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Consórcio Modular

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Por:   •  24/9/2013  •  2.057 Palavras (9 Páginas)  •  5.188 Visualizações

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1. CONSÓRCIO MODULAR

O consórcio modular tem como principal conceito a relação mútua entre empresa e fornecedores, visando a máxima produtividade e, principalmente, a qualidade do produto como peça estratégica. Dentre as mais atribuições desse sistema único de gestão estão as ideias defendidas pelos estudiosos da área, que descreveremos nesse estudo.

Conforme Martins e Laugeni (2011, p 38), a definição de consórcio modular é:

“Modelo que surgiu na década de 1990 na indústria automotiva, pode-se dizer que o consórcio modular é uma ampliação do conceito de condomínio industrial. No consórcio modular, o fornecedor se localiza dentro da planta da montadora e é responsável por todas as etapas de montagem de seus itens no veículo”.

1.1. Resumo do artigo – Consórcio Modular: o novo paradigma do modelo de produção.

A Volkswagen desenvolveu em 1995, o consórcio modular, que tinha como principal objetivo a interação entre os fornecedores na mesma planta industrial visando um processo produtivo baseado na lógica de que cada empresa é responsável por uma parte da produção do produto durante a linha de produção dos veículos.

Através de um processo complexo, a Volkswagen se instalou em Resende, no Rio de Janeiro, a organização contou com sete fornecedores de diversas localidades que se instalaram no mesmo local, formando assim o consórcio modular. Os fornecedores eram responsáveis por: chassis, eixo e suspensão, rodas e pneus, motor, cabine e acabamento final, montagem da carroceria e pintura, já a montadora ficava com a responsabilidade de cuidar da qualidade e da marca. As atividades constituem um sistema, onde cada variável é interdependente e interatuante para, ao final, formar um todo, ou seja, o produto acabado, atingindo assim os objetivos.

Segundo Ferro 1998, um dos pontos positivo desse modelo é o fato de que o planejamento, a programação e o controle da produção, assim como a responsabilidade por manutenções ficam a cargo dos fornecedores (parceiros) da Volkswagen. Ainda com relação às responsabilidades de cada fornecedor, quando ocorre alguma não conformidade, o próprio “modulista” é responsável pela reversão do problema.

Conforme ressaltam Salerno e Dias (apud PIRES, 2001):

"fornecedores adotam procedimentos para diminuir a divisão dos riscos com a Volkswagen e a montadora adota procedimentos para diminuir a divisão do poder com os modulistas”.

Ainda segundo (PIRES 2001), “Os sete (modulistas) são submetidos a um programa mestre de produção coordenado pela montadora, mas a decisão estratégica sobre a forma pela qual o fornecedor vai atender a esta programação fica a cargo destes”. Ainda ressalta o autor que, quando a produtividade do complexo industrial aumenta, os ganhos são compartilhados de forma equitativa entre todos os fornecedores (modulistas), não sendo distribuídos somente entre aqueles que foram responsáveis por tal situação.

A cadeia de suprimentos é gerenciada, em terceiro nível, pela Volkswagen, já que essa tem maior poder de compra de materiais e matérias-primas em relação aos seus fornecedores.

Vale ressaltar que em cada módulo a responsabilidade pelo gerenciamento da cadeia de suprimentos fica a cargo dos fornecedores, assim como os investimentos em maquinários e capital físico.

Segundo o autor, quando em visita à Volkswagen de São Bernardo do Campo, o sistema é completamente diferente, já que não há o consórcio modular naquela instalação. Então, nesse estabelecimento a forma de produção é bastante distinta da forma de operação da Volkswagen de Resende, apesar da unidade de São Bernardo do Campo apresentar alguns dos seus fornecedores trabalhando na forma de Just in time.

Segundo RESENDE, A. et al. (2012):

“A planta de São Bernardo do Campo possui três linhas de produção. Uma para a Kombi, uma para o Gol e a Saveiro e a do Pólo. A linha de produção do Gol e da Saveiro só consegue atender um plano de produção em lotes. A nova linha de produção flexível do Pólo atende a um plano de produção customizado e com mais variedades de modelos do que as demais linhas da planta. Por fim, o único fornecedor ali instalado que fornece dentro de um sistema muito próximo do modulista é a Goodyear, que fornece e instala o pneu com funcionários próprios”

1.2. Resumo do artigo – O Consórcio Modular como fator de competitividade: um estudo de caso na Volkswagen Resende e São Bernardo do Campo

O autor começa citando fatos históricos relacionados com a área automobilística e a abertura econômica empreendida pelo então presidente do Brasil Fernando Collor de Melo. Por volta de 1990, com a abertura comercial, o nosso país viu-se parte integrante da globalização, mas as organizações não estavam preparadas para tal situação, fato era que os produtos importados eram de qualidades superiores aos produtos que eram produzidos em mercado nacional, isso provinha de pouca capacidade de infraestrutura do nosso país e também os poucos investimentos em tecnologia que eram feitos naquela época.

A indústria brasileira viu-se na obrigação de competir para não perder mercado para os entrantes, o que possibilitou novas formas de gestão para gerenciar essas variáveis, tanto é que esse ramo automobilístico tornou-ser estratégico para o governo federal, já que tem papel relevante na economia nacional.

Com o mercado agora mais competitivo, só sobreviveriam as organizações mais preparadas para enfrentar a situação, ou seja, aquelas que tinham capital e tecnologia para manterem-se competitivas, outro fato que foi marcante nessa época foi o grande número de aquisições de empresas familiares por empresas maiores.

Mas um dos fatos mais importantes na área automotiva resultante da estratégia de produtividade foi o consórcio modular, onde numa mesma planta alocam-se empresas e fornecedores numa linha de produção customizada e flexível num sistema de produção baseada em Just in time.

A estratégia dessa ferramenta de gestão baseia-se na forma pela qual a empresa utiliza para investir em sua “atividade fim”, sendo as “atividades meio” responsabilizadas pelos fornecedores, que se encontram também na mesma planta da montadora.

Segundo o autor, O princípio do funcionamento da Organização Modular é a transferência da Tecnologia de montagem da empresa detentora do projeto para as empresas fornecedoras. Neste sistema toda a montagem do produto é realizada por empresas denominadas de modulistas. As obrigações e responsabilidades

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