Compra Da Brasiltelecom

As causas que levam as empresas a iniciarem um processo de fusão são inúmeras, porém algumas se destacam por serem inerentes em quase todos os processos como: a globalização, oportunidade de entrar em novos mercados, competição entre empresas, ameaças externas (por exemplo políticas, econômicas, tributárias), oportunidades de negócios, entre outros.

Quando os empresários começam a ver a competição passando por eles, esses podem de forma proativa investir mais tempo, dinheiro e recursos no negócio a fim de manter-se ou escolher um caminho alternativo: vender. Esta pode ser uma decisão monumental para o proprietário da empresa. Vendendo quando a empresa é competitivo levará a um preço de venda mais elevado, enquanto a venda sob a pressão de perder para a concorrência pode levar a um menor que o preço de compra desejável.

Nessa linha de pensamento, tudo está à venda, se o preço é justo. Se os compradores fazem uma oferta para um vendedor que não tinha intenção de vender, esse empresário pode decidir vender. Para os compradores, o principal argumento é que a oferta para comprar um negócio quando a empresa não está à venda, pode criar uma oportunidade de negócio que não poderia existir de outra forma.

Fusões podem dar à empresa oportunidade para aumentar a participacao no mercado sem ter que realmente ganhá-lo fazendo o trabalho em si - em vez disso, eles compram de negócios de um concorrente por um preço significativo. No caso da venda da Brasil Telecom, o valor foi bastante positivo e acima do esperado pelos acionistas, tornando-se irrecusável. A Oi pagou 5,863 bilhões de reais para assumir o controle da operadora.

O objetivo principal da fusão das duas empresas era dar origem à uma plataforma brasileira de telecomunicações, com fortes perspectivas de crescimento e de estrutura para competir de forma mais equilibrada com os grupos estrangeiros que atuam no país. Essa junção iria criar uma operadora multinacional com operações envolvendo uma população de 260 milhões de pessoas e mais de 100 milhões de clientes.

A fusão da Oi com a Brasil Telecom era um dos negócios mais esperados do setor de telecomunicações do país. O negócio era visto com simpatia pelo governo federal, que acalentava há tempos a criação de uma operadora de capital nacional capaz de enfrentar as gigantes do setor, dominados na época pelos espanhóis da Telefônica e pelos mexicanos da America Movil.

Por ser tido como uma grande chance de crescimento da área de telecomunicação no Brasil, essa compra contou alterações necessárias na legislação, uma vez que a legislação no momento proíbe uma empresa de telefonia fixa de comprar outra empresa de telefonia fixa em uma área de licença diferente.