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A Crise Financeira Mundial E Seus Impactos Na Exploração E Produção De Petróleo No Estado De Sergipe.

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Por:   •  18/7/2013  •  1.601 Palavras (7 Páginas)  •  861 Visualizações

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Resumo: O Capitalismo selvagem que é disseminado pelo mundo, vem gerando uma busca incessante por ganhos cada vez maiores, a competitividade acirrada das empresas e dos governos só vem crescendo. Com isso as especulações e a forma dos Governos tratarem a pasta financeira em seus Países, podem determinar, devido à globalização, uma onda de incertezas generalizada, pois não se pode gerir de forma amadora uma empresa, uma nação, não se pode gastar mais do que se arrecada, faz-se necessário medir as consequências dos atos, é determinante que haja lastro financeiro para tomadas de decisão, que de alguma forma possa ferir a saúde financeira de uma empresa, de um País. Devido à globalização, a volatilidade dos mercados é claramente visível, e a saúde financeira de uma instituição, em que estar preparada para as oscilações financeiras cada vez mais constantes no mundo.

Palavras-chave: Capitalismo. Globalização. Especulação. Crise. Financeira

INTRODUÇÃO

Esse trabalho vem explicitar a origem da Crise Financeira Mundial, seus desdobramentos no mundo, tanto na área financeira, quanto nas áreas políticas e sociais. Mostraremos resumidamente os impactos dessa crise, na exploração e produção de petróleo no Estado de Sergipe.

A crise financeira de 2008 foi à maior da história do capitalismo desde a grande depressão de 1929. Começou nos Estados Unidos após o colapso da bolha especulativa no mercado imobiliário, alimentada pela enorme expansão de crédito bancário e potencializada pelo uso de novos instrumentos financeiros, a crise financeira se espalhou pelo mundo todo em poucos meses. O evento detonador da crise foi à falência do banco de investimento Lehman Brothers no dia 15 de setembro de 2008, após a recusa do Federal Reserve (Fed, banco central americano) em socorrer a instituição. Essa atitude do Fed teve um impacto tremendo sobre o estado de confiança dos mercados financeiros, rompendo a convenção dominante de que a autoridade monetária norte-americana iria socorrer todas as instituições financeiras afetadas pelo estouro da bolha especulativa no mercado imobiliário.

O rompimento dessa convenção produziu pânico entre as instituições financeiras, o que resultou num aumento significativo da sua preferência pela liquidez, principalmente no caso dos bancos comerciais. O aumento da procura pela liquidez detonou um processo de venda de ativos financeiros em larga escala, levando a um processo Minskiano de “deflação de ativos”, com queda súbita e violenta dos preços dos ativos financeiros, e contração do crédito bancário para transações comerciais e industriais. A “evaporação do crédito” resultou numa rápida e profunda queda da produção industrial e do comércio internacional em todo o mundo.

Com efeito, no último trimestre de 2008 a produção industrial dos países desenvolvidos experimentou uma redução bastante significativa, apresentando, em alguns casos, uma queda de mais de 10 pontos base com respeito ao último trimestre de 2007. Mesmo os países em desenvolvimento, que não possuíam problemas como seus sistemas financeiros, como o Brasil, também constataram uma fortíssima queda na produção industrial e no Produto Interno Bruto (PIB). De fato, no caso brasileiro, a produção industrial caiu quase 30% no último trimestre de 2008 e o PIB apresentou uma contração anualizada de 14% durante esse período.

Os governos dos países desenvolvidos responderam a essa crise por meio do uso de políticas fiscal e monetária expansionistas. O Fed reduziu a taxa de juros de curto prazo para 0% e aumentou o seu balanço em cerca de 300% para proporcionar liquidez para os mercados financeiros nos EUA. Políticas similares foram adotadas pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Banco do Japão. Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama conseguiu aprovar uma expansão fiscal de quase US$ 800 bilhões para estimular a demanda agregada. Na área do euro, os governos foram liberados das amarras fiscais do Tratado de Maastricht, sendo autorizados a aumentar os déficits fiscais além dos limites impostos pelo Tratado em consideração. Esforços similares foram realizados no Reino Unido e nos países em desenvolvimento.

Na China, por exemplo, o governo aumentou o investimento público – fundamentalmente em infraestrutura – em mais de US$ 500 bilhões com o intuito de manter uma elevada taxa de crescimento econômico. No Brasil, a expansão fiscal começou antes da expansão monetária devido a um “comprometimento irracional” do Banco Central (BC) com um regime de metas de inflação muito rígido. Nesse contexto, o governo Lula aprovou um pacote de estímulo fiscal no fim de 2008, constituído de aumento do investimento público, redução de impostos e aumento do salário mínimo e do seguro desemprego. A redução da taxa de juros começou apenas em janeiro de 2009, após o colapso da produção industrial e da disseminação de rumores quanto à possível demissão do presidente do BC. Como resultado da demora no relaxamento na política monetária, o PIB declinou 0,7% em 2009.

Apesar da forte queda da produção industrial e do PIB tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, a severidade da crise de 2008 ficou muito aquém dos resultados catastróficos verificados na década de 1930. No fim de 2009, a economia americana começou a apresentar sinais positivos de recuperação, apontando para um crescimento modesto em 2010. França e Alemanha saíram da recessão técnica em meados de 2009, o mesmo ocorrendo com o Reino Unido no último trimestre desse ano.

Os países em desenvolvimento tiveram um desempenho econômico muito superior ao dos países desenvolvidos durante a crise, China foi de 8,5% em 2009, Índia foi 5,4% em 2009 e Brasil foi de 4,7% em 2009.

IMPACTO DA CRISE NA EXPLORAÇÃO DE PETROLEO EM SERGIPE

A partir de 2003, iniciou-se um novo ciclo de exploração do petróleo em Sergipe. Concorreram para a retomada dois fatores fundamentais, um relativo ao cenário externo e outro de caráter empresarial, respectivamente, a elevação dos preços no mercado internacional que tornava rentável a exploração de campos de produtividade mais baixa e a decisão da Petrobras de voltar a investir na bacia de Sergipe e Alagoas. Os investimentos deste novo ciclo concentraram-se no melhor aproveitamento dos chamados campos maduros, que requeriam novos investimentos para se contrapor à produção descendente, e na exploração de uma nova fronteira, com a descoberta do campo marítimo

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