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Resenha da Obra "A história da riqueza do homem"

Por:   •  27/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  5.290 Palavras (22 Páginas)  •  638 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE ECONOMIA

Driele Menezes Martinez

RESENHA DA OBRA “HISTÓRIA DA RIQUEZA DO HOMEM”

Salvador

2015

Driele Menezes Martinez

RESENHA DA OBRA “HISTÓRIA DA RIQUEZA DO HOMEM”

Trabalho apresentado à Faculdade  de Economia  da Universidade  Federal  da  Bahia, como  uma  das avaliações  para  o  componente  curricular Introdução às Teorias Econômicas, ministrada  pelo  professor  Hamilton de Moura Ferreira Junior

Salvador

2015

Biografia

Nascido em 17 de outubro de 1903 na cidade de Newark, nos Estados Unidos, Leo Huberman foi um jornalista e escritor marxista. O escritor faleceu em 9 de novembro de 1968 em Paris, na França.

Ficou conhecido principalmente pela obra “A história da riqueza do homem” publicada em 1936 e baseada em uma pesquisa feita na Faculdade de Economia de Londres.

Além das suas 14 obras, Huberman fundou e co-editou a revista Monthly Review; foi nomeado chefe do Departamento de Ciências Sociais do New College da Universidade Columbia e foi editor laboral do jornal PM.

Resumo da obra “A história da riqueza do homem”

HUBERMAN, Leo. A história da riqueza do homem. 22. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014.

O autor inicia seu livro mostrando a transição do feudalismo ao capitalismo, o marco inicial da economia no mundo. No feudalismo o controle estava na mão dos senhores feudais, aonde os arrendatários produziam para sí próprios e para os senhores feudais, sem receber nada por esse serviço, já que o senhor já estava cedendo a terra para essa produção. Os arrendatários eram principalmente nobres e cidadãos comuns. Na época feudal, quanto mais terra um homem possuísse, mais rico ele era considerado, sendo então a Igreja o maior dos senhores feudais, pois era dona da maior parte das terras. 

Como as roupas e alimentos eram produzidos nos feudos, quase nada era comprado. Quando se precisava de algo que estava em falta, era trocado por algo que estava em excesso no feudo, o que não era muito comum, já que, como não existia muito comércio, geralmente eram produzidas apenas as quantidades necessárias para suprir as necessidades dos habitantes do feudo. Era difícil existir comércio fora dos feudos, pois, cada um tinha a sua própria moeda e unidades de medida distintas, além de que as estradas eram precárias e era cobrado pedágio. 

O comércio começou a ganhar força com o final das cruzadas, já que os cruzados retornavam das jornadas com gostos por comidas e roupas diferentes. Começaram a ter feiras em diversas cidades, com o uso do dinheiro substituindo a troca de mercadorias, pois ficava mais fácil de movimentar o comércio.

Com o surgimento do comercio, começaram a se formar novas cidades, que surgiram primeiro na Itália e Holanda, pois nesses países o comércio tinha uma expansão rápida. As pessoas começaram a migrar das cidades feudais para trabalhar no comércio. Os mercadores se uniram em associações, as chamadas Corporações, a fim de conquistar a liberdade necessária para a expansão das cidades. Esses mercadores lutavam pelo fim do arrendamento de terras; tribunais próprios; fixar seus próprios impostos; etc. Porém, só aos poucos que as cidades conseguiram conquistar a sua liberdade. 

As associações de mercadores determinavam os preços, fiscalizavam as mercadorias que entravam e saiam, eliminavam as concorrências de fora, etc. Além disso, eles tinham o monopólio do controle do mercado. Para ser um membro, era preciso seguir as regras da associação. Aqueles que as desrespeitavam, eram expulsos. 

Com o surgimento dos mercados, a riqueza em capital passou a ser mais importante do que a riqueza em terras, o que deu inicio a um novo grupo na sociedade: a classe média. 

No inicio da Idade Média, o empréstimo de dinheiro com juros era considerado usura, e passou a ser proibido pela igreja, já que a usura é uma forma de pecado. A cobrança de juros era considerada venda de tempo, e, para igreja, o tempo pertencia apenas a Deus e não poderia ser comercializado. Os comerciantes podiam receber apenas o que era considerado justo pelo seu trabalho, pois não era considerado ético acumular mais dinheiro do que o necessário para sua manutenção própria. 

Porém, essa doutrina do pecado da usura começou a atrasar a vida dos comerciantes e, com o tempo, passou a ceder. Se o empréstimo fosse tomado por algum motivo que não fosse necessidade de sobrevivência daquele que toma o emprestimo, a cobrança de juros não era considerada pecado. 

Com o surgimento das cidades os servos, que antes eram presos aos seus senhores, começaram a ter uma oportunidade de melhorar suas condições de vida. Para se tornar dono da sua própria terra, era preciso pagar anualmente por ela, pagar o dízimo, obedecer em todas as questões eclesiásticas e pagar anualmente dois marcos para cada 100 jeiras pelo privilegio de manter tribunais próprios. Essa mudança foi muito lucrativa para os senhores de terra e pra igreja, pois, as terras paradas se tornariam produtivas e eles ainda receberiam dos camponeses para cultiva-la. 

O arrendamento de terra tornou possível que os camponeses pagassem pelas suas terras com dinheiro, e não com o trabalho, como acontecia quando estavam presos aos seus senhores. E agora podiam produzir em grande quantidade, e comercializar a parte que sobrasse, o que gerou um grande crescimento dos mercados, além de facilitar a vida das pessoas, possibilitando que elas produzissem um produto e comprassem o restante que fosse necessário para ela com os lucros de suas vendas. 

Alguns senhores feudais, com interesse de investir nos tecidos do oriente, começaram a vender as terras para os camponeses ao invés de "aluga-las", porém nem todos achavam esse negocio vantajoso, preferindo manter os seus servos. O principal adversário dessa "emancipação" era a igreja, gerando revolta nos servos e burgueses. 

O principal fator para a liberdade dos servos foi a Peste Negra, pois eles começaram a cobrar mais pelos seus serviços, já que a maior parte da população havia morrido por conta da doença. Essa atitude irritou os senhores, o que gerou muita violência de ambos os lados, além de vários camponeses enforcados. Com isso, a velha organização foi rompida por pressão das forças econômicas, e, no século XV a maioria dos camponeses já havia conquistado total emancipação. Essa possibilidade de comprar, vender e trocar as terras livremente foi o que marcou o fim do mundo feudal. 

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