclo apresenta altos e baixos, crises e euforias. Cada vez que há uma crise, modelos econômicos, teorias, obras de grandes pensadores como Adam Smith, Karl Marx, John Keynes e Milton Friedman vêm à tona para explicar o que estamos passando.

   Essas crises nos ensinam e por pior que sejam, elas passam e voltam com outro formato ou origem.

Características principais da Escola Clássica

   Na Escola Clássica, sob influência do iluminismo e John Locke, partindo do pressuposto a escassez de alimentos  grande número de trabalhadores rurais, fizeram com que os pensadores fisiocratas acreditassem que somente a força rural seria a responsável pela criação, cabendo então à indústria a transformação para o consumo.

   Como principais características dessa Escola temos correntes como fisiocratas que acreditavam que a agricultura como única a gerar riqueza, e correntes liberais que  estavam com a visão voltada mais à questão macroeconômica, como as exportações e saldos da balança comercial, ao mesmo tempo em que, paradoxalmente, defendiam restringir as importações.

   Outra característica importante é que houvesse o crescimento a longo prazo através da distribuição de renda e acúmulo de capital.

   Essas características são justificadas pelos pensadores da época. Adam Smith, tido como o Pai da Economia, defende a concorrência, define qual seria o papel do estado (controle das taxas de juros, emissão de moeda, proteção à propriedade privada).

   Nesse período também David Ricardo definiu como se daria o valor às coisas. Esse valor seria determinado pelo trabalho empregado à mercadoria.

   Já Malthus defendia que houvesse um mecanismo para a limitação da população menos favorecida, cabendo, inclusiva às guerras esse papel de limitação populacional. Malthus observa que enquanto a população cresce em progressão geométrica, os alimentos são produzidos em progressão aritmética.

   Com base nisso, outro economista da Escola Clássica, Karl Marx vai de encontro com o defendido por Adam Smith. Influenciado por David Ricardo, Marx desenvolve a Teoria do Capital, sobre as condições dos operários, a produção excedente gera luxos, trata a moda como determinante de uso e o uso como determinante do valor. Marx também redefine alguns conceitos de capital, trabalho e mercadoria e cria outros como Mais-valia que trata da relação entre o valor produzido e o valor recebido pelo operário e o conceito de valor-de-uso que leva em conta a relação entre o produto e a pessoa que faz o seu uso.

   Nota-se que são modelos que definem a base da Economia até os dias atuais. Percebe-se que na Escola Clássica o foco são os fundamentos e a livre concorrência, a mínima interferência do Estado e as questões sociais.

Características principais da Escola Neoclássica

   Os principais pensadores da Escola Neoclássica passam a observar outros fenômenos e focar as margens de lucro, sendo esse o ponto inicial de tomadas de decisões.

   Foram desenvolvidas as teorias da Utilidade Marginal e da Teoria de Preços. Essas teorias visavam um entendimento maior da Economia.

   Um dos conceitos mais importantes desenvolvidos na Escola Neoclássica é o de escassez, em que o valor de bens são definidos de acordo com a sua escassez. Consequentemente, estudando a alocação de recursos para a produção de um ou mais bens. Algo até então, uma questão que Adam Smith ainda não havia desvendado.

   Outras questões estudadas pela Escola Neoclássica são: a preocupação com o equilíbrio, equilíbrio inflacionário e questões relacionadas à microeconomia que influenciam a macroeconomia.

Semelhanças entre as Escolas Clássica e Neoclássica

   O ponto em que há mais semelhança entre as Escolas é, como dito anteriormente, é a proteção à propriedade privada e a concorrência, ambos com o respaldo do Estado.

Características da Teoria Keynesiana

   Trata-se do conjunto de idéias de John Keynes que propõem a intervenção do Estado com a intenção de um regime a pleno emprego. Essa teoria foi fundamental durante o período da Grande Depressão, caudada pela queda da Bolsa de Valores de Nova Iorque em outubro de 1929.

