TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Economia Empresarial

Casos: Economia Empresarial. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  26/7/2014  •  2.687 Palavras (11 Páginas)  •  908 Visualizações

Página 1 de 11

Trabalho de Economia Empresarial

A – Questões conceituais

1) a) Macroeconomia é o seguimento da economia que analisa o comportamento da economia como um todo, através dos preços e quantidades absolutos. Exemplos: movimentos globais nos preços, na produção ou no emprego.

b) Microeconomia é o seguimento da economia que estuda o comportamento de cada unidade econômica do sistema, através de preços e quantidades relativas. Exemplo: análise do funcionamento de empresas.

c) O sistema de contas nacionais refere-se ao registro contábil da atividade econômica e social de um país, num certo período (mensal, trimestral, semestral e anual).

d) Balanço de pagamentos é o registro contábil sistemático de todas as transações econômicas de um país com o exterior.

2) Os quatro principais tipos de mercados são:

Estruturas Número de concorrentes Características básicas Exemplos

Concorrência perfeita Muitos Produto padronizado, livre entrada de firmas preços muito próximos. Bolsa de valores, feira livre.

Mercado de concorrência monopolista Poucos Diferenciação do produto ocorre por intermédio da marca, isto é, compra-se a marca e não o produto em si. Produtos de higiene, jeans.

Oligopólio Poucos Indústria automotiva, cimenteira.

Homogêneo Produto padronizado, barreiras à entrada de novos concorrentes e preço uniforme.

Diferenciado Produto diferenciado, barreiras à entrada de novos concorrentes e preços diferenciados.

Monopólio Um único Correios, dependento do tipo de correspondência.

Natural Tamanho do mercado não permite mais de uma firma.

Legal Legislação institui monopólio.

Tecnológico Domínio de "segredos industriais", patentes ou marcas impede a concorrência.

3) Em um mercado de concorrência perfeita, a determinação do preço e da quantidade em cada mercado é realizada por meio da compatibilização das suas ofertas e demandas de bens e serviços. O preço de equilíbrio verifica-se quando a quantidade procurada for igual à quantidade oferecida. Por meio da lei da oferta e da demanda, as questões de “o que, como e para quem” ficam parcialmente resolvidas.

4) a) O conceito de elasticidade-preço da demanda visa mensurar a sensibilidade da quantidade comprada às alterações nas variáveis que determinam a demanda. Em outras palavras, medem a reação potencial dos consumidores com relação à variação de preços dos produtos. Os dois tipos de elasticidade da demanda são: elasticidade-preço e a elasticidade-renda.

Exemplo: Aumento de 20% nos preços dos serviços de energia elétrica (por kw/h) e redução da quantidade demandanda em 10%.

Teremos: εpd = -10%/20% = -0,5 = | -0,5 | = 0,5 → Sendo assim, consideramos a demanda inelástica.

b) A elasticidade-preço da oferta é a razão entre a variação percentual na quantidade ofertada e a variação percentual no seu preço. A mesma mede a reação potencial dos produtores diante da variação de preços de seus produtos.

Exemplo: Em determinado setor da economia, houve um aumento de 5% na oferta de determinado produto, devido a um aumento de preço de 3%. Calcule o valor da elasticidade preço da oferta deste produto e interprete este resultado.

Teremos: εpo = 5%/3% = 1,67 → Sendo assim, consideramos a demanda elástica.

c) Elasticidade-renda tem o objetivo de classificar os bens e serviços em normais ou inferiores. O valor crítico para a elasticidade-renda é zero. No caso dos bens normais, se a renda aumentasse, a demanda também se elevaria. No caso dos bens normais, se a renda aumentasse, a demanda diminuiria.

d) Bens complementares são aqueles nos quais a queda no preço pode levar ao aumento na demanda por outros (exemplos: passagens aéreas e estadas em hotéis). Bens substitutos são os produtos nos quais a queda no preço reduz a demanda por outros bens (exemplos: carne de porco e carne de frango).

5) A Teoria dos jogos é o estudo sistemático das interações entre pessoas, empresas, grupos, etc. O objetivo geral da Teoria dos Jogos é representar os padrões de interação nos quais os resultados auferidos por qualquer participante depende das ações dos outros (Dilema do prisioneiro).

