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Enfrentando A Crise 2008 A 2009

Artigo: Enfrentando A Crise 2008 A 2009. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/9/2013  •  1.475 Palavras (6 Páginas)  •  336 Visualizações

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Enfrentamos a crise de 2008 e 2009 com crescimento econômico, estímulo ao consumo e à produção, com geração de emprego e renda. Agora vivenciamos a segunda onda dessa crise internacional e, podem ter certeza, saberemos enfrentar essa experiência com mais sabedoria e com melhores instrumentos.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) anunciou, no último dia 1º, o crescimento de 0,2% do PIB (Produto Interno Bruto), soma de todos os bens e serviços produzidos no País, no primeiro trimestre deste ano. O desempenho foi considerado fraco. — A gente não sabe o que vai acontecer de fato.

A incerteza sobre a capacidade de endividamento e da eficácia do estímulo ao consumo também preocupa o economista Fábio Giambiagi, um dos autores do livro Além da Euforia - Riscos no Plano Econômico. 

— Apesar de os juros estarem caindo, esse endividamento nos outros países se dá com juros muito inferiores aos brasileiros. De tal forma que o mesmo endividamento tende a gerar, aqui no Brasil, um comprometimento da renda com o pagamento maior que nos outros países.

Giambiagi pondera sobre a decisão do Ministério da Fazenda de estimular o consumo (por meio de isenção de impostos, como no caso do carro popular) para melhorar o PIB (Produto Interno Bruto) do país. 

— Esse pacote recente do governo aponta no sentido de estimular o consumo no sentido de melhorar o PIB este ano. A gente entende pela lógica do curto prazo. Mas, para o médio e longo prazo, o conselho seria aumentar os canais de investimento público e privado.

A mesma receita foi utilizada de forma eficaz pelo governo, em 2009, para minimizar o impacto da crise financeira internacional que tevê o ápice em setembro de 2008. Além do resultado macroeconômico, o aumento do consumo entre as camadas mais populares “reconfigurou as hierarquias dentro da família”, disse Cláudia Sciré se referindo à diminuição e até inversão da submissão nas relações entre marido e mulher e também entre pais e filhos. 

— Esses [os filhos] começam a trabalhar e passam a ter maior autonomia perante as decisões de consumo. A mesma coisa ocorre entre mulher e marido, quando ocorre de ele estar com o nome sujo.

Apesar dos efeitos econômicos e sociais positivos, a socióloga lembra que o acesso ao crédito pode ter consequências indesejadas na vida dos emergentes. 

— De uma hora para a outra as pessoas passam a lidar com uma série de mecanismos financeirizados que são muito complicados até para quem já está acostumado”.

— As pessoas às vezes se confundem, até porque o crédito oferecido é duas ou três vezes maior do que a renda. As pessoas acabam se endividando e a vida delas passa a ser gerida e pautada por esses prazos do mercado por essas dívidas que elas vão assumindo. Isso tem consequências graves como não conseguir visualizar um horizonte de possibilidades para além do mês seguinte.

Na opinião de Fábio Giambiagi, a “combinação zodiacal” que favorecia a manutenção do crescimento por meio mercado interno – que agora tende a crescer menos – mudou. 

O economista associa as dificuldades de perda do ritmo com a composição do endividamento das famílias brasileiras. 

— A grande diferença de endividamento do Brasil e dos outros países está associado ao componente habitação. A minha impressão é que seria desaconselhável estimular novos processos de endividamento que fossem além do ponto que a gente está.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta segunda-feira (21) uma redução do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) para compra de carros, além de outras ações para estimular o crédito. A redução será progressiva até agosto deste ano. O custo total das medidas é de R$ 2,1 bilhões.

Para carros para até mil cilindradas (1.0) vendidos por empresas instaladas no Brasil, o imposto será reduzido de 7% para zero até o fim de agosto deste ano. Já para carros importados, o percentual cairá de 37% para 30%.

No caso de veículos fabricados no Brasil de mil até duas mil cilindradas (2.0), o IPI para carros movidos a álcool e “flex” (gasolina e álcool) será reduzido de 11% para 6,5%. Já para os importados, o imposto cairá de 41% para 35,5%.

Segundo informações do Banco Central, a para compra de veículos, que registra atrasos superiores a 90 dias, atingiu em abril a marca de 5,7%, o maior percentual da série histórica, desde 2000.

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Mantega ainda anunciou a liberação de parte dos depósitos compulsórios (recursos que ficam retidos no Banco Central para controlar a inflação) para estimular o crédito para a compra de veículos.

O financiamento terá mais parcelas, e o bancos privados também se comprometeram em reduzir a entrada para aquisição do bem, além de realizar redução do custo financeiro, ou dos juros do empréstimo. O BC vai liberar compulsório para viabilizar um volume maior de crédito nessas atividades e para reduzir o custo do crédito. Vai reduzir o compulsório para esta carteira de financiamento, para aumentar o volume do crédito e baixar o custo.

IOF

O governo também decidiu reduzir o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para todas as operações de crédito de pessoas físicas de 2,5% para 1,5% ao ano. Não há prazo definido para a manutenção do imposto nesse patamar mais baixo.

De acordo com Mantega, as medidas servem para estimular a economia.

— Estamos diante do agravamento da crise financeira internacional. E isto está trazendo problemas para os emergentes como um todo. (…) O governo tem de tomar medidas de estímulo para combater as consequências dos problemas trazidos pela crise financeira internacional.

Assista ao vídeo:

Em meio a desaceleração industrial,

Brasil

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