   Contudo, a pesar de ser um modelo amplamente utilizado no mundo inteiro até a década de 1970, ele não obteve sucesso. “O objetivo do keynesianismo era manter o crescimento da demanda em paridade com o aumento da capacidade produtiva da economia, de forma suficiente para garantir o pleno emprego, mas sem excesso, pois isto provocaria um aumento da inflação. Na década de 1970 o keynesianismo sofreu severas críticas por parte de uma nova doutrina econômica: o monetarismo. Em quase todos os países industrializados o pleno emprego e o nível de vida crescente alcançados nos 25 anos posteriores à II Guerra Mundial foram seguidos pela inflação. Os keynesianos admitiram que seria difícil conciliar o pleno emprego e o controle da inflação, considerando, sobretudo, as negociações dos sindicatos com os empresários por aumentos salariais. Por esta razão, foram tomadas medidas que evitassem o crescimento dos salários e preços, mas a partir da década de 1960 os índices de inflação foram acelerarados de forma alarmante.”

Diferença entre a Teoria Keynesiana e a Escola Liberal

   Para a escola liberal, “todas as regras que se interpunham no caminho da acumulação de lucros deveriam ser abolidas. Muitas das deficiências do mercado são consequências das interferências do Estado. É preciso se livrar delas e as crises são momentos adequados para tal feito.”, como escreve ROCHA em seu texto. Esse pensamento vai contra o pensamento de Keynes, visto que ele defende que o governo deveria gastar e comprariam grande parte dos bens e serviços, colocando a economia em movimento novamente.

Alternativas para a crise atual a partir da teoria Keynesiana e da Teoria Liberal

 

   Levando-se em conta a crise ocorrida em 2008 nos Estados Unidos, os bancos estavam vendendo hipotecas sobre hipotecas. O sonho americano de uma casa própria tornava-se realidade. Porém, a população ao não conseguir honrar seus compromissos financeiros, deixaram de pagar as hipotecas causando assim um colapso no mercado financeiro norte americano e consequentemente, mundial.

   Após alguns bancos irem à falência bancos de investimentos e quase empresas sólidas como GE e as seguradoras das hipotecas, como AIG. A solução do Tesouro Americano foi injetar capital do estado comprando os ativos tóxicos dos bancos para que estes se estabilizassem e consequentemente, voltassem a fazer empréstimos à população.

   Como pode-se verificar, para a crise o ideal seria uma combinação entre as duas teorias e o tempo seria o determinante de quando uma ou outra se fariam valer. ROCHA afirma que “Até agora, governos de vários países acenam para a disponibilidade de vultosas cifras públicas para quitar disparates do setor privado. É idiossincrático. Políticas de auxílio financeiro para o resgate de organizações quase falidas - isto é, verdadeiras estatizações - estão sendo realizadas pelos países de economias mais liberais. Isso acontece porque o capitalismo é liberal no que lhe é conveniente, mas é muito bem socialista no que lhe é prejudicial.”  

Conclusão

   Verifica-se que as crises são cíclicas e junto com elas voltam todos os ensinamentos dos intelectuais da economia. Hoje, o grande desafio é equilibrar as atuações do Estado e até onde as instituições privadas podem chegar sem que a população seja tão atingida. Há tempos estudamos economia e até então não chegamos a esse equilíbrio. Talvez seja essa a fonte das crises, a falta de equilíbrio entre as instituições privadas e o governo. Como lembra o texto de ROCHA “o capitalismo é liberal no que lhe é conveniente, mas é muito bem socialista no que lhe é prejudicial.”

Referências bibliográficas

Economiabr.net – disponível em http://www.economiabr.net/teoria_escolas/teoria_keynesiana.html

ROCHA, Alexandre Pereira. Soluções para crise, de Keynes a Friedman. Disponível em: . Acesso em: abr. 2012.

FLYNN, Sean Masaki. Ph.D - Economia para Leigos – Editora Alta Books – Rio de Janeiro 2009.

Too Big To Fail – Filme de Curtis Hanson – 23/05/2011

*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.

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