6) a) Fatores da produção também chamados de bens de investimentos ou meios de produção, são utilizados na fabricação ou agregados à produção de outros bens. Os fatores de produção podem ser desdobrados em bens de capital físico ou bens intermediários.

b) PIB (Produto Interno Bruto) é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em um país em dado período de tempo.

PNB (Produto Nacional Bruto) refere-se a bens e serviços finais produzidos pelos residentes do país em um determinado período de tempo.

Renda líquida enviada ao exterior é a diferença entre as remessas e os recebimentos de rendimentos relativos ao uso dos fatores de produção de propriedade de estrangeiros.

c) PIL (Produto Interno Líquido) é o Produto Interno Bruto (PIB) menos as despesas com depreciação, reposição e/ou manutenção.

PNL (Produto Nacional Bruto) é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos pelos residentes do país em um determinado período.

d) Produto nominal é o valor de Mercado de todos os bens e serviços finais produzidos pelo país em qualquer periodo aos preços correntes (vigentes).

Produto real é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos pelo país em qualquer período, aos preços de algum ano-base ou a preços constantes.

7) Financiamento do total de investimentos feitos em um país (Ib + IG):

A. Poupanças Privadas (S): representando o excesso de renda, descontados os gastos com consumo agregado (C) e o tributos (T): S = R – C – T.

B. Poupança pública (Sg), representada pelo excesso das receitas (T) menos consumo corrente (G).

C. Poupança externa (Sx), mensurado pelo déficit em transações correntes.

8) A moeda possui três funções básicas: intermédio de trocas; denominador comum de preços (unidade de medida) e reserva de valor. Sua demanda ocorre por três motivos: transação (representa a guarda de moeda para se fazer face a pagamentos, dado que os pagamentos e recebimentos não são perfeitamente sincronizados); precaução (é a guarda de moeda para cobrir gastos imprevistos); especulação (a moeda é considerada também como reserva de valor e não apenas meio de troca. Por isso, não seria estranho que os agentes econômicos guardassem moeda ociosa, na expectativa de mudanças na taxa de juros de mercado e, assim, aplicá-la melhor no futuro).

9) O Banco Central é o órgão de governo responsável pela emissão monetária. Pode fazer isto a fim de financiar o déficit público e, neste caso, diz-se que é fiscal ou orçamentariamente dominado. Ou, pelo contrário pode fazê-lo tendo em vista estabilizar a economia, comprometendo-se a cumprir metas de inflação, por exemplo. E então é considerado um banco central independente. O Banco Central do Brasil se comprometeu recentemente com um programa de metas de inflação, e não tem financiado o déficit orçamentário do governo.

10) Escambo é a troca direta de mercadorias, é uma tecnologia antiga, muito custosa e inconveniente, que tende a ser usada apenas por grupamentos humanos pouco numerosos.

11) O spread bancário cobre os custos administrativos e tributários e inclui um prêmio devido ao risco de inadimplência, além de um valor necessário para compensar os bancos pelo fato de fazerem alguns empréstimos abaixo da taxa de captação, os chamados empréstimos compulsórios para o banco central. A parte que sobra do spread é o ganho do banco (taxa de aplicação = taxa de captação + spread), o qual é a soma da compensação pelo empréstimo compulsório ao banco central, do prêmio de risco, tributos, custos administrativos e ganhos do banco.

12) Depósito compulsório é o recolhimento feito pela rede bancária de determinado percentual sobre os depósitos à vista e determinadas aplicações. O recolhimento é feito parcialmente em moeda e o saldo em títulos federais da dívida pública. É calculado sobre médias móveis e em função de saldos mensais dos depósitos.

Base monetária decorre da emissão primária de papel-moeda, feita pelo banco central. Sendo assim, a base monetária é a principal variável de política monetária do governo. Ela engloba o total de papel-moeda emitido em poder do público e as reservas bancárias.

M1 compreende o papel-moeda em poder do público, isto é, o dinheiro (cédulas e moedas) efetivamente detido pelos indivíduos e pelas empresas não financeiras, e os depósitos à vista, que são depósitos contra os quais os correntistas podem emitir cheques. M1 é, portanto, um multiplicador da base monetária, ou seja, quantas vezes o mesmo dinheiro básico emitido circula, em média, gerando moeda bancaria. Para isso, é só calcular a razão entre M1 e a base monetária.

M2 compreende, além de M1, os depósitos de poupança e os títulos privados (depósitos a prazo, letras de câmbio, letras hipotecárias e letras imobiliárias).

13) Ao variar a quantidade de moeda da economia, o banco central expande ou contrai a demanda agregada, controlando os níveis gerais de preços e estabilizando a economia. Caso a oferta de moeda seja maior que sua demanda, as pessoas estarão com mais saldos monetários que desejam. Assim, passarão a demandar mais títulos, fazendo com que seus preços subam. As menores taxas de juros aumentam a demanda por bens de investimento e de consumo durável, estimulando a economia. É possível também que os saldos monetários excessivos, maiores que os desejados, levem as pessoas a gastar em bens de consumo e em serviços de lazer, estimulando diretamente a economia.

14) Os instrumentos de controle da política monetária são:

A. Depósito compulsório – é o recolhimento feito pela rede bancária de determinado percentual sobre os depósitos à vista e determinadas aplicações. O recolhimento é feito parcialmente em moeda e o saldo em títulos federais da dívida pública. É calculado sobre médias móveis e em função de saldos mensais dos depósitos. O compulsório atua de forma indiscriminada sobre a rede bancária, podendo, entretanto, a autoridade monetária fazer exceções, como é o caso de implantação pioneira de serviços bancários, operações de crédito rural, adiantamento a produtores e formação de estoques reguladores. Eventuais alterações na taxa de encaixe afetam indiscriminadamente todo o sistema bancário. Por este motivo, este instrumento de política monetária é considerado de longo prazo.

B. Operações de redesconto – É um instrumento que consiste na concessão de assistência financeira de liquidez aos bancos comerciais. Na execução destas operações, o banco central funciona como o banco dos bancos, emprestando dinheiro a uma taxa pré-fixada, com a finalidade de atender às necessidades momentâneas de caixa dos bancos comerciais. É um instrumento flexível e conjuntural, que não age necessariamente sobre todo o sistema bancário, sendo que seus efeitos se fazem sentir em médio prazo, na medida em que os bancos, que estão no redesconto, buscam reformular suas posições, visando o equilíbrio de sua liquidez.

C. Operações de Mercado Aberto (“Open Market”) – Constituem o mais ágil instrumento de política monetária disponível pelo Banco Central. Através delas são reguladas a oferta monetária e o custo primário do dinheiro na economia, referenciado na troca de reservas bancárias por um dia, através de operações de overnight. Os principais movimentos desse mercado são: resgate de título (compra líquida de títulos públicos pelo banco central, com aumento do volume de reservas bancárias e consequentemente aumento de liquidez do mercado e queda da taxa de juros) e colocação de títulos (venda líquida de títulos públicos pelo banco central, com diminuição do volume de reservas bancárias e, como consequência, redução de liquidez do mercado e aumento da taxa de juros.

D. Controle e seleção do crédito – Estes podem ser realizados de diversas formas: imposição do volume de destino do crédito, controle das taxas de juros, fixação de limites e condições dos créditos. Eles podem se estender não somente aos bancos comerciais, mas também a outras instituições financeiras, atingindo outros passivos financeiros que não moeda.

15) A inflação é o aumento geral de preços, fazendo com que o nível geral de preços se altere de um patamar para outro superior. Já a mudança de preços relativos, ocorre quando o preço de um bem aumenta em relação ao de outros. Neste caso, algum preço sobe ao mesmo tempo que outros caem, sem haver, necessariamente, mudança no nível geral de preços.

16) Este regime de metas de inflação foi adotado no início de 1999, com a entrada de Armínio Fraga para a presidência do Banco Central. Com a adoção desse regime, o Conselho Monetário Nacional passou a definir um alvo para a variação do IPCA, que passou a balizar as decisões de política monetária do Banco Central, tomadas todos os meses pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O sistema de metas de inflação trabalha com uma tolerância acima ou abaixo da meta, para acomodar possíveis impactos de variações exógenas, procurando evitar grandes flutuações no nível de atividade.

17)

Plano Início Diagnóstico Propostas Prática Moeda

Cruzado I 28/02/86 Inercial PM e PF acomodatícias. PM e PF expansionistas. 1000 cruzeiros = 1 cruzado

Collor I 15/03/90 Fragilidade financeira do Estado Aumento da arrecadação e confisco monetário. Aumento de impostos e sequestro de liquidez. Cruzeiro

Collor II 01/02/91 Fragilidade financeira do Estado Racionalizar gastos da administração pública, corte de despesas e acelerar o processo de modernização do parque industrial. Falta de credibilidade do governo inviabilizou ações políticas do governo. Cruzeiro

Real 01/07/94 Desajuste das contas públicas Ajuste fiscal, criação da URV e regras de emissão e lastreamento da nova moeda. Ajuste fiscal e criação da URV. Real

18) IGP-DI - O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna, da FGV, reflete as variações de preços de todo o mês de referência. Ou seja, do dia 1 ao 30 de cada mês. Ele é formado pelo IPA (Índice de Preços por Atacado), IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e INCC (Índice Nacional do Custo da Construção), com pesos de 60%, 30% e 10%, respectivamente. O indicador apura as variações de preços de matérias-primas agrícolas e industriais no atacado e de bens e serviços finais no consumo.

IGP-10 - Índice Geral de Preços 10, também da FGV e elaborado com a mesma metodologia do IGP e do IGP-M. A única diferença é o período de coleta de preços: entre o dia 11 de um mês e o dia 10 do mês seguinte.

IGP-M - Índice Geral de Preços do Mercado, também da FGV. Metodologia igual à do IGP-DI, mas pesquisado entre os dias 21 de um mês e 20 do seguinte. O IGP tradicional abrange o mês fechado. O IGP-M é elaborado para contratos do mercado financeiro.

INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor, média do custo de vida nas 11 principais regiões metropolitanas do país para famílias com renda de 1 até 8 salários mínimos, medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

19) a) Balança comercial; balança de serviços; donativos; saldo em conta-corrente; movimento autônomo de capitais;

saldo total do balanço de pagamentos.

b) Taxas de câmbio fixas – É quando o governo compra e vende moedas estrangeiras a um determinado preço. Devido a isto o Governo é obrigado a conduzir as políticas monetária e fiscal de modo que os déficits ou superávits no Balanço de Pagamentos sejam meramente transitórios. A manutenção de taxas fixas depende da manutenção do volume adequado de reservas cambiais para atender os eventuais excessos de procura sobre a oferta de moeda estrangeira e também de dois outros requisitos: taxas de inflação bastante próximas entre países e credibilidade quanto ao sucesso de sustentar a taxa de câmbio.

Taxas de câmbio flutuantes – A taxa de câmbio oscila ao sabor das forças do mercado. O Banco Central não compra, nem vende moedas estrangeiras. A oferta de moedas estrangeiras é suprida pelos exportadores e por aqueles que trazem rendas e capitais para o país; a procura de moeda é satisfeita pelos importadores e pelos que transferem renda e capitais para o exterior. Assim, o balanço de pagamentos se equilibra automaticamente, isto é, a soma algébrica dos saldos de transações correntes e do movimento de capitais autônomos é igual a zero.

Flutuação suja (“dirty floating”) - Flutuação com intervenções esporádicas do Banco Central. A questão prática consiste em se determinar até que ponto as flutuações são ou não desvios especulativos em relação a uma tendência. A maioria dos países onde a taxa de câmbio é considerada flutuante, na verdade adota este regime.

Minidesvalorizações cambiais - A taxa de câmbio é a princípio fixa, entretanto, ela é desvalorizada periodicamente. É um regime atraente para países com inflação alta, pois evita grandes sobrevalorizações cambiais. Este regime foi criado e adotado no Brasil, no final dos anos 60.

Prefixação cambial - A taxa de câmbio é a princípio fixa, entretanto, ela é desvalorizada periodicamente. É um regime atraente para países com inflação alta, pois evita grandes sobrevalorizações cambiais. Este regime foi criado e adotado no Brasil, no final dos anos 60.

Regimes bandas comerciais – É quando o Banco Central fixa duas taxas extremas e permite a flutuação dentro do intervalo (E+; E-). Quando o valor do câmbio atinge E+, o governo passa a vender divisas e, quando acontece o contrário, ou seja, quando atingir E-, o governo passa a comprá-las.

...

Baixar como  txt (17.8 Kb)  
Continuar por mais 10 páginas »