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Trabalho de Conclusão de Curso

Por:   •  24/3/2020  •  Dissertação  •  7.719 Palavras (31 Páginas)  •  134 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Letícia Spina Arruda

FINANÇAS COMPORTAMENTAIS: UM ESTUDO COMPARATIVO UTILIZANDO A TEORIA DO PROSPECTO APLICADA AOS ALUNOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS.

Varginha/MG

2018

LETÍCIA SPINA ARRUDA

FINANÇAS COMPORTAMENTAIS: UM ESTUDO COMPARATIVO UTILIZANDO A TEORIA DO PROSPECTO APLICADA AOS ALUNOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS.

Trabalho de conclusão de pesquisa apresentado ao Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal de Alfenas/MG como quesito para conclusão da graduação em Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Economia.

Orientador: Marçal Serafim Cândido.

Varginha/MG

2018

RESUMO

        As Finanças Comportamentais possuem como objetivo central apresentar um modelo mais detalhado do comportamento humano em decisões financeiras que envolvam risco, sob condições de incerteza. A partir dessa premissa, afirmam também que os agentes estão sujeitos a vieses que os desviam de uma decisão totalmente racional. O presente artigo tem como objetivo verificar se os acadêmicos dos cursos de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Economia, Ciências Econômicas com Ênfase em Controladoria, Ciências Atuariais e Administração Pública da Universidade Federal de Alfenas – Campus Varginha apresentam suscetibilidade a tomar decisões errôneas, mesmo que o ambiente os forneça informações que direcionam para uma decisão racional. Em virtude disso, optou-se por uma metodologia descritiva, através do uso de questionários, com questões objetivas em uma amostra de 68 alunos, onde foi possível verificar possíveis decisões equivocadas. Os resultados obtidos confirmam que os indivíduos, apesar de possuírem informações que funcionam como vetores de conhecimento, são suscetíveis a tomarem decisões que os afastam da plena racionalidade no campo financeiro.  

Palavras chave: Finanças Comportamentais, racionalidade, risco, Teoria do Prospecto.

SUMÁRIO

1.        INTRODUÇÃO        5

2.        REFERENCIAL TEÓRICO        6

3.        METODOLOGIA        11

4.        RESULTADOS        13

5.        CONSIDERAÇÕES FINAIS        22

6.        REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        23

  1. INTRODUÇÃO

A Microeconomia neoclássica aborda o processo decisório através da Teoria da Escolha e da Teoria da Utilidade Esperada (TUE), onde a base se dá na ideia de que todos os agentes de uma economia são racionais e utilizam as informações de maneira correta, de forma a maximizar sua utilidade. Para Baldo (2007), os modelos clássicos de decisão não levam em consideração a influência das emoções no comportamento do ser humano.

Nos últimos anos, as Finanças Comportamentais vêm ganhando espaço nessas discussões acerca da racionalidade ilimitada. Ela surge como uma forma de contrapor as Teorias Tradicionais e afirmam que os agentes não são totalmente racionais. De acordo com Fellipe et al. (2009) a partir do momento que estudos sobre esse tema vão sendo realizados, cada vez mais os resultados apresentados são contrários àquelas apresentadas pelas Teorias Clássicas e os modelos vão ficando cada vez mais limitados.

O trabalho a seguir é feito a partir da pesquisa de Kahneman e Tversky (1979), que formularam a Teoria do Prospecto. Essa teoria se opõe a Microeconomia Neoclássica através das buscas por heurísticas de decisão que afetam a racionalidade do agente dentro de uma economia. Três efeitos foram abordados: o efeito reflexo, certeza e isolamento. O efeito reflexo pode ser observado quando um agente é avesso ao risco no campo dos ganhos, porém se torna propenso no campo das perdas; o efeito certeza se dá quando o agente prefere um ganho provável, mas quando o ganho se torna possível e não provável, eles optam pela aposta de maior valor; já o efeito isolamento é observado quando há comportamentos diferentes em duas questões iguais, porém apresentadas de maneiras diferentes.

Dessa forma, essa pesquisa investiga a tomada de decisão de risco sob condições de incerteza entre alunos da Universidade Federal de Alfenas – Campus Varginha, objetivando verificar de que forma a passagem pela universidade influencia  as escolhas dos discentes no momento de tomar uma decisão. Variáveis como o tempo em que estava na graduação, idade e gênero foram analisados. A metodologia utilizada foi a aplicação de questionários baseados nas pesquisas de Kahneman (2011) no primeiro e sexto período do curso Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Economia, Ciências Econômicas com Ênfase em Controladoria, Ciências Atuariais e Administração Pública. Em seguida, os dados foram analisados entre si, para saber se há comportamentos distintos entre os alunos dos cursos e se os alunos dos mesmos cursos apresentaram diferentes comportamentos diante das questões do questionário.

Os resultados apontam o que as Finanças Comportamentais já vinham afirmando. Por mais que as informações sejam um vetor de conhecimento e propõem um direcionamento no momento de escolha, as pessoas que, por diversos fatores, podem se equivocar e usar essas informações de forma indevida, o que pode acabar em decisões errôneas.

Essa pesquisa está organizada em três capítulos. O primeiro capítulo a seguir é uma revisão da Microeconomia Clássica e suas premissas e a oposição das Finanças Comportamentais quanto a isso; no segundo capítulo é descrita a metodologia utilizada nesse trabalho; e no último, apresentam-se os resultados dessa pesquisa juntamente com a análise dos dados. As considerações finais, finalizam essa investigação.  

  1. REFERENCIAL TEÓRICO

Os modelos presentes na microeconomia neoclássica utilizam como base a ideia de racionalidade ilimitada, ou seja, a premissa de que os agentes são perfeitamente racionais, processando corretamente toda a informação disponível, com preferências estáveis, de forma que maximizem a utilidade¹ proveniente dessas preferências. O que explica como os agentes tomam decisões sob condições de incerteza e maximizam sua utilidade é chamada de Teoria da Escolha, analisando a preferência dos agentes através de um plano de consumo de contingência.

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