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Da artificialidade à verdade

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Por:   •  3/4/2014  •  Artigo  •  547 Palavras (3 Páginas)  •  125 Visualizações

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Da artificialidade à verdade

Há grandes transformações no mercado ainda não percebidas por boa parte dos empresários. Além de mudanças nas regras do jogo dos negócios, o jogo está mudando. Nem mesmo o voleibol com suas modificações radicais chega perto do padrão de ruptura do modelo empresarial. Há pouco tempo, chutar a bola com os pés – desculpe o pleonasmo – era pecado. Hoje, é regra que permite jogadas de grande beleza estética.

Durante anos, vivemos um tempo que pode ser denominado a Era da Artificialidade, que vai de 1946 – início do processo de substituição de importações no Brasil – a 1994 – Plano Real. Neste período, pelo menos três fenômenos distorceram inteiramente a formação de uma mentalidade empresarial minimamente competitiva.

As importações fechadas permitiam às empresas fabricar produtos três vezes piores que o padrão internacional, vendendo-os por preços três vezes maiores que a concorrência estrangeira. Havia uma equação negativa de competitividade de menos nove e muitas vezes chegando a absurdos menos quinze – neste caso, preço três vezes maior e a qualidade cinco vezes pior.

Um segundo ponto: o governo, como principal agente econômico, bombeava recursos e oportunidades, garantindo, na maior parte do período, crescimento abundante. Acobertando as transações, uma inflação de 20%, 40% e até 86% ao mês desviava as fontes de inspiração da excelência para a busca frenética do monitoramento do fluxo de caixa.

Um desvio tão sério que dava à função financeira importância maior na organização e o gerente de Retardamento de Pagamento era a figura principal do esquema. Atrasar dentro da lei por uma semana gerava ganhos de 10% sobre o faturamento.

Uma época que propiciava a troca de prioridades. Toda a energia de uma grande organização era para conseguir das autoridades reajustes de preços maiores que a inflação. Uma rede de mentiras para dar inveja a qualquer Pinóquio. Em um determinado mês, os custos subiam 34%, pedia-se ao CIP 44% e rezava-se para ter uma aprovação de 38%. Competitividade, produtividade, qualidade, excelência, encantamento de cliente, planejamento estratégico e um excelente lugar para se trabalhar não faziam o menor sentido nesse contexto.

Por que falar disso agora? Porque até hoje, sete anos depois do Plano Real, dez anos depois da abertura da economia e cinco anos depois da saída do governo das atividades operacionais da economia, os líderes empresariais ainda não perceberam essa revolução.

É preciso erradicar esse vírus em benefício da competitividade, dar prioridade à gestão profissional, o management da excelência deve ser o guia dos valores e das estratégias maiores da organização. Durante 48 anos, recebemos motivação para criar a anti-empresa, a baixa-gestão.

Claro que há honrosas exceções, mas precisamos reagir mais rapidamente. Há um novo modelo empresarial onde o dinheiro é apenas conseqüência de coisas bem feitas – como nos ensina Philip Kotler –: o cliente deve ser prioritário, é causa e efeito do sucesso. A relação com a comunidade é fator crítico de sucesso.

Por isso, inovação, capital intelectual, gestão do conhecimento, excelência tecnológica, integração, cultura

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