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EMPREENDEDORISMO NO BRASIL: Análise De Fatores Negativos

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Por:   •  8/10/2013  •  2.093 Palavras (9 Páginas)  •  536 Visualizações

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EMPREENDEDORISMO NO BRASIL: análise de fatores negativos

Silvina Maria Félix Mota

Prof. Everaldo dos Santos Almeida

Resumo: O empreendedorismo, dada sua origem e valor estratégico para o desenvolvimento econômico de um país, é considerado hoje um fenômeno global, a criação de algo novo mediante uma oportunidade. O Brasil, embora considerado um país criativo e com um crescente número de empreendedores, ainda se depara com fatores negativos que denotam sérias implicações. Este estudo pretende desenvolver uma breve análise sobre o empreendedorismo no Brasil e algumas questões que perpassam o tema. A metodologia utilizada foi a dialética e a pesquisa bibliográfica, a partir de considerações relevantes e concepções construídas por estudiosos da área. Ressalta-se que, ao se discutir empreendedorismo no Brasil, o estudo põe em evidência os problemas encontrados no ato de empreender, e possíveis soluções, assim o resultado desse artigo sinaliza para perspectivas otimistas.

Palavras-chave: Empreendedorismo. Empreendedorismo no Brasil. Fatores negativos.

1 INTRODUÇÃO

Este estudo pretende desenvolver de forma simples e breve uma análise sobre o empreendedorismo no Brasil em face às novas demanda e às questões que circundam o tema, com maior enfoque à formação de empreendedores, tecnologias e a capacidade de inovação.

Guimarães (2002), relacionou a palavra empreendedor com o financista e homem de negócios Richard Cantillon que muito contribuiu para os alicerces desse movimento. O economista Joseph Schumpeter também é citado no contexto histórico em 1950, ele foi o primeiro a utilizar o termo, considerado como uma pessoa criativa e com capacidade de fazer sucesso a partir de inovações. Mais tarde outros nomes apareceram, dentre eles: Kenneth E. Knight em 1967 e Peter Drucker em 1970. Nesse momento foi introduzido o conceito de risco, o empreendedor precisa arriscar em algum negócio.

O tema atravessou décadas, contudo o conceito de empreendedorismo tem se apresentado subjetivo, diversas definições surgiram e continuam surgindo, e de forma geral todas estão associadas à criação de algo novo mediante uma oportunidade, onde a dedicação, a persistência e a ousadia são atitudes essenciais (SILVEIRA, 2007).

No Brasil, o termo se popularizou a partir da década de 90, quando a ascensão do empreendedorismo vem paralelamente ao processo de privatização das grandes estatais e abertura do mercado interno para concorrência externa. O país aparece hoje como um dos mais criativos, com um crescente número de empreendedores, mesmo diante das crises mundiais. No entanto, fatores negativos acompanham o empreendedorismo brasileiro, como a pouca utilização de novas tecnologias, a capacidade de inovação e a falta de formação de empreendedores (SILVEIRA, 2007).

Ressalta-se que a elaboração deste trabalho se justifica pela possibilidade do mesmo colaborar com futuros empreendedores, estudantes da área e interessados no esclarecimento de alguns desdobramentos do empreendedorismo no Brasil. Além de ser útil para um público-alvo específico, servirá, ainda que de forma discreta, para a sociedade geral.

2 EMPREENDEDORISMO: breves considerações

O vocábulo empreendedorismo é cada vez mais encontrado nos artigos, revista, livros e citado no mundo dos negócios. Entretanto, não se trata de algo novo nesse âmbito, e embora tenha definições antigas assumiu ao longo do tempo, inúmeras vertentes, mas que no fim convergem para o mesmo ponto.

Segundo Guimarães (2002), a palavra empreendedor, como é conhecida hoje, foi usada pela primeira vez na esfera econômica pelo financista e homem de negócios Richard Cantillon que muito contribuiu para os alicerces desse movimento. Outros afirmam que o economista Joseph Schumpeter em 1950 foi o primeiro a utilizá-la, considerado como sendo uma pessoa com criatividade e capaz de fazer sucesso com inovações. Em 1967 com Kenneth E. Knight e em 1970 com Peter Drucker foi introduzido o conceito de risco, o empreendedor precisa arriscar em algum negócio. Mais tarde, em 1985, Gifford Pinchot introduziu o conceito de Intra-empreendedor, uma pessoa empreendedora, mas dentro de uma organização.

Dornelas (2001) num resgate histórico associa a primeira definição de empreendedorismo a Marco Polo, conceituando o empreendedor como aquele que assume os riscos de forma ativa, físicos e emocionais. Afirmou que: “O empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados” (2001, p.37).

Este é um conceito que se encaixa muito bem na atualidade. A ação empreendedora em todas as suas etapas, se caracteriza por criar algo novo mediante a identificação de uma oportunidade, dedicação e persistência na atividade que se propõe a fazer para alcançar os objetivos pretendidos e ousadia para assumir os riscos que deverão ser previamente avaliados (SILVEIRA, 2007).

Enfim, com as transformações históricas outros conceitos apareceram baseados nos mais diversos ângulos de visão sobre o mesmo tema. Muitos teóricos e estudiosos deixaram contribuições para tal concepção, porém ainda hoje o termo se apresenta com certo teor de subjetividade, mas também como um fenômeno global de grande valor para o desenvolvimento de um país.

2.1 Empreendedorismo no Brasil

No Brasil, segundo Dornelas (2001), o empreendedorismo ganhou força somente na década 1990, com a abertura da economia que fomentou a criação de entidades como SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e SOFTEX (Sociedade Brasileira para Exportação de Software). A palavra empreendedor antes desses eventos era praticamente desconhecida e a criação de pequenas empresas era limitada, em função do ambiente político e econômica nada favorável do país.

Contudo, esse fato não implica dizer que não existiram empreendedores nessa época, deve-se salientar que muitos visionários atuaram em um cenário obscuro, deram tudo de si, mesmo sem conhecerem formalmente finanças, marketing, organização e outros conteúdos da área empresarial, alguns destes contribuíram para o desenvolvimento do país.

A entrada de produtos importados ajudou a controlar os preços, uma condição importante para o país voltar a crescer, mas trouxe problemas para alguns setores que não conseguiam competir com os importados, como foi o caso dos setores de brinquedos e de confecções, por exemplo. Para ajustar o passo com o

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