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DOAR SABEDORIA

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Por:   •  19/11/2013  •  876 Palavras (4 Páginas)  •  302 Visualizações

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Apego ao conhecimento

Buda diz que a raiz do sofrimento é o desejo. E o desejo se mantém pelo apego. Pelos inúmeros caminhos que trilhei, fui compreendendo a respeito do meu apego com as coisas materiais. Minha mesquinhez com o dinheiro e meu medo de pobreza, o que é a mesma coisa. Só que demorou muito para cair a ficha: eu estava totalmente apegado às coisas que eu sabia. Quantas habilidades tenho, quantas técnicas, quanto saber que podem agregar na vida de outros, e eu não me disponho a compartilhar. Inventei inúmeras desculpas para isso: tenho que valorizar o que sei. Não devo jogar pérolas aos porcos. O que sei não é todo mundo que entende. As pessoas farão mau uso. Não tenho tempo. Tenho família e filhos pra cuidar e educar… Sim, falei um monte de besteira, só para ficar apegado ao “meu osso”…

Dar, com sabedoria

Acredito que muitos têm a intenção de dar. E tem um coração grandioso, mesmo! Mas na minha experiência, até o “dar” é uma sabedoria. Entendi que eu não sabia dar porque estava fechado para receber. E o fluxo do dar e receber é a mesma coisa. Estava fechado porque tinha muitas mágoas. Não confiava nos outros, no universo, em Deus. Não confiava no meu pai que me deixara, nem na minha mãe que sumiu durante anos. Não confiava na minha avó que protegia meu irmão mais velho e nem no meu avô que não interferia na rigidez de vovó. Sabe de uma coisa? Eu era bem mimado! Permiti que um monte de “nãos” crescessem dentro de mim e contaminassem o meu sistema interno, encobrindo o meu coração. Cresci sem saber receber, fingia que era orgulho, que eu não precisava… Kkkkk… mas por dentro, tinha um “eu infantil” que dizia: dá, dá, dá mais!!! Prem Baba costuma dizer que só é possível dar aquilo que você tem. E você só pode ter aquilo que tomou posse. Como eu me sentia carente – de dinheiro, de amor, de carinho, de amizade, até de sabedoria, não recebia nada. Se nada recebo, nada posso dar. Se tento forçar, dói. Era isso que acontecia. Eu dava, e esperava imediatamente a resposta do universo. A gratidão. Era uma negociata, não um dar verdadeiro. E isso me fazia infeliz e insatisfeito.

Fui aprendendo que dar é uma arte. Uma arte de deixar fluir. Onde o aprender a receber é fundamental. Dar bem pouquinho, mas algo de valor. E receber bem pouquinho, e apreciar a gratidão florescendo no coração, por menor que ela seja. Esse é o processo. Dar e receber é um fluxo divino. Na realidade, o “eu egóico” não tem nada para dar. Tudo o que tenho neste mundo não me pertence. Até o conhecimento, quando eu morrer, voltará ao grande manancial do inconsciente coletivo.

Vou confessar: sou um artista medíocre. Mas creio que Deus não exige perfeição dos seus filhos. Ele quer que sejamos como somos, e façamos aquilo que já podemos fazer, aqui e agora. Como formiguinhas, cada um na sua função… Mas como somos seres humanos, damos através do nosso trabalho, da nossa dedicação ao próximo. Esse “dar” pode ser cobrado, pode ser profissional, sim! O que importa é a intenção, não o valor. Mas o dar pode ser informal. Ou pode ser uma obra social. E também numa empresa. Ou uma ajuda a alguém que surge necessitando. Tenho percebido que o universo, em sua amorosidade, responde imediatamente ao pedido sincero de se

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