Economia A empresa

1. INTRODUÇÃO

Depois de realizadas as pesquisas sobre possíveis temas para esta ATPS o grupo optou por analisar uma fabrica de temperos, em que um dos integrantes do grupo trabalha. A empresa forneceu dados para a pesquisa e por motivos comerciais pediu para que não fossem citados os nomes da empresa e de seus fornecedores.

2. METODOLOGIA

Produto

Pegamos por base para a nossa pesquisa o dente de alho descascado, por ser um dos produtos de maior movimentação da empresa. Os dados fornecidos são referentes ao 1º e 2º semestres de 2011.

Por conta da lista de clientes ser muito vasta, restringimos a pesquisa a duas regiões, o vale do Paraíba e o litoral norte do estado de São Paulo, com suas respectivas cidades: Pindamonhangaba, Taubaté, Caçapava, Ubatuba e Caraguatatuba.

3. DESENVOLVIMENTO

3.1 - Caracterização

No ano de 2011 foi vendido em média pela empresa à quantia de 8.510 kg de alho descascado nessas cidades, porém o consumo médio foi cercaO litoral, por exemplo, tem um grande aumento no consumo nos meses mais quentes e as demais cidades citadas são instáveis e tem um pequeno aumento nos finais e inícios de ano, decorrente de décimo terceiro salário e férias escolares. Mas o ramo escolhido tem uma economia muito instável quando se trata da compra do produto para industrialização, pois o produto é apenas beneficiado (descascado), pela empresa que faz cotações diárias sobre o produto. O grande problema está nos agricultores, pois estes normalmente não produzem apenas alho, também produzem cebolas, batatas e tomates entre outros. “Em decorrência deste fato, exemplifica-se: se em um determinado ano faltar tomate no mercado consumidor, os produtores a fim de diminuírem a defasagem deixaram de produzir outros produtos para plantar mais tomates, consequentemente no ano seguinte provavelmente faltaram os demais produtos, como o alho, enquanto que a produção de tomate estará em alta, fazendo com que haja uma diminuição nos preços do tomate e um aumento nos preços do alho.” Isso foi um exemplo que citou um gerente da

empresa.

3.2 - Consumidores

Os consumidores aqui mencionados são de micro e pequeno porte que chegam a ter um faturamento mensal de R$ 5.000,00 até R$ 50.000,00 por mês, mas gastam apenas cerca de 0,5% a 2% de seu faturamento mensal com o produto, embora seja um produto de consumo diário ele é um produto de pouco consumo comparado aos outros que são utilizados por esses clientes tais com arroz e carne, por exemplo. Segundo a Organização, os estabelecimentos tem em média uma margem de lucro que chega até a 40% do seu faturamento. A compra de alho feita por seus principais consumidores ocorre semanalmente. Ela é feita sem que estes precisem sair de seus estabelecimentos e nem gastar com telefonemas. Isso é possível através do sistema de logística da empresa.

O produto citado aqui, por exemplo, ele vem descascado pronto para uso, poupando assim tempo e mão de obra. Esse mercado vem evoluindo com o aumento da população e com a criação de novas tecnologias, com isso as empresas que não querem “ficar para trás” inovam e evoluem junto.

A evolução desse mercado é caracterizada pelo aumento da renda dos consumidores finais, ou seja, das pessoas que vão aos restaurantes, e também, a necessidade dos estabelecimentos que trabalham com produtos alimentícios de atender pontualmente essas pessoas, visando ainda cortar gastos, como mão de obra, que refletiram no preço do produto final.

Esse mercado é explorado por muito mais áreas, tais como transporte, distribuição, industrialização, bancos, combustíveis, comunicações, energias e muitos outros.

Para que esse produto fique pronto para

venda/consumo, estão envolvidas varias etapas e seus respectivos custos. Tudo começa com a cotação, que exige tempo e gasto com ligações telefônicas, no mínimo três fornecedores devem ser contatados, antes de se fazer a compra. Tem o gasto com o transporte do produto que liga o produtor à empresa (no transporte estão incluído gastos como: combustível, salário do motorista e até desgaste do veiculo). Quando o produto chega à empresa, um operador auxiliado por maquinários seleciona e descasca o alho, consumindo água e energia, depois disso o produto é novamente selecionado, secado por um sistema que consome energia e gás, ele é pesado e embalado, o que também trás custos para a empresa, e finalmente é armazenado e está pronto para consumo. Todo esse processo é feito por quatro pessoas, que tem a capacidade de produzir até 400 kg desse produto por dia.

No ano de referencia 2011, o preço médio de compra do produto pela empresa foi de R$ 2,90 por kg, e o custo médio para a industrialização foi de R$ 2,23 por kg, totalizando assim um custo médio final de R$ 5,13 por kg. Como preço médio de venda no mesmo período foi de R$ 8,50 por kg, podemos deduzir assim que margem de lucro da empresa foi de 39,64%ou de R$ 3,37 por kg Vendido.

Não foi possível a obtenção do custo médio da produção de muitas concorrentes, mas obtivemos informações sobre a principal concorrente (Karina Temperos) que no mesmo período foi de aproximadamente R$ 8,00 e que a margem de lucro dela para o mesmo produto ultrapassa os 50% por que esta possui plantações do produto o que favorece em vários aspectos. E com isso podemos deduzir que os seus custos

foram de aproximadamente R$ 4,00 por Kg.

A empresa acredita que o ano de 2013 será de altos custos para o produto, uma vez que atualmente já se pode notar a falta do mesmo no mercado. Isso é conseqüência de preços exorbitantes do tomate e da soja que motiva a maioria dos produtores de alho a destinar terras para a produção desses produtos, ficando assim uma menor área para a produção do alho, que por sua vez ira faltar no mercado no próximo ano fazendo assim com que seus custos se elevem.

3.3- Aceitação nas regiões

A Tabela 01 fornece dados de venda em Kg do produto comercializado no ano de 2011, de acordo com os municípios envolvidos.

Tabela 01: Venda em kg do produto no ano de 2011, por semestre, de acordo com os municípios envolvidos.

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