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Por:   •  10/3/2015  •  2.607 Palavras (11 Páginas)  •  155 Visualizações

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CONSIDERAÇÕES => Viajamos em casal, e nossa aparência física é a seguinte: eu sou muito branquinha, quase transparente, e de cabelos e olhos escuros, enquanto meu marido... tem cara de japonês! (afinal é descendente). Não sei até que ponto essa nossa aparência influencia na nossa aceitação ou não, mas isso com certeza confunde muito os estrangeiros, que olhando a gente como casal não consegue identificar de onde a gente é. Normalmente eles pensam que brasileiro costuma ser mulato, negro ou pelo menos bronzeado, pois acham que aqui é sol o ano todo (outro erro!). E ao ver um rosto oriental não suspeitam que possa ser do Brasil, embora o país seja reconhecido pela miscigenação. Só isso já exemplifica um pouco como os estrangeiros percebem nosso país. A tendência é acharem que meu marido é do Japão (ou China- como estávamos na listagem do tour em Machu Picchu!), e que é casado com uma imigrante ou algo assim, por isso às vezes se assustam ao descobrir que somos brasileiros. Numa igreja em Viena por exemplo, quando fomos pedir uma informação o rapaz já se antecipou e começou a apontar para uma placa com escritos em japonês, foi bem engraçado!

Uma garota branquela e um japonês... de onde vem esse casal?

Vou tentar exemplificar através de alguns casos e frases que ouvimos a posição das pessoas em relação à gente e ao país:

Na Europa: em geral acham curioso e quase exótico sermos brasileiros e termos vindo de um lugar considerado bem distante (cruzando o oceano e no hemisfério sul), mas nos vêem com bons olhos e costumam ser simpáticos e gentis, educados, buscando sempre ajudar da forma que podem quando pedimos alguma informação por exemplo, ou mesmo parando e se dispondo a ajudar quando nos vêem com um mapa na mão.

Alguns exemplos:

Num fast food de Amsterdam: um atendente ficou super curioso sobre nossa procedência, e muito sorridente e receptivo ao saber que éramos brasileiros. Até chamou um colega para nos apresentar e conversar com a gente. Papo: sim, o futebol! (e que a gente entende super pouco e não torce para time nenhum, então o assunto não evolui muito... hahaha!)

Num hostel em Barcelona: o rapaz da recepção quis nos alertar que as imediações do Hostel podia não ser tão segura à noite, que era bom prestar um pouquinho de atenção e não expor dinheiro ou máquinas fotográficas. Quando falamos que a gente já tomava estes cuidados e que éramos do Brasil, aí ele falou que então tranquilo, ali era bem menos perigoso, pois os assaltos não incluiam armas de fogo ou ameaças como no Brasil (inclusive gesticulou com as mãos apontando como se fosse arma para a gente). Disse que ali não tinha aquilo, que o máximo que podia acontecer era alguém passar correndo e tomar algo de nossas mãos ou bolso, mas sem nunca ameaçar com armas. Ou seja: para ele a violência do Brasil está em outro patamar, bem diferente (e pior) do que a de lá. E de fato é.

O segurança da residência do presidente em Paris: em minha primeira viagem no ano 2000, um guardinha foi super simpático ao saber que éramos brasileiros. Perguntou várias coisas sobre o país, sorriu bastante (quem disse que os franceses são arrogantes e não sorriem?), nos orientou a ficar por ali e vermos a troca dos guardas que logo iria ocorrer... enfim, foi muito receptivo (FOTOS ABAIXO).

Na África do Sul: as pessoas lá já são bem cordiais, alegres e prestativas, mas quer deixá-los ainda com mais simpatia pela gente é só dizer que somos brasileiros, pois eles simplesmente adoram e acham o máximo! E sorriem, muito. E falam sobre futebol e como eles adoram isso também. Uma caixa de supermercado falou: “me leva junto com vocês para lá”. Mas percebemos que não somente porque ela parecia gostar do Brasil, mas porque achava que aqui seria muito melhor do que lá, e porque ela nos contou que NUNCA tinha viajado, nunca tinha saído dali de Joanesburgo...

Nos Estados Unidos (NY e Washington): de modo geral eles não se importam e nem perguntam de onde você é, já que está falando em inglês mesmo. Mas se acontece da gente falar que é brasileiro eles acham algo normal, visto que atualmente está infestado de brasileiros viajando por lá. Não são corteses, são bem diretos e ríspidos ao dar alguma informação. Estão sempre correndo, e parecem que não podem “perder tempo” com coisas assim. Contanto que a gente gaste nosso suado dinheirinho lá está tudo bem, a aceitação é boa. (desculpa se soa ofensivo para alguém, mas foi assim que me senti lá...)

Na Ámerica do Sul: é muito irônico, mas quando viajamos para Peru e Equador, nossos “hermanos” do Mercosul realmente não achavam que éramos brasileiros, mas sim europeus ou asiáticos. No Equador alguns até comparavam seu tom de pele com o meu (veja bem, eles são muuuuito bronzeados), e não acreditavam que eu podia morar também num país tropical com aquela cor. Muitos acharam que eu era alemã ou algo assim! hahaha (de fato tenho descendência européia: italiana por parte de mãe e alemã de pai).

Galápagos: os equatorianos super bronzeados (acima) custam

a acreditar que eu branquela assim possa ser brasileira!

Nas Ilhas Galápagos, no Equador: participamos de vários tours em grupo, e então deu para conhecer um pouquinho e conversar com pessoas (turistas) de vários outros países que estavam por lá. Abaixo alguns relatos de como eles viam o Brasil, e porque vinham (ou não) para cá.

Um casal canadense (ambos de feições japonesas) estava viajando pela América do Sul mas não quiseram conhecer o Brasil pois acham que é muito violento e tinham medo.

O jovem viajante da Bélgica não visitou ainda o Brasil pois acha tudo muito caro, disse que já orçou mas o preço fica sempre meio “pesado”.

A viajante de meia-idade da Argentina também disse que é muito caro viajar para o Brasil, que não sabe se são os impostos ou o quê, mas que ao cotar as viagens o preço é sempre muito alto e acaba não compensando ou animando visitar. Ela morava em Mar del Plata (balneário turístico e de certa forma caro), e disse exatamente o seguinte: “para o argentino sai mais barato ir e voltar até o Caribe do que viajar para o Brasil”, e então muita gente opta por outras localidades e não aqui.

A jovem viajante da Coréia do Sul (!!) foi a única que conversamos que passou pelo Brasil, e não teve nenhuma reclamação a respeito, gostou do que viu. Mas acho que ela é uma exceção,

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