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Educação do Brasil sadia

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Por:   •  28/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.365 Palavras (6 Páginas)  •  335 Visualizações

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NTRODUÇÃO

Como alfabetizar alunos com deficiência auditiva? Essa é uma pergunta que professores pensam ao deparar-se com alunos surdos, atualmente o que mais tem se falado na educação é a inclusão. E como incluir? Sabe-se que não é uma tarefa fácil, no entanto, não é impossível, partindo do ponto em que um surdo possa aprender LIBRAS para comunicar-se um com outros, então, pode-se concluir que o mesmo terá capacidade de aprender a ler e escrever. Isso é um dos direitos do ser humano para assim viver em sociedade. Como diz BRASIL, "o letramento é, portanto, condição e ponto de partida na aquisição da língua oral pelo surdo, o que remete ao processo psicolingüístico da alfabetização e a explicitação e construção das referências culturais da comunidade letrada. (BRASIL. 2004. p. 77).

Para inclusão dos deficientes auditivos na educação foi utilizadas abordagem diferentes, o processo iniciou com o Oralismo que tem como objetivo fazer a reabilitação da criança surda em direção à normalidade, negando a surdez e enfatizava a fala, e com isso essa abordagem passou ser muito criticada, segundo Skilar (1999), "o oralismo está fundamentado pela visão clínico-terapêutica da surdez", ou seja, nessa abordagem tentou trabalhar a fala da língua majoritária. Ao perceber que essa abordagem não obteve sucesso passou-se a utilizar-se da Comunicação Total, que utilizava uma filosofia de trabalho voltado ao atendimento e à educação de pessoas surdas, nesse processo surge então sistema de sinais que tinha como objetivo ensinar a língua majoritária, que no Brasil foi utilizado o português sinalizado, no qual o surdo não compreendia muito a comunicação, sendo criticado por alguns teóricos e pela comunidade surda.

Ciccone (1990) demonstrou que muitas crianças que forma expostas sistematicamente à modalidade oral de uma língua, antes dos três anos, conseguiram aprender a língua, mas, o desenvolvimento cognitivo, social e emocional, não foi bem sucedido. E por fim damos de encontro com o Bilingüismo, abordagem que tem sido defendida por lingüistas, parte do principio que o surdo tem que aprender primeiro a Língua de Sinais para depois aprender a segunda língua, ou seja, primeiro sua linguagem e depois a língua majoritária. De acordo com Brito (1993) no bilingüismo a língua de sinais é considerada uma importante via para o desenvolvimento do surdo, em todas as esferas de conhecimento, e, com tal, propicia não apenas a comunicação surdo-surdo, além de desempenha a importante função de suporte ao pensamento e de estimulador do desenvolvimento cognitivo e social. Segundo Quadros (1997) o bilingüismo é uma proposta de ensino usada por escolas que se propõem a tornar acessível à criança duas línguas no contexto escolar.

O letramento dos surdos durante os primeiros anos escolares, ajuda na interação e pode contribuir para a convivência em sociedade.

DESENVOLVIMENTO

Partindo do princípio, que a educação é um direito de todos, espera-se que as crianças com deficiência auditiva também tenha esse direito. De acordo com a Educação Especial da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96) "o processo de atendimento educacional e a garantia de introduzir nele inovações, assegura maiores possibilidades de integração do portador de deficiência auditiva à sociedade".

Mas para se começar a falar em alfabetização dos surdos, tem que se entender um pouco da história da filosofia educacional em torno dos deficientes. Por muito tempo, os surdos eram vistos como pessoas ignorantes, primitivos com isso muitos eram ignorados pelos seus familiares e pela sociedade.

Com isso no decorrer dos anos foram se formando diferentes visões e metodologias para alfabetizar uma pessoa surda. No primeiro momento surge como abordagem educacional o oralismo, seguindo pela comunicação total e por fim bilingüismo.

Segundo Goldfeld (1997, p. 30) "o oralismo ou filosofia oralista, usa a integração da criança surda à comunidade de ouvintes, dando-lhe condições de desenvolver a língua oral. O oralismo percebe a surdez como uma deficiência que deve ser minimizada através da estimulação auditiva"

Em meados dos anos de 1990 a abordagem utilizada foi a Comunicação Total, como diz Honora:

A Comunicação Total utilizava a utilização simultânea de todos os recursos lingüísticos, ou seja, a comunicação feita por meio da oralização, de prótese auditiva, de gestos naturais, de língua de sinais, expressão facial, de alfabeto manual, de leitura labial, de escrita, enfim de tudo aquilo que serviria de meio para ajudar a desenvolver o vocabulário, a linguagem e o conceito de idéias entre o individuo com deficiência auditiva do outro. (HONORA, 2008. p. 53).

Como as duas abordagens não foram bem aceitas pela comunidade surda, então começa a utilização do Bilingüismo, abordagem essa que preconiza a aquisição de duas línguas, sendo a uma a língua de sinais (L1) e a outra a língua materna dos surdos (L2). Como afirma Goldfeld (1997, p. 38):

O Bilingüismo tem como pressuposto básico que o surdo deve ser Bilíngüe, ou seja, deve adquirir como língua materna à língua de sinais, que é considerada a língua natural dos surdos e, como Segunda língua, a língua oficial de seu país (...) os autores ligados ao Bilingüismo percebem o surdo de forma bastante diferente dos autores oralistas e da Comunicação Total. Para os bilingüistas, o surdo não precisa almejar uma